[Miguel Carvalho*]
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Sérgio Sousa Pinto é um senhor que encontramos sempre no café da rua, de há uns 20 anos para cá. É quase mobília. Está lá sempre, nunca falha, a compor a sala. Antigamente, quando era mais jovem, o senhor Sérgio era um homem activo, dinamizador, pungente. Falava com toda a gente, ajudava a servir às […]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Pedro Nuno Santos começou a sua comunicação ao país, com cerca de 30 minutos de atraso.
“apenas a começar“, mas o resultado será certamente o do costume.
Isto interessa a quem? Em Portugal só interessa o crescimento económico e o lucro, senhores!
“Tele-trabalho é fingir que se trabalha” – disse um bilionário que nunca trabalhou na vida
João Costa: “Em 2018 tínhamos apenas 4% dos professores no topo [da carreira] e hoje temos 30%”
A Maria Vieira teve mais coragem do que os direitolas todos que andaram anos a apertar a mão a Putin & Oligarcas Lda.
Nisto, já deu 10-0 a Adolfos, Cotrims e Durões. Ao menos, não se fez de dissimulada. Mais vale assim.
Vai-se a ver o Rendeiro foi morto numa “operação militar”.
Morrer num 13 de Maio é prenúncio de santidade. O meu oligarca é melhor que o teu!
Se abortar e fumar são direitos equiparáveis, então vou já à estação de serviço comprar três volumes de aborto.
Sérgio Conceição não quer *distrações. Contra tudo e contra todos.
Premiar a música portuguesa no Dia da Língua Portuguesa é ‘Top’
Disse alguém nos Prémios da Música Portuguesa.
Mais um oligarca russo que morreu. Andrei Krukovsky, diretor-geral do resort de ski de Krasnaya Polyana gerido pela Gazprom, morreu aos 37 anos após cair de um penhasco em Sochi. Circunstâncias do acidente ainda não são conhecidas.
Quem foi o comandante que abandonou o barco do Governo no mar das autárquicas?
implica a ilegitimidade do projeto. O Acordo Ortográfico de 1990, efectivamente, não existe.
Muito interessante, então fala-se de “jornalismo ” ?
Tem imensa piada… A comunicação social está infestada de direitolas… Jornalismo, existe muito pouco… O que abunda é v#jornalixo !!!!
Desculpe-me mas este artigo é até bastante assertivo. Diria mesmo que é uma análise muito fria e racional sobre como foi possível ao “Chega chegar aqui”.
É verdade que há muito meio de CS com agenda bem definida. Nunca tive dúvidas disso. Mas nem por isso o texto do artigo aqui editado, deixa de ser incisivo. Nomeadamente no seu último parágrafo, com o qual concordo em absoluto.
A globalização acarinhada de forma acéfala pela maioria dos partidos ditos tradicionais, com especial ênfase os sociais democratas europeus, deixaram um mar de excluídos no mundo do trabalho, sem que alguém tivesse pensado que eles ainda existem. Se lhe juntarmos a isso a corrupção, o tráfico de influências, a endogamia, e uma forte pitada de populismo, estão encontrados os ingredientes para fazer do Chega um partido com uma base eleitoral, no mínimo, agressiva.
Ouvi um dia, já lá vão mais de quarenta e cinco anos, o Dr. Sá Carneiro dizer isto:
” É no caudal dos descontentes e excluídos que o Partido Comunista vai buscar os seus adeptos”.
Hoje isto serve em boa parte para o Chega.
Sim, Sá Carneiro disse isso. E para evitar que alguns dos excluídos não engrossassem as hostes do PCP, convidava alguns para os comícios. Já aqui relatei que assisti pessoalmente a um comício na Guarda onde metade da plateia era da comunidade cigana.
Por isso acho muito estranha, muito estranha mesmo, a posição do Venturoso Escolhido pela Divindade para encarnar a herança de Sá Carneiro sobre a comunidade. Antigamente eram muito amigos. Parece que se zangaram
Há apesar de tudo uma diferença entre os excluídos desse período e os desta época.
Nessa altura os excluídos eram pessoas cuja pobreza económica tinha sido sempre a sua condição.
Os excluídos de hoje, são em boa parte os ressentidos de uma classe média baixa que se desmoronou por várias vias, desde o encerramento de pequenas e médias empresas sem capacidade para resistir às mudanças tecnológicas, licenciados e mestrados com empregos mal remunerados e precários, retornados e seus descendentes que ainda não esquecerem o velho império, etc, etc…
Perfeitamente de acordo. Apenas quis lembrar aos seguidores do Venturoso Enviado Escolhido que o passado, que ele não tem porque foi escolhido anteontem enviado agora mesmo, mas invoca, não é bem como pensam.
