O desastre autárquico que se anuncia para os lados da São Caetano à Lapa tem expressão maior no caos que se instalou na corrida à capital. Depois de várias tentativas falhadas para enfrentar um presidente que tantos à direita consideram frágil, algo que ainda assim se revelou insuficiente para que personalidades como Santana Lopes ou José Eduardo Moniz aceitassem o convite do líder a prazo do PSD, o débil plano C que Passos, a esforço, conseguiu engendrar está a criar cisões no seio do partido que já não podem ser ignoradas. [Read more…]
«Marine Le Pen vai ser uma grande governanta»?
Há uns anos, escrevi ‘governanta’, para lembrar que «a governanta governa uma casa, a governante governa um país». Lembrei-me disso, ao ler este título. Exactamente.
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Da veracidade dos fatos e dos contatos
Au secours!
“Bonsoir, boa tarrde. Je suis um crapeau français, pardon, sapo frrrancês. Eu fugirr e emigrrar para o Porrrtugal du Geringonce. Ici em France, la gauche, pardon, esquerrrrda, ir engulirr muitos crapeaus, sapos, dans la deuxiéme, segunda volte das eleccions. Sauvez moi! Bonsoir, merci et à tout à l’heure”.
Macron
Um liberal tardio, desde 2015, pelo que se diz, que andou pela ala direita do Partido Socialista Francês e que viu a oportunidade de se candidatar à presidência por si mesmo, fora do partido onde fez carreira.
Apoia o CETA e defende que este tratado entre o Canadá e a União Europeia não deve ser ratificado pelos parlamentos nacionais por minar a credibilidade da UE. É, também, um apoiante potencial do TTIP, o tratado congénere do CETA, mas entre a UE e os EUA.
Define-se como como sendo uma alface política, dado que afirma não ser carne nem peixe quanto a diversos assuntos, tais como direita vs. esquerda ou pro-europa ou eurocéptico. Não destoa, sabendo-o um adepto da Terceira Via.
É um homem do seu tempo. Defende o mercado livre e a redução do défice das finanças públicas, talvez por ter lido as costas do envelope do seu colega. Acha que reformas estruturais correspondem a redefinir o mercado de trabalho e defende que os impostos e os sistemas sociais, tais como o salário mínimo, precisam de se reconciliar. Segue a mesma linha de Merkel quanto a emigrantes e refugiados, veste o fato de ecologista e é favorável aos muçulmanos.
O político que parece moldado a partir de uma sondagem de opinião poderá vir a ser o próximo presidente da França. Resta saber o que é que defenderá se a opinião pública mudar.
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