A Agência Europeia do Medicamento emitiu um comunicado onde afirma que há «evidências crescentes» indicando que as vacinas mRNA para a COVID não causam complicações às grávidas nem aos bebés. E que os resultados «parecem» ser consistentes entre diversos estudos. E, ainda, que as evidências no terreno «sugerem» que o benefício supera o risco.
O PÚBLICO, outros órgãos de comunicação social (p.ex. Observador, Expresso, etc.) e partidos políticos (p.ex. Bloco de Esquerda) citam esse comunicado em termos tais como «Vacinas mRNA não causam complicações durante a gravidez, garante EMA» (PÚBLICO).
Por outro lado, há órgãos de comunicação social que transmitem parcialmente o nível de incerteza presente no comunicado da EMA (p.ex. JN, que hesita entre um título em linha com o artigo original e um texto mais cheio de certezas).
Há um passo de fé entre a declaração da EMA e a comunicação social que transformou a possibilidade numa certeza. A relevância do facto está, obviamente, no acto de transformação da mensagem e não no respectivo conteúdo.
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