Está por aí a tentar fazer caminho, com a ajuda de esforçados comentadores televisivos, a ideia de que há uma geração de intelectuais de direita a “sair do armário” ou lá que raio é – a imagem não é lá grande coisa, mas é lá com eles.
Dada a consabida fragilidade dos afloramentos reflexivos de tal gente, apesar da sua promoção mediática (o deserto de ideias que são, hoje, as televisões, é propício, como outros desertos, à sobrevivência de tais espécies), resta aos mais atrevidos alegarem convictamente a sua condição de herdeiros de Edmund Burke e C.K. Chesterton. Assim, pensam eles, à sombra tutelar destes vultos, talvez os levem a sério. ‘Taditos. E infelizes de nós.
“Só os de esquerda conseguem ter fortaleza reflexiva”. Isto escrito por alguém que presumo ser de esquerda, desfaz o pretenso axioma.
pergunta: quem está a citar Xico?
“intelectuais de direita” = oxímoro
Fernando Pessoa tinha vários heterónimos, oxímoro não era um deles. Miguel de Unamuno não pensava e Bento XVI é estúpido que nem uma porta. Afonso é esperto que nem um alho.
A direita confunde destilação de ódio com intelectualismo. Onde é que já vi isto…
Não há uma ideia, há só um bota-abaixo de todos os outros que não são iluminados.
Deixem lá que há agora meninas enroscadas no varão todos os dias altamente cultural – de direita claro, altamente intelectual