Isto envelheceu muito bem…

O PS elegeu os dois deputados….

Costa vai facturar

Costa ganhou o braço de ferro entre o PS e PCP mais BE. Não quis ceder à negociação, como fizera nos anteriores 6 orçamentos, e deixou cair o governo.

Cheirou-lhe a fraqueza do PSD e CDS, bem como do PCP e do BE e, qual matador, avançou para o golpe final.

Na sua sofreguidão, criou o palco perfeito para o reforço de deputados do esgoto da extrema-direita. Pelo caminho, secou o PAN e, quiçá, o CDS.

Não vou entrar no discurso do povo ser sábio. Uma possível maioria absoluta para um partido que teve Cabrita e os sucessivos escândalos, Sócrates e sua entourage e a má memória da corrupção não pode vir de um povo sábio.

De nada valeram as manipulações que, de repente, passaram a colocar Rio colocado a Costa e, às vezes, até à frente, nas “sondagens” e como fez o PÚBLICO nesta capa. Título onde Costa é dado como estando à frente de Rio, mas fica em segundo plano, com uma carantonha, em contraste com um Rio sorridente.

Adenda: nem tudo é mau. O execrável Rio não tem grande futuro pela frente.

Para além das bocas

Há quem, ao invés de se entreter com as muitas trivialidades que os candidatos partidários vão arremessando para produzir títulos de jornal, analise os diversos programas eleitorais publicamente disponíveis no que se refere a temáticas específicas.

É o caso da ZERO, que efectuou uma avaliação global de dez temas chave nas áreas do ambiente e sustentabilidade e de três aspectos específicos, tendo por base os programas dos partidos/coligações candidatos com representação parlamentar. Os dez temas gerais de análise foram: o combate às alterações climáticas, promoção de energias renováveis, eficiência energética e pobreza energética, sustentabilidade no sector dos transportes, relevância de políticas de ordenamento do território, desenvolvimento de políticas com impacto na melhoria do ambiente urbano, incentivos a uma verdadeira economia circular, investimentos em conservação da natureza, melhoria da gestão de recursos hídricos e na economia do mar, promoção de uma agricultura mais sustentável e maior resiliência da floresta portuguesa. As três iniciativas específicas avaliadas foram a credibilização da Avaliação de Impacte Ambiental, a decisão sobre o novo aeroporto para a região de Lisboa e a maior transparência e participação da sociedade no Fundo Ambiental.

Também a TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo procedeu a uma análise das propostas dos partidos no que toca à temática do Comércio Internacional.

E haverá outras… Seja como for, o propósito destas análises é contribuir para a reflexão e uma escolha fundamentada, pelo que a sua leitura é da maior pertinência e se recomenda.

Conversas Vadias 41

Na quadragésima primeira edição das Conversas Vadias (vadias, para os amigos), estiveram presentes António de Almeida, António Fernando Nabais, José Mário Teixeira, Orlando Sousa, Francisco Miguel Valada, Carlos Araújo Alves e João Mendes. Falou-se muito, e frequentemente bem, sobre eleições legislativas, Rui Tavares, Francisco Rodrigues dos Santos e Chicão, André Ventura, os debates, o número de páginas dos programas partidários, a ausência da Justiça e da Educação no debate Rio-Costa, a força e o enfraquecimento do PCP, a debilidade dos sindicatos, o salário mínimo, a iminência da bancarrota, a multa à Câmara de Lisboa, a condenação de Portugal no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e a terrível situação no Afeganistão. Sugestões aos magotes: [Read more…]

Conversas Vadias
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Conversas Vadias 40

Na quadragésima edição das Conversas Vadias, estiveram presentes os três aventadores com mais participações em todas as edições desta rubrica desde o princípio de 2022: José Mário Teixeira, António de Almeida e António Fernando Nabais. Recordámos muitos acontecimentos de 2021, como a invasão do Capitólio ou chumbo do orçamento, fizemos a distinção entre merda e cocó, conseguimos falar sobre as legislativas, os debates e muitos outros assuntos da actualidade. E sugestões? Também.

