O que acontece a quem comete uma ilegalidade?

O Tribunal da Relação considerou ilegal a definição de serviços mínimos para as greves dos professores de 2 e 3 de Março.

Já se sabe que impor os serviços mínimos a uma greve às aulas é indecente, para usar um eufemismo já pouco simpático. De qualquer modo, isso só poderia ser um problema para quem sentisse vergonha.

A partir do momento em que essa imposição foi considerada ilegal, a pergunta é: o que acontece a quem comete uma ilegalidade?

Comments

  1. JgMenos says:

    Os didatas, tratando-se de lutar por grana, tudo esquecem.
    Um aluno recuperar em casa de falta de aulas de História é igual a recuperar por faltas de aulas de Matemática, e para isso confiam-se a gente formada em Direito!

    Segue a bandalheira!
    A bolsa ou a ignorância!

    • António Fernando Nabais says:

      No teu caso, na melhor das hipóteses, será a ignorância.

    • POIS! says:

      Pois é! Citando Menos…

      “confiam-se a gente formada em Direito!”

      Nos tempos dos salazarescos liceus nada disto acontecia!

      Sim, porque apanhar um professor formado em qualquer coisa, fora das grandes cidades, e mesmo nessas, tornou-se, a certa altura, coisa rara.

      Não acreditam? Um amigo meu, infelizmente falecido prematuramente, não há muito tempo, e que foi professor até se reformar, contou-me como iniciou a carreira. No início da década de 70 era finalista de Direito em Coimbra e ficou “pendurado” por uma cadeira. Andando a passear pela baixa da cidade, encontrou uma sua antiga professora do Liceu que lhe anunciou que tinha sido encarregada de abrir a secção liceal (era assim que se chamavam as extensões dos salazaro-marcelescos liceus, até se autonomizarem) de Porto de Mós.

      Perguntou-lhe então se, já que tinha tanto tempo livre, queria ir para lá dar aulas. De quê? Pois do que entendesse sentir-se mais à vontade, já que só tinha três professores.

      E foi assim que iniciou a sua carreira docente dando aulas de…Ciências Naturais! Mas só nesse ano.

      Sim, porque no seguinte mudou para a Educação Física, já que era atleta da Académica! Só transitou para a sua área aquando da reorganização de grupos disciplinares operada após a primeira reforma dos currículos a seguir à democracia implantada pela Revolução de Abril! Repito, Herr Menos: Revolução de Abril! E mais uma vez, Cavaliere Menos: Revolução de Abril!

      E já não falo das escolas técnicas. Aí os amigos do Diretor levavam natural vantagem e as colocações “ad hoc” eram a regra..

      E também não falo do chamado ensino primário onde se aprendia para o exame da quarta classe com “regentes escolares” cujas habilitações eram…a quarta classe!

      Pois é. Nesse tempo a escolha, para os de “cá de baixo seria mais “A ignorância ou a ignorância”. O problema da bolsa nem se colocava. Estava vazia!

    • Paulo Marques says:

      Tendo em conta os teus graves atropelos, se não é igual, é pior.

  2. Pimba! says:

    Quem comete uma ilegalidade recebe uma coima, ou talvez mesmo tempo de cadeia.
    A acontecer estúltimo, seria de todo pateticamente surreal retirarem professores das aulas por… se terem retirado das aulas!

    Mas como sabemos, isto é apenas e só para meter medo, é claro e óbvio que ninguém vai ser multado ou autuado, os advogados da FENPROF estäo lá é para tratar disso.

    • António Fernando Nabais says:

      A ilegalidade é da responsabilidade de quem impôs serviços mínimos.

      • Pimba! says:

        Nabais, isso para mim é óbvio. Direi mesmo mais, é também da IRRESPONSABILIDADE de quem impôs serviços mínimos.

        Mandem-me os votos negativos que quiserem, só quis expor o ridículo da coisa.
        Näo perceberam? Estudassem!

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading