Há quem, ao invés de se entreter com as muitas trivialidades que os candidatos partidários vão arremessando para produzir títulos de jornal, analise os diversos programas eleitorais publicamente disponíveis no que se refere a temáticas específicas.
É o caso da ZERO, que efectuou uma avaliação global de dez temas chave nas áreas do ambiente e sustentabilidade e de três aspectos específicos, tendo por base os programas dos partidos/coligações candidatos com representação parlamentar. Os dez temas gerais de análise foram: o combate às alterações climáticas, promoção de energias renováveis, eficiência energética e pobreza energética, sustentabilidade no sector dos transportes, relevância de políticas de ordenamento do território, desenvolvimento de políticas com impacto na melhoria do ambiente urbano, incentivos a uma verdadeira economia circular, investimentos em conservação da natureza, melhoria da gestão de recursos hídricos e na economia do mar, promoção de uma agricultura mais sustentável e maior resiliência da floresta portuguesa. As três iniciativas específicas avaliadas foram a credibilização da Avaliação de Impacte Ambiental, a decisão sobre o novo aeroporto para a região de Lisboa e a maior transparência e participação da sociedade no Fundo Ambiental.
Também a TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo procedeu a uma análise das propostas dos partidos no que toca à temática do Comércio Internacional.
E haverá outras… Seja como for, o propósito destas análises é contribuir para a reflexão e uma escolha fundamentada, pelo que a sua leitura é da maior pertinência e se recomenda.
O ambiente não interessa ser “tocado”.
O que interessa é o “ambiente” das grandes empresas geradoras de “impacto energético” das contas bancárias !
Não faltam ideias nem grupos de trabalho para enunciar mais despesa publica nas áreas do ambiente.
Para analisar e criticar o acerto e a produtividade da despesa já existente nas mesmas áreas nunca ouço falar,
Querer mais é que define o mérito, que trabalho e responsabilidade é muito cansativo.
Pois não houve falar…
E a culpa é inteiramente de Vosselência!
Sendo o maior especialista nacional e até sideral no assunto, com créditos firmados e débitos atirados cuidadosamente para calote, não tem dito uma única palavra sobre o tema.
Depois queixa-se! Francamente!
Sauda-se, mas também não há milagres na informação dos eleitores. A ZERO é demasiado simplista, fica (explicitamente) contente/descontente se determinadas palavras aparecem, mesmo que não haja conteúdo (quem diria que a IL é tão verde!). Já a TROCA obriga à leitura demorada das propostas e resoluções para perceber o que está em causa e tirar alguma conclusão.
Obviamente, devíamos todos preferir e seguir o segundo método, concordando ou não com as cores; infelizmente, acho que não é viável que os eleitores se preocupem a esse nível.