Muito liberal

O Henrique Raposo quer as cidades sem cães. E multas, muitas multas. Um libertário, o Raposo.

Comments

  1. Luis says:

    Ele tem medo de cães!

  2. canis lupis says:

    Uma coisa não tem nada com outra. Considero-me um libertário, e não vejo que isso tenha necessariamente de atenuar, quanto mais de evitar, os princípios mais elementares de civismo. Não vale a pena responder a argumentos com apodos: a personagem, que nem aprecio minimamente (não vou dizer aqui o que penso do rapaz, porque seria insultuoso), está desta vez cheiinha de razão. (p.s.: Sugiro-lhe que experimente morar uma só semana numa rua – como a minha de décadas – em que, além dos excrementos por todo o chão, tornados um mal muito menor, há cães a ladrar dos dois lados, a noite toda, no seu prédio, a seu lado, a seu outro lado e em frente a si. Fique sem poder dormir uma só noite no ano, apesar de todas as leis da República – só aí é que vejo onde possa entrar o «libertário», mas a «liberdade» em países atrasados e de atrasados, como este, será sempre a selva… Faça isso, e depois vemos se dá ou não razão ao Raposinho.)

    • Eu fico sem dormir várias noites do ano porque andam animais humanos à solta na minha rua. E nem sequer gosto de cães, sou do partido dos gatos. Daí a achar que a praxe deve ser proibida vai uma longa distância. Mas há uma diferença: sou mesmo libertário hoje, e prezo as conquistas históricas que no seu tempo os verdadeiros liberais obtiveram.

  3. canis lupis lupis says:

    Se só fica várias, nem está nada mal, há quem fique todas… Mas, das duas, uma: ou não aceita a existência de leis, e então não entendo a pertinência do apontamento, ou aceita, e então não entendo por que não se possa legislar quanto aos animais humanos e quanto aos respectivos animais animais. Ainda menos entendo o que tem a praxe (está a falar da universitária, ou da «praxe» de deixar dejectos canídeos no chão? não percebi) que ver com o assunto. Por fim: diferentemente do Raposo, que não gosta de cães, mas coincidindo, quem gosta também não tem, nem quer, cães na cidade. Sabe porquê? Pela simples razão de que não vê os cães como um brinquedo de tipo quase decorativo, à tuga, se preocupa com o bem-estar dos bichos e sabe que esse bem-estar só é possível, no caso, em espaços amplos e abertos, vide campo. Ao contrário dos gatos.

    Ser libertário é não querer leis. Ser, digamos, progressivamente libertário é querer cada vez menos leis, cada vez mais brandas, regulando só o mais importante da vida colectiva. Salvo melhor opinião, há coisas/leis bem menos importantes aprovadas todos os dias do que regras de urbanismo e civismo e convivência nas cidades, que nem são assim tão despiciendas…

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