Nunca nos afastamos o suficiente.

[Alex Gozblau]

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Ainda ontem um Jornal noticiava a paixão de alguns Portugueses emigrados em França por Marine Le Pen. E se calhar vão a Lourdes várias vezes. Porque não? E não foram eles o nosso 12. jogador no Europeu de Futebol?
    Esta é a nossa sina. Pobres, mas profundamente aficionados, fundamentalistas da nossa verdade.

    Um dia, um amigo por quem nunca o dei com grande fé nestas coisas de “amar a Deus acima de todas as coisas”, disse-me que ia em peregrinação a Fátima a pé.
    Ao ouvir a sua expressão tão convicta e cheia de pudor, sem mais nenhuma explicação, não que eu devesse ser informado, mas apenas para que eu percebesse as suas motivações, eu fiquei com a nítida sensação de que ele me estava a gozar. Eu calei-me sem dizer nada.
    Passadas umas semanas vi-o em Fátima, por coincidência numa reportagem de uma das televisões.
    Tempos depois contou-me que a esposa tinha tido um cancro. E que a coisa esteve “mal parada”. O casal não tem filhos. Vivem um para o outro.
    Nessa altura perguntei-lhe se ele era crente e se tinha acreditado sempre em Fátima.
    A resposta foi pronta.
    Naldinho, quando vi a minha vida a andar para trás, e a minha mulher moribunda nos meus braços, tive que me agarrar a qualquer coisa.
    “- Sabes o que é não saber o que fazer, e teres de te agarrar a qualquer coisa?”
    Como imaginam, nem sabia como responder-lhe!

    Quando nos aparece um primeiro ministro que nos manda emigrar, como se fosse uma oportunidade magnífica para sairmos da merda, mesmo que a gente, em face das circunstâncias da crise, saiba que muitos de nós não temos alternativa, ou ele nos chama piegas, quando uma série de dirigentes do seu partido se pavoneiam sem apelo nem agravo, depois de nos terem desgraçado com os seus Bancos falidos, e outros tantos vão cavalgando nas empresas do PSI, do “aguenta, aguenta”, só nos dá vontade de chamar por Otelo, e pedir-lhe que faça aquilo que prometeu e não cumpriu. “Que encarecidamente os apanhe um a um, e os coloque no Campo Pequeno, para cumprir aquele desígnio que ele nunca conseguiu alcançar.”

    Quanto ao futebol, nem é necesario falar, porque os exemplos abundam. Aquilo são só trogloditas. Qual deles o melhor dirigente. O Manuel José já deu o aviso. Mas estão à espera de um “Heysel Park” para a seguir vir todo mundo dizer mais um conjunto de banalidades. Até lá, que Nossa Senhora de Fátima, nos proteja dos “no name boys”, dos “blues boys” ou “lagartos green”

  2. Rui Mateus says:

    Excelente…