Quando a fome de lucro fácil, talvez alimentada pela possibilidade de futuros ganhos pessoais, ditou o caminho das privatizações das empresas públicas, o principal argumento usado pelos sacerdotes da mudança era o da eficiência da gestão privada. No entanto, assistimos, por exemplo na EDP, a um monopólio ser transformado noutro monopólio, com os preços a manterem o mesmo rumo de crescimento.
No caso dos CTT, além desta realidade, ainda se assistiu à degradação da qualidade do serviço, sem sequer ter existido a promessa de melhores ou mais baratos serviços. Privatizou-se porque o negócio dava lucro e era preciso dinheiro para os bancos.
Desde que essa infalível gestão privada chegou aos serviços postais, a empresa passou de caso de sucesso para um mar de reclamações, num mercado a crescer exponencialmente com o comércio electrónico. Como se tal não chegasse, os CTT foram apanhados pela ANACOM a mentir quanto ao volume de reclamações.
É o que poderemos esperar quando as razões da mudança são apresentadas em forma de camaleão (sem ofensa para os bichos).
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