Sá Carneiro, por exemplo, para a Direita é tudo. Desde ser o autor da receita das batatas com bacalhau, o inventor do kiwi ou o divulgador da 70ª posição do Kama Sutra, que possibilitou uma verdadeira explosão demográfica em Barrancos, a lista de feitos não tem fim. É aliás, semelhante á do Glorioso Infante, que descobriu o mundo todo sem ter de sair de casa.
Aliás, o passado só interessa para os adversários dos Venturoso. Acusou Ana Gomes de ter militado no MRPP e de ter destruído “empresas e famílias”. Durão Barroso, que foi membro do Comité Central e, mais que isso, destacado ideólogo, não destruiu nada. Só escrevia coisas que outros interpretavam mal, coitadinho.
Mas, ao mesmo tempo, gaba-se de estarem todos os dias a aderir “antigos comunistas” à Venturosa Legião. Presumo que o Enviado Escolhido venha com procuração da divindade para relevar os pecados através da adesão à Venturosa Coisa.
Mas o Venturoso Enviado não deixa de ter alguma razão. Nos assaltos a sedes de partidos de esquerda, principalmente no Norte, havia gente do PPD, do CDS, e…do MRPP, todos em feliz confraternização. Nessa altura eram muito amigos.
Sá Carneiro ajudou, inclusivamente, militantes maoístas a legalizar partidos de “extrema-esquerda” (AOC, PCP-ml) e o então PPD concorria em listas conjuntas com eles às comissões de trabalhadores e aos sindicatos. O MRPP, aliás, apoiou Eanes nas primeiras presidenciais, o que foi amplamente divulgado e louvado pela malta da Direita, que os apresentava como uma “extrema-esquerda boazinha”.
Dir-se-á que ninguém já liga a essas coisas, já passou muito tempo e, que definitivamente, são histórias que não interessam. Não é bem assim.
Tudo isto ajuda a criar um envolvimento ideológico, uma narrativa que pretende colocar os que, desde há largos anos, vêm praticando “o mal” em confronto com a Venturosa Legião “do bem” cujos chefes, por terem sido Escolhidos e Enviados agora mesmo, estão num estado de luminosa pureza tão brilhante que até encandeia.
“Já aqui relatei que assisti pessoalmente a um comício na Guarda onde metade da plateia era da comunidade cigana.”
Em 74/75 a tropa de choque que protegia o General Galvão de Melo, eram ciganos
Isto é tudo um pu..tedo ! (Arnaldo de Matos)
Esta gente não sabe que o 25 de Abril 74 foi feito justamente para correr com o faxistas do chega ?
É claro que o CDS vai desaparecer e o PSD irá ficar reduzido.
Toda a faxaria que regressou de Espanha e do Brasil mais os legionários irão encher o Chega. Onde está o segredo ?
Pois não sei!
Mas ainda noutro dia desencostei, por engano, a porta de uma tasca em Portalegre e lá por trás estavam mais de 400 legionários! E ainda encontrei três pides atrás do balcão frigorífico e uma estátua do Mussolini que, vim a descobrir porque se mexeu, era o próprio tasqueiro.
Uma desgraça, é o que é! Não sei como escaparam durante todo este tempo!
Pelo menos eu, quando me refiro ao jornalismo, não me refiro ao jornalismo sério de investigação, o pouco que existe e muito mal recompensado.
Não, o jornalixo é chamar extremistas a partidos com um discurso com ligeiras, mas mesmo muito ligeiras, críticas ao sistema, quer nacional, quer europeu, só para defender o caminho único de centrismo agressivo. O caso do Syriza, que cumpriu os acordos muito além de Passos, ser referido como extrema-esquerda é um insulto à inteligência e uma lavagem política. Ou as imparáveis críticas pela não reacção do governo ao programa de recuperação que só agora existe, ainda sem capital. Ou a insistência em criticar tudo e o seu contrário na resposta à pandemia. Ou o constante foco em se o BE e o PCP assinam ou não assinam de cruz o que o governo propõe, como se isso melhorasse a vida dos portugueses e não as propostas discutidas todos os dias na assembleia, onde há mais partidos a contribuir (e a aprovar até mais, diga-se). É falar sempre em Sócrates e nunca em Macedo, Carlos Costa, Marco António Costa, Paulo Portas e por aí em diante. Até lhes pagam.
Não sei se é o caso do autor, mas, sim, os seus colegas entregam metade do discurso ao coisito. E, por muito que haja virgens arrependidas agora, muito editorial xenófobo, racista, falso, e de falsas equivalências continua a ser produzido e bem pago. E para isso não contribuo, o Pingo Doce, a Sonae e quejandos que paguem a sua própria propaganda, que lhes dá muito proveito. Por muito que gostasse que houvesse mais investigação como a que refere, o patrão é que manda, e com ele é com o que mantém eu não posso aguentar.
Acho que a história da “falta de oxigénio” fala por si.