Escrito a ouro

A Iniciativa Liberal está a vender canetas a €3,00.

Sempre ouvi dizer: se merda valesse ouro, pobre não tinha cu. E a IL comprova-nos isto todos os dias.

Comments

  1. Joana Quelhas says:

    As canetas dos partidos que as oferecem são grátis !

    No modelo mental do socialista existem coisas grátis.

    E existem coisas grátis sim senhor!

    O socialista considera grátis qualquer coisa que é pago com o dinheiro cobrado ao contribuinte , maioritariamente pobre ou remediado, ou seja o socialista considera grátis qualquer coisa que é comprado com o dinheiro dos outros.

    Quando o socialista é confrontado com o livre mercado (condição sine qua non do livre arbítrio) sente-se confuso.
    Mas as pessoas dão ou contribuem para uma causa de livre vontade ?

    Afinal nós os “intelectuais” de esquerda que passamos a nossa vida a pensar e a idealizar onde o dinheiro dos outros deve ser gasto , não servimos para nada ?

    As pessoas que decidem comprar uma caneta a um partido político a 3€ não são capazes de governar a sua própria vida , pois estão a ser exploradas.

    E nós , os socialistas temos uma solução, (o socialista tem sempre uma solução racional e inteligente):

    Vamos cobrar impostos aos indivíduos que não sabem como gastar o seu dinheiro e são explorados pelos partidos que vendem canetas, e vamos entregar esse dinheiro aos partidos que comprem canetas e depois as darão aos indivíduos.

    Estão a ver como precisamos do “pensamento” socialista.
    Agora as pessoas em vez de gastarem 3 euros a adquirirem uma caneta , recebem uma caneta grátis ( que tanto estavam a precisar!).
    É com este tipo de raciocínio que os países Socialistas são os mais prósperos do planeta…não compreendo porque é que os países liberais não fazem isto.
    É pura maldade!

    Joana Quelhas

    • João L Maio says:

      A Joana está a precisar de sair de casa. Sinto-a muito carente.

    • Filipe Bastos says:

      Joaninha. O seu “livre mercado” é mais utópico que as coisas grátis dos seus intelectuais esquerdistas.

      Há coisas realmente grátis, muitas delas necessárias à vida: o ar, o mar, as árvores, a comida que plante, pesque ou cace, a alegria, a empatia, a amizade, etc.

      Não há, porém, um só mercado totalmente livre. Sem Estado, sem impostos, sem regulação, sem polícia e tribunais, sem – sim – violência ou ameaça de violência, não há sequer propriedade.

      Os intelectuais esquerdistas são arrogantes e paternalistas? De acordo. Mas a redistribuição – sim, forçada, se tiver de ser – é tão necessária quanto o Estado, e pelos mesmos motivos.

      Sobre a IL: o chulão comuna-caviar Ricardo Araújo Pereira resumiu bem, honra lhe seja, a filosofia da IL – Portugal SGPS. Encher mamões. Estes comem tanto que, dizem eles, algumas migalhas hão-de cair para o povão.

    • Ilusionistas says:

      Um cérebro cheio de quelhas e becos…

  2. Joana Quelhas says:

    Filipe,
    O livre mercado existe tal como existe a liberdade.
    Mas para entender isto temos que definir os termos.
    Tanto o mercado livre como a liberdade são a fonte de muitos equívocos.
    Não posso aqui alongar-me muito mas veja por exemplo que o conceito de liberdade para a esquerda significa “Ter o Poder” de obrigar a….
    Ao invés o conceito de liberdade conservador é realmente o mais equilibrado (ver por exemplo – Os dois conceitos de liberdade de Isaiah Berlin) .

    O mercado livre não implica a inexistência do Estado. Justamente ao contrário , uma importante função do Estado devia ser o de garantir a existência do mercado livre (arbitrando o conflito de interesses). Mas como a mentalidade esquerdista se infiltra no estado logo inverte a situação e a sua principal função parece ser impedir que o livre mercado exista.

    Em relação á SGPS isso parece evidente. A IL é um partido liberal. e como sabe é muito influenciado pela esquerda excepto na área económica. Mas o Filipe já pensou que A IL com influencia conservadora podia ter a função subsidiaria que uma sociedade equilibrada tanto precisa ?

    Joana Quelhas

    • João L Maio says:

      Faz muito sentido, sim senhora!

      “A esquerda é má e faz dói-dói” emoji de carinha triste

      “Mas a direita… ah, a direita salva e é heróica” emoji carinha apaixonada

      Patega.

    • Paulo Marques says:

      Para a direita conservadora, a única relação de poder que existe é a do estado, o resto é tudo camaradagem. Ao mesmo tempo que diz que o mundo é uma competição onde sobrevive o mais forte.
      Liberdade para quem parte à frente, por outras palavras. Não é a minha.

  3. Filipe Bastos says:

    Justamente ao contrário, uma importante função do Estado devia ser o de garantir a existência do mercado livre…

    Sim, Joana, conhecemos o conceito direitista de Estado-pequenino-e-baratinho-só-para-o-que-me-convém. Mais que Berlin, o seu discurso lembra Bastiat. Deixe-me adivinhar o seu Estado.

    A prioridade é a polícia: não queremos os pobres a importunar os ricos, a partir-lhes os Rolls ou os dentes. Depois vêm os tribunais, para metê-los na cadeia e proteger fortunas, rendas, patentes, etc., depois a educação (mínima) e a saúde (básica), para terem mão-de-obra e para esta não faltar ao trabalho, e… esqueci-me de algo?

    Ah, a regulação. “Garantir o mercado livre”, diz a Joana, “arbitrando o conflito de interesses”. Quer dizer proteger a mama dos mamões, baixando as calças ao capitalismo e ao seu inexorável, inevitável objectivo: acabar com qualquer tipo de “mercado livre”.

    Comprar ou arruinar a concorrência. É esta a finalidade de qualquer capitalista. Monopólios e oligopólios. Olhe à volta. A concentração de riqueza e de poder não pára de crescer.

    P.S. Pode a IL ser útil? Talvez; se largar a submissão a mamões, o culto da ganância e do ‘mercado’. Mas aí seria ainda a IL?

    • Joana Quelhas says:

      Vamos lá por partes.
      O Filipe põe em cima da mesa um “cebola” que demora mais tempo a desmontar que um simples post pode permitir.
      Mas mesmo assim se quiser desmontar alguns dos conceitos que aparecem aqui em catadupa e com subentendimentos confusos contraditórios errados e até hermeneuticamente “contaminados” pelo Marxismo .
      Por isso queria lhe dizer o objectivo de qualquer grande empresa é acabar com o capitalismo.
      Mais capitalismo significa mais empresas não menos empresas.
      Isto não é contraditório, o que é contraditório é dizer que a grande empresa representa de algum modo o Capitalismo.
      O Capitalismo não é nenhuma ideologia pensada por algum académico no recato do seu escritório.
      O Capitalismo nasce de forma espontânea da actividade do homem ( praxeologia) . O monopólio é uma entidade altamente instável. A sua sobrevivência a médio e longo prazo só se torna possível com a ajuda do Estado ( lembra-se , aquele que nos vai “garantir” a igualdade!), através de regulações e conluio, que limita a concorrência não deixando entrar no mercado o pequeno competidor.
      Como muito bem disse Chestertone:
      O Bolchevismo e o Grande Capital são parecidos; ambos são sustentados pela ideia segundo a qual ‘tudo se torna mais fácil e mais simples depois que se elimina a liberdade’; e o inimigo irreconciliável de ambos é aquilo a que se convencionou chamar ‘pequenas e médias empresas’ .
      Por isso o primeiro passo é compreender o capitalismo e as sua entidades com os significados correctos despidos da hermeneutica Marxista .
      Posto isso verá que se gosta de liberdade e acha que os necessitados precisam de melhorar o seu nível de vida, o capitalismo é a melhor das soluções.

      Joana Quelhas