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Conversas Vadias
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Inês Sousa Real meets Ricardo Robles

A confirmar-se que as empresas das quais Inês Sousa Real é ou foi proprietária recorrem a práticas pouco sustentáveis e amigas do ambiente, nomeadamente a agricultura intensiva e o uso de pesticidas, podemos estar perante o princípio do fim da carreira política da líder do PAN, que ainda agora começou. O episódio traz imediatamente à memória o caso Robles, também ele uma figura que teve uma ascensão meteórica, para de seguida cair com estrondo e desaparecer do mapa, descobertos que foram os seus negócios imobiliários. Tal como Sousa Real, Ricardo Robles não cometeu nenhuma ilegalidade. Mas feriu de morte parte essencial da narrativa do seu partido. Não é coisa pouca.

O momento em que este caso surge não é inocente. Ao colocar-se na posição de potencial muleta do PS, num hipotético cenário pós-eleitoral em que os deputados eleitos pelo PAN cheguem para António Costa conseguir maioria absoluta, Inês Sousa Real ficou na mira da direita, mas também dos partidos de esquerda, que disputam a parte do eleitorado mais sensível ao problema das alterações climáticas. Fez o pleno, portanto.

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Alemanha, primeiras projecções

Primeiras projecções dos resultados eleitorais na Alemanha (ARD e ZDF) revelam um empate técnico entre CDU/CSU e SPD. Verdes, em terceiro lugar, poderão vencer em Berlim, actualmente governado pelo SPD. Coligação que governará o motor da Alemanha é ainda uma incógnita e poderá assumir vários formatos, com Verdes, FDP e Die Linke na calha para ser junior partners dos dois grandes partidos, que poderão governar sozinhos. A melhor notícia, no meio da indefinição e incerteza reinantes, é que o crescimento da extrema-direita estagnou. Depois de em 2017 ter entrado em força no Bundestag, com 94 assentos conquistados, ambas as projecções apontam para a perda de 7 a 10 deputados. Haja cordão sanitário!

Não é tarde para um obrigado

[Francisco Salvador Figueiredo]

Penso que num país em que tudo é demorado, me vão perdoar um pequeno atraso em relação ao assunto que abordarei. Hoje, irei debruçar-me principalmente sobre a estreia de três partidos na Assembleia da República. Temos um partido extremista, o Chega e a Iniciativa Liberal. Ah, o partido extremista é, obviamente, o Livre.

Mas antes de tudo, comecemos pelos partidos do costume. Temos um PS a repetir a mesma estratégia, só que com mais gente ainda. O PS faz lembrar aquelas crianças que irritam os pais um bocado e depois vão irritando cada vez mais para ver os limites. Neste caso, o pai é o povo português. Um pai demasiado passivo, diga-se.

Agora, tempo para elogiar uma nova cara na Assembleia, uma verdadeira oposição ao Governo. Estamos a falar do irreverente Rui Rio, que depois de meses a fazer campanha ao PS, assumiu a presidência do PSD e tornou-se numa voz ativa contra o governo. Não gosto de Rui Rio, ideologicamente. Mas tenho de lhe tirar o chapéu. Sempre foi sensato no que disse, sempre seguiu a sua cabeça e nunca teve medo de elogiar algo por não ser do seu partido. Na Assembleia, teve uma postura exemplar, ao tocar em pontos frágeis como, por exemplo, a situação do Hospital S. João, mas mesmo assim não caiu numa tendência populista e demagógica.

O CDS? O CDS pecou pela forma que abordou estas eleições. Quis agradar a todos os lados, não assumindo uma posição de direita firme. Desta forma, perdeu votos para outros partidos de direita. Neste momento, são 5, mas continuam a ser partido do Taxi. No entanto, são aqueles para 6 pessoas. O outro lugar é para chamar a atenção do André Ventura (Chega) ou João Cotrim Figueiredo (IL). Só pode…

Bloco e CDU continuam rigorosamente na mesma, sendo que o Bloco a cada ano que passa está cada vez mais extremista e a revelar a verdadeira pele. Livre? As pessoas que votaram Livre não se podem dar por desiludidas. Queriam aquilo e assim está. Joacine continua fiel às suas ideias, não alterando a forma de estar apenas por ter sido eleita. É de louvar. Mas não é por isso que deixa de ter um discurso ressentido, fraco e inútil. O que Joacine quer não é igualdade de tratamento entre raças, mas sim transformar as raças todas iguais. Há um discurso de ódio contra os portugueses. A minha questão é: Se eu achasse que os negros são contra os brancos, porque razão eu iria para o Ruanda defender uma suposta minoria branca? Não faz sentido. Em relação à gaguez, eu não sou terapeuta, por isso a minha opinião não interessa. No entanto, Joacine faz-me lembrar aqueles jogadores de futebol que fintam meio mundo e depois falham de baliza aberta. Uma pessoa até pensa que ela pode vir a dizer algo bom, mas acaba sempre por dizer algo mal. Em relação a este assunto, a direita, mais uma vez, consegue estar mal. O que tem de ser usado como argumento não é a gaguez da Joacine, mas sim as suas propostas.

