Portugal a saque

Não bastavam os partidos políticos, temos também a Igreja Católica, para mais num país que se diz laico. Ao que parece o favorecimento vem dos tempos em que Cavaco Silva era primeiro-ministro, de então para cá, sucessivos governos de António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho e António Costa, nada fizeram para alterar a aberração de conceder isenção fiscal a uma Universidade que deveria concorrer com as demais. Há uns tempos indignaram-se por uns crucifixos nas salas de aula, apenas tostões, já que sobre os milhões não ouvimos uma palavra aos políticos ao longo dos anos.

Comments

  1. Carlos Rosa says:

    Pois ao que te parece, mas não, vem do tempo do cardeal Cerejeira, e para que saibamos todos, o Salazar esteve contra essa benesse à Igreja Católica.
    O seu a seu dono.
    Salazar não era o que se diz que era.
    Leiam Fernando Dacosta em “Máscaras de Salazar”.
    A verdade vem sempre ao de cima, mesmo que demore séculos.

  2. Concordo !!! ´inda por cima com Marcelo da Opus Dei ´tamos feitos !!

    • Marcelo já respondeu à TVI de acordo com o que era esperado de um PR tipo benza-te a católica do mal amem !

  3. Rui Naldinho says:

    A igreja católica é o maior lobby dos Países latino americanos. Por cá, com direito a beneplácito de quase todos os grupos políticos, PCP incluído. Com excepção do BE, por razões óbvias, toda a gente se acomoda aos seus interesses, que de há muito estão para além da religião.
    A direita agradece-lhes, não fossem nestas instituições académicas, propriedade da Igreja, que nidificam os seus Chicago Boys. Por outro lado, a RR não passa de mais um órgão de propaganda da direita, dos muitos que já estão em seu poder. Uma igreja ter uma rádio, até admito, mas na condição de se cingir ao culto religioso, e às tarefas a ele inerentes. Mas nunca a fazer política, dar entrevistas, noticiários, comentário e análise, fora do âmbito confessional.
    Colocar a Igreja no seu lugar, cingi-los ao culto da fé, só hoje pode ser posto em cima da mesa, em face de uma mudança profunda nas mentalidades das novas gerações. No passado não era assim tão fácil.
    Ao longo do último século a igreja perdeu credibilidade, por razões diversas, onde nem a pedofilia pode ser colocada de fora. O agnosticismo e ateísmo foram crescendo a partir do final II Guerra Mundial, até pela conivência da ICAR com o Holocausto.

    • António de Almeida says:

      Caro Rui
      Não me incomoda que a igreja católica, ou qualquer outra, tenha rádio, televisão ou universidade. Tão pouco que tenha escolas. Há vários países onde isso acontece e não vem daí mal ao mundo. Para mim a questão é o favorecimento, porque razão as outras universidades pagam impostos e a universidade católica não paga? O Rui até sabe que eu defendo uma brutal redução da carga fiscal, mas isso também não vem aqui ao caso, porque a que existir, deve ser aplicada a todos, sem excepção. Partidos políticos incluídos.
      E Rui até nem concordo muito consigo na última parte, Hitler desconfiava da ICAR e por várias vezes a ocupação do Vaticano esteve em cima da mesa. Não foi fácil ao Papa gerir a situação, mas isso também é irrelevante, porque se vasculharmos as diferentes religiões poderemos encontrar pessoas de bem, que mesmo não seguindo respeitamos, a par de outros personagens pouco recomendáveis, para não dizer sinistros. E quanto à direita económica que refere, se é verdade que alguns são católicos, não é menos verdade que existem vários pensadores protestantes e até judeus. Também não iria por aí. A Igreja que faça, invista, compre o que entender, para mim é irrelevante, mas pague como os demais. Não tem que ser beneficiada, nem prejudicada. E nada tenho contra os seus fiéis, respeito todos de igual forma.

      • Paulo Marques says:

        Concordo consigo, pelo que li, a ICAR durante a segunda guerra esteve mais preocupada em proteger os seus membros e os seus fieis do que outra coisa face às ameaças quer de Hitler, quer de Mussolini.

  4. e outra de Portugal a saque :

    O Pavilhão da Utopia, inaugurado para a Expo 98, custou ao estado 60 milhões de euros.
    Foi vendido 15 anos depois por um terço desse valor. O BES emprestou 19 milhões e ainda garantiu um patrocínio milionário da PT ao genro de Cavaco.
    A Autoridade da Concorrência diz que as receitas anuais dos patrocínios cobrem largamente as obrigações financeiras.
    O pavilhão paga-se a si próprio, um verdadeiro negócio da China, que a Procuradoria-geral da República confirma estar a ser investigado, ainda sem arguidos.

    • António de Almeida says:

      Depois queixem-se que o populismo encontra terreno fértil, as pessoas estão fartas de políticos, até que encontrem alguém que lhes pareça diferente (normalmente é um demagogo, mas…)

      • Paulo Marques says:

        Isso inclui o Tea Party e derivados, ou nem por isso, porque não convém?

        • António de Almeida says:

          Tenho grande apreço pelo Tea Party, que em 1773 levou a cabo uma acção espectacular como protesto pela asfixiante carga fiscal que a Coroa britânica taxava a colónia…

          • Nem vejo como pode ter apreço pelo Tea Party de 1773.
            Uns fulanos mascardos de índios invadem de forma violenta um navio que era propriedade privada e destroem os bens que estavam a bordo. Não me parece nada liberal.

          • Paulo Marques says:

            Sabe bem que o Tea Party nada tem a ver com 1773. Isso e o que o EMS disse…

      • ZE LOPES says:

        “Depois queixem-se que o populismo encontra terreno fértil, as pessoas estão fartas de políticos, até que encontrem alguém que lhes pareça diferente (normalmente é um demagogo, mas…)”

        Ora aqui está um bom exemplo de comentário populista e demagógico!

  5. Julio Rolo Santos says:

    Em boa verdade Portugal é um país de chicos espertos com a conivência de politicos sem escrúpulos que agora nem sequer conseguem justificar as decisões que tomaram enquanto governantes. São criminosas as decisões que esses governantes tomaram no exercício das suas funções porque prejudicaram o país ao sonegarem-lhe o direito a receber os impostos a que tinha direito. Esses governantes continuam a receber benesses do Estado pelas altas (?) funções que desempenharam. LamentaveL mas são os governantes e políticos que temos.

  6. Tuto normale neste país, a igreja faz parte dos DDTs

  7. ZE LOPES says:

    Bem, quando li o título, ainda pensei que o assunto fossem bancos, EDPs, RENs, ANAs e outras coisas.

    Mas compreendo. Como é sabido António de Almeida entrou em estado de coma há bastante tempo e, como recusa qualquer ajuda do SNS por coerência liberteira, trata-se em casa uma mistura de baba de lesma e aspirina.

    Só tem hipóteses de descobrir um ou outro saque nos intervalos lúcidos. Principalmente quando se trata de patifarias recentíssimas como esta…

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