Quem amar em vão, amará melhor, S. João


Do CD Junta Corações – Festas de S. João do Porto. Faixa 7 – Força Aérea, com letra de REgina Guimarães e música de Carlos Azevedo.

Sem ponta de pudor

 
 
 
 

(adão cruz)

Sem ponta de pudor

 Quando hoje li no jornal que a igreja considera “indecente” o actual modelo económico, e que o capitalismo fez da mão-de-obra mera mercadoria, fiquei perplexo e pensei: eu já não devo andar neste mundo, eu já devo ter morrido e não dei por ela. Pois, se a igreja está enterrada até às orelhas no capitalismo! Quando D. Carlos Azevedo diz que há uma cultura exacerbada do individualismo, defendendo que “só com modelos humanistas” se pode combater a crise e traçar caminhos de futuro, e sustentando que os princípios morais têm de estar inscritos no coração das pessoas, faz-me rir, amargamente, é certo. [Read more…]

Leiam e reflictam

(Leiam a notícia em baixo e reflictam. Reflictam sobretudo em algumas das enganosas mensagens que ela contém:

“Europa decadente de valores” Que autoridade tem Carlos Azevedo e Bento XVI para falarem em decadência de valores? Que olhem bem para dentro da Igreja e do Vaticano antes de falarem em decadência de valores nos outros.

Falar de “crise espiritual” da economia e da política, pela boca de uma instituição acusada de pedofilia no mundo inteiro e de crimes economico-financeiros de alto calibre, é, no mínimo, desconcertante!

Mensagem de “missão” para “despertar os cristãos adormecidos”. Adormecidos pela anestesia de Fátima, ou acordados pela realidade de uma mentira monumental?.

“Se tivesse havido consciência ética não teríamos chegado ao descalabro económico”. Carlos Azevedo ou é ingénuo ou pretende atirar um punhado de areia aos olhos das pessoas. Onde está a ética do Vaticano? No encobrimento da pedofilia? Na ligação à mafia, à loja maçónica, ao holocausto da Croácia, à ajuda na fuga dos criminosos nazis? Na sinistra actividade de Paul Marcinkus, pedra basilar do Vaticano? No mais que suspeito assassínio de João Paulo I? No banho de sangue dentro da Guarda Suiça, escandalosamente abafado? Além disso, não sabe Carlos Azevedo, porventura, que o Vaticano foi sempre, e é uma das personagens principais do palco económico-financeiro onde decorre a dramática peça do capitalismo selvagem?

“O contexto de crise traz exigências de simplicidade de vida e austeridade”. É preciso o Sr. Carlos Azevedo ter um camião Tir de descaramento para dizer uma coisa destas, quando toda a gente conhece o luxo da igreja e a sua total falta de simplicidade. É preciso muito pouco senso para dizer isto aquando de uma VISITA PAPAL IMPERIAL  repleta de luxo, vaidade, ostentação e desprezo pelos famintos e desempregados de Portugal e do mundo).

“Temos de encontrar uma nova forma de viver”. Talvez aquela que Leonardo Boff mostrou ao mundo na sua Teologia da Libertação, que Ratzinger arrumou de vez, não fosse o diabo tecê-las, e que, ao fim e ao cabo, foi a que Cristo ensinou.  Essa mesma forma de viver, simples e austera que a igreja católica atraiçoou e desde há séculos renegou, virando-a completamente do avesso).

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Carta da Associação Ateísta portuguesa

Exmo. Senhor

Bispo Carlos A. P. M. Azevedo

A/C da Secretaria da CEP                                                          C. c. para Agência Lusa

secretaria.cep@ecclesia.pt

Casa Patriarcal

Quinta do Cabeço – R. do Seminário

1885-076 – MOSCAVIDE

Senhor bispo Carlos Azevedo
A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) compreende a preocupação da Igreja católica com o ateísmo, a ponto de ter realizado a peregrinação de 13 de Maio de 2008, a Fátima, «contra o ateísmo na Europa» e de, no mesmo ano, o Sr. Patriarca Policarpo ter considerado o ateísmo como o «maior drama da humanidade», maior ainda que a fome, as doenças, as guerras, as catástrofes naturais, a pedofilia e o terrorismo religioso. E a AAP reconhece, e defende, o direito de V. Ex.ª e da sua Igreja de não gostar de ateus e de manifestar o azedume que esta associação lhes tem causado nestes escassos dois anos que leva de existência. [Read more…]