A verdade (II)

A Agência Europeia do Medicamento emitiu um comunicado onde afirma que há «evidências crescentes» indicando que as vacinas mRNA para a COVID  não causam complicações às grávidas nem aos bebés. E que os resultados «parecem» ser consistentes entre diversos estudos. E, ainda, que as evidências no terreno «sugerem» que o benefício supera o risco.

O PÚBLICO, outros órgãos de comunicação social (p.ex. Observador, Expresso, etc.) e partidos políticos (p.ex. Bloco de Esquerda) citam esse comunicado em termos tais como «Vacinas mRNA não causam complicações durante a gravidez, garante EMA» (PÚBLICO).

Por outro lado, há órgãos de comunicação social que transmitem parcialmente o nível de incerteza presente no comunicado da EMA (p.ex. JN, que hesita entre um título em linha com o artigo original e um texto mais cheio de certezas).

Há um passo de fé entre a declaração da EMA e a comunicação social que transformou a possibilidade numa certeza. A relevância do facto está, obviamente, no acto de transformação da mensagem e não no respectivo conteúdo.

 
Da série «A verdade? Primeiro vem o que as pessoas querem ouvir, depois o que elas acreditam e a seguir tudo o resto. Só depois vem a verdade.»

Comments

  1. Segundo os últimos dados da VAERs, no último ano houve 4.806 efeitos adversos em grávidas nos EUA e 1.533 abortos devido às vacinas, com destaque para a Pfizer.
    Nota: os dados fornencidos pela VAERS/CDC apenas revelam cerca de 1% da realidade.
    Entretanto, diversos reguladores europeus (Marco Cavaleri…) declararam que a repetição dos reforços pode causar sobrecarga no sistema imunitário e que não há suporte científico para essas repetições.
    E cá vamos vivendo com a certeza na segurança das picas e dos testes PCR não indicados para diagnosticar o C-19, segundo a OMS.

    • Paulo Marques says:

      “devido a vacinas” -> “com pessoas vacinadas” (é melhor não ver o que faz a Covid19 às ditas)
      Mas sim, vamos vivendo com a certeza de que não precisamos das restrições que a Europa “liberal” tem.

  2. Filipe Bastos says:

    Veremos o que o estimado Paulo Marques, fã incondicional das vacinas, da ciência e do rigor, nos diz do assunto.

    Vai uma aposta que nisto o rigor não faz falta?

    • Paulo Marques says:

      Não sou defensor da comunicação social, que é que quer que defenda?
      Agora o que é evidente é que se fosse ao contrário, a causalidade estava mais que provada; assim é muito mais difícil de provar. Mesmo assim, os números são claros; a Covid19 é uma doença com riscos mais detectáveis do que os da vacina para grávidas e os seus filhos.

      • Filipe Bastos says:

        a Covid19 é uma doença com riscos mais detectáveis…

        Muito, muito mais: farta-se de matar jovens de 90 anos com doenças várias, jovens de 80 que tinham cancro e pessoas de todas as idades que são atropeladas ou caem de andares altos.

        Todas elas entram nas estatísticas do covid. É assim que detectamos o enorme risco covideiro.

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