Segundo a CGTP, o salário mínimo, caso tivesse sido actualizado desde 1974, seria, actualmente, de 1268 euros, tendo em conta a inflação e a produtividade.
Não possuo dados que permitam confirmar ou desmentir esta afirmação, mas parece-me óbvio que, tendo em conta os factores apontados, o salário mínimo não poderia corresponder ao valor actual. Também me parece óbvio que uma pessoa, em Portugal, não pode viver, mal pode sobreviver, com o actual salário mínimo. Mais: quem ganha o dobro do salário mínimo, consegue sobreviver, porque viver é outra coisa.
Se, numa família com dois ou três filhos, houver dois salários mínimos, chegamos a um ponto em que o único pensamento é o de saber como chegar ao fim do mês com as contas todas pagas, num exercício de malabarismo cansativo ao ponto de ser desumano.
Os empresários também são gente, é verdade, e também têm contas para pagar, são também assaltados por um Estado que está ocupado, há vários anos, por gente que está ao serviço de interesses privados poderosos.
É tudo muito complexo, é certo, mas, num país civilizado, é preciso, no mínimo, pensar nas pessoas, a única razão de ser de um país, ao contrário do que gente indiferenciada chegou a afirmar.
Neoliberalismo da eurolândia, a quanto obrigas… aqui como no resto dos países, para quem acha que ser bom aluno serve para alguma coisa.
Ao que parece Vieira da Silva acha que a instabilidade laboral trava os casais de terem filhos. E qual a solução que propõe: captar mais imigrantes…
Não os que foram obrigados a partir (digo eu), que esses devem custar “uma pipa de massa” para recaptar.
Não somos gente! Somos números!
Não “podem/querem” ter filhos?!
Não faz mal, arranjam-se aí mais umas “cabeças” para compor o rebanho!
Ó Ana, não foi por acaso que a “racista” Alemanha recebeu mais de 800.000 imigrantes, refugiados, etc, nos anos 2014 /15.
Por que razão não aumentaram os incentivos, já de si bons se comparados com os nossos, para aumentar a natalidade dos alemães. Por isso custaria muito dinheiro
Para um Ministro das Finanças, coadjuvado tecnicamente pelo Minstro do Trabalho e Segurança Social, da Economia, da Saúde, da Educação, um imigrante é uma fonte de receita. Uma espécie de matéria prima. Está entre a besta que alimentávamos na idade média para trabalhar como força motriz, e o operário sindicalizado, com descontos para a Segurança Social. Logo acima do desempregado, que é uma despesa indesejada.
Hoje somos todos números. Pior, descartáveis. Com a excepção das elites, como gestores de topo, não vá o diabo tecê-las e aquilo acabar mal.
Tapam-se todos com a mesma manta.