Faltavam cinco dias para as eleições presidenciais. A caravana de André Ventura estava em Coimbra e parou na Igreja de Santa Cruz, onde jaz D. Afonso Henriques. Se o nosso primeiro viajasse na máquina do tempo até ao presente, e visse Ventura todo excitado a gritar “Viva a Espanha”, no comício de um partido político espanhol que faz propaganda eleitoral com montagens de mapas em que Portugal e as suas antigas colónias surgem anexadas pelo país vizinho, aplicar-lhe-ia, seguramente, o mesmo tratamento que aplicou à sua mãe. Portugal não se fez com palermas a gritar “Viva a Espanha” num arraial de gajos que nos veem como anexáveis. Mas deixemos isto para o capítulo sobre a Pátria e voltemos a Janeiro deste ano.

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