Chega. Começou por parecer um partido de extrema-direita, mas depois desta campanha já se percebeu que é uma simples direita conservadora. Não me parece que tenha uma força construtiva, mas sim uma força destrutiva. A intervenção de André Ventura na Assembleia não foi uma defesa do Chega, mas sim um roast total ao PS. Nesse aspeto, esteve bem, mas parece pouco para um Partido. [Read more…]

Algumas notas sobre a Abstenção:

  •  Estas eleições marcaram a maior taxa de abstenção de sempre em Democracia em eleições legislativas, fixando-se nos 45.5% para os residentes em Portugal (votos no estrangeiro ainda não foram contados, mas irão certamente aumentar a taxa).
  • A abstenção em Legislativas tem vindo gradualmente a subir desde as eleições para a Constituinte em 75. Curiosamente, desde 75 até agora nunca votaram menos de 5 milhões de eleitores. O problema é que o número de recenseados aumentou exponencialmente de 6.220.784 em 1975 para 9.682.552 em 2015.

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Será que António Costa aceitará a prenda?

Marcelo Rebelo de Sousa disse o que tinha e havia para dizer sobre o descalabro deste governo face ao tratamento, ou melhor, ao abandono, que o Estado dispensou aos cidadãos que tiveram de enfrentar, sós, o avanço dos fogos.
Falou bem, mas ter-se-á apercebido de que, ao anunciar um novo paradigma que deverá sair da Assembleia da República, ofereceu a Costa o melhor motivo para se demitir e provocar eleições, aproveitando o estado calamitoso em que Passos deixa o PSD?
Não sei se António Costa optará por aceitar esta prenda desde já, mas que não lhe bastará uma vitória contra uma moção de censura do CDS, isso parece claro, uma vez que o Presidente da República mostrou bem que só lhe dará mais uma oportunidade. Este governo precisa de reforçar a legitimidade parlamentar de forma a responder a Marcelo Rebelo de Sousa, seja através de um pedido de voto de confiança, seja através de eleições legislativas antecipadas.

Portugal's PM Costa reacts during a biweekly debate at the parliament in Lisbon
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Eleições espanholas

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Resultados às 21:54.  Resultados oficiais. A noite é capaz de ser animada

Propaganda e Publicidade

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“Nove de cada dez estrelas usam Lux”, proclamava um velho anúncio, evidenciando o objectivo da publicidade: obter dos destinatários determinados comportamentos, independentemente de qualquer informação objectiva sobre o produto que quer divulgar. Esta é apenas uma das muitas técnicas publicitárias – fazendo os sujeitos acreditar que, usando um determinado produto, neste caso um sabonete, participam de um universo mitificado como o das estrelas de cinema – de tantas que, mais ou menos explicitamente, mais ou menos subliminarmente, nos fustigam a paciência e em nós procuram aquele bocadinho totó que, em maior ou menor grau, pensam haver em todos nós.
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É para isto que pagamos todos os anos milhões de euros à Fundação Mário Soares?

Sem título

Carregue na imagem ou veja-a no site da Fundação Mário Soares
Então houve 3 Governos de iniciativa presidencial até fins de 1980? E Sá Carneiro foi eleito em Dezembro desse ano? Mesmo tendo morrido no dia 4 de Dezembro? Quer dizer que as eleições foram a 1 de Dezembro e ele foi primeiro-ministro durante 3 dias? Ou a 2? Ou a 3? Ou terá sido eleito depois de morrer?
Felizmente que a História de Portugal tem adeptos tão dedicados…

Reposição de subsídios será total em 2015

Vítor Gaspar declarou que os subsídios de férias e de Natal serão repostos ao ritmo de 25% por ano, a partir de 2015. O Zandinga que há em mim vê o futuro de outra maneira: os subsídios serão totalmente repostos em 2015 e haverá aumentos salariais, independentemente do “espaço orçamental”, esse estranho espaço cuja área aumenta estranhamente em ano de eleições. No ano seguinte, o governo PS-PSD-CDS retomará o plano de emagrecimento do Estado, à custa do empobrecimento dos cidadãos.

solidariedade

aolidariedade

Bem queria eu aditar música a este ensaio, mas a máquina que uso não o permite. Pelo que experimento.

Experimento para agradecer o grande número de pessoas que me têm apoiado na escrita informática, especialmente a empresa que colabora comigo, que não vou referir por causa de propaganda, de todos eles, não resisto agradecer a quem tem a paciência de aparecer na minha casa para tratar das avarias que vão acontecendo no meu computador, Ricardo Fernandes. Como essa doce senhora que acompanha estes dissabores e ri às gargalhadas com os meus acidentes informáticos, por pura simpatia e solidariedade, como Carlos Loures, escritor e editor das minhas obras e que se ofereceu, enquanto o meu computador é tratado, a ser o meu correio e a publicar os meus textos no nosso Estrolabio e Aventar.

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Cenário pós eleitoral

-O sistema eleitoral português é o que é, não adianta agora discutir se deveríamos ter mais ou menos deputados, eleitos em círculos uninominais ou nacional único. Essas questões são totalmente pertinentes, mas irrelevantes no próximo dia próximo dia 5 de Junho. A eleição será realizada de acordo com as leis em vigor. O que proponho agora aos estimados leitores e colegas do blogue, é que pensem num cenário, a julgar pelas últimas sondagens, não será totalmente irrealista. Imaginem que o PS vence as eleições mas com menos de 1 por cento de vantagem sobre o PSD, no entanto o partido liderado por Passos Coelho, consegue eleger mais deputados. A primeira questão é, quem deverá ser indigitado Primeiro-Ministro? Para complicar um pouco mais a equação, o CDS/PP afirma-se claramente como a 3ª força política, mas não obtém mais votos que a soma entre CDU e BE, no entanto consegue eleger um número de deputados, que somados aos eleitos do PSD, ultrapassam os 116, logo entre ambos conseguem formar uma maioria absoluta no parlamento. Este cenário é ficção? Para já é mera especulação, mas seria o país governável a partir do próximo dia 6? Deixo à vossa consideração…

Fernando Nobre lidera lista do PSD por Lisboa

Por esta, confesso, não contava. Era óbvio que Fernando Nobre não ficaria em casa, de pantufas, depois da votação que obteve na eleição presidencial. Também não estava à espera que criasse um ‘movimento cívico’ ao estilo de Manuel Alegre. Muito menos esperava que cingisse a sua actividade à AMI.

Mas, admito, não estava à espera que fosse escolhido para número 1 do PSD pelo círculo de Lisboa e, ainda menos, indicado para a presidência da Assembleia da República. Para mais depois de se ter falado de Manuela Ferreira Leite ou Marques Mendes como potenciais candidatos ao segundo posto do país.

A vida política dá mesmo muitas voltas.

Actualização: Pedro Passos Coelho conta, no seu Facebook, que fez o convite a Fernando Nobre em nome do “interesse nacional“.

O Discurso e a Consequência:

“Aumentar a eficiência e a transparência do Estado e reduzir o peso da despesa pública são prioridades não apenas de natureza estrutural, mas também conjuntural.
Realismo, avaliação rigorosa das decisões, justiça na distribuição dos sacrifícios e melhoria do clima de confiança são exigências impostas pelo presente, mas que devemos também às gerações futuras. O caminho é possível, mas não será fácil nem rápido.
Reitero a minha convicção de que está em causa um esforço colectivo. É importante, por isso, que Governo, Assembleia da República e demais responsáveis políticos assumam uma atitude inclusiva e cooperante, que seja também factor de confiança e de motivação para os nossos cidadãos. A estabilidade política é uma condição que deve ser aproveitada para a resolução efectiva dos problemas do País. Seria desejável que o caminho a seguir fosse consubstanciado num programa estratégico de médio prazo, objecto de um alargado consenso político e social.

A nossa sociedade não pode continