É sabido que a nossa dita elite política, vive numa realidade à parte daquela em que se pauta a vida dos comuns dos mortais.
Vive numa espécie de bolha, confortável e segura, garantida por estatutos, garantias e privilégios. O que só ajuda a que essa bolha afaste ainda mais a dita elite, da realidade em que vivem aqueles que, em princípio, deveriam representar e cuidar.
Por estes dias, pudemos, uma vez mais, ver a bolha de Ferro Rodrigues. Ou seja a bolha em que vive, a léguas da nossa realidade.
É uma bolha que flutua na incapacidade de uma postura de Estado, a que obriga as suas funções. Uma bolha de privilégios e condescendências, que permite ditos e actos impróprios sem quaisquer consequências.
Desta feita, foi à custa do futebol: “Espero que os portugueses se desloquem de forma massiva para o sul de Espanha e que possam apoiar uma grande vitória de Portugal nos oitavos de final deste campeonato da Europa”.
Pelos vistos, como ficou demonstrado aquando do escândalo da Casa Pia, Ferro Rodrigues não se está apenas “cagando para o segredo de Justiça“. Também estar-se-á a cagar para a actual situação de linha vermelha que Portugal está viver e que obriga a reverter o desconfinamento. E, também, para o facto de que Sevilha está no vermelho.
O ter dito, ainda, o gracejo no Parlamento, só demonstra que a segunda figura da hierarquia do Estado continua a não saber sê-lo.
Como seria de esperar, Marcelo Rebelo de Sousa já explicou tudo: “O que percebi foi que apelou aos que puderem ir, que vão, para termos um apoio significativo. Mas está implícito que respeitem as regras e só vão aqueles que possam ir. Foi como eu li. Só vou se o morador comum em Lisboa puder ir“.
Porque, na sua bolha, Marcelo Rebelo de Sousa, compreende tudo. Explica tudo. Comenta tudo.
Mas, estes não são casos únicos. Pelo contrário. Pois, a cada passo, lá vem um atrás de outro, dentro da sua bolha, a contemplar a nossa realidade, e a explicar com fantasias a dura realidade de cada uma das nossas vidas.
Haja bolha.
Tanto grunho que ascendeu a altos cargso!!!!!
Pois foi!
Salazar é que percebeu bem a importância do cargo de presidente da Assembleia Nacional. Por isso o entregou a Maria de Jesus Freire que, entre a matança de duas galinhas, chegou a despachar dois orçamentos de Estado e a reforma do regime da Lei das Licenças de Isqueiro. Tudo no mesmo dia, ou melhor, na mesma manhã.
No tempo do Salazar, havia poucos , havia…
Bastava olhares para o Presidente da República !
O boi cavalo ?
Esse era jeitoso
O Ferro nunca desilude. O Ferro é sempre, sempre Ferro.
O Ferro mete tanto nojo – basta vê-lo, nem é preciso ouvi-lo – que leva a pensar que o seu tacho não é apenas um tacho: é um símbolo. O Ferro naquele tacho é um símbolo.
Do quê? Do quanto o PS se caga para o país. O Ferro representa o grau do desprezo e da caganeira. É o PS a dizer: isto é tudo nosso; queremos este estrupício que jamais foi e jamais seria eleito, este trambolho que mete nojo aos cães, neste alto cargo.
E o país tem levar com o Ferro. Porque isto é tudo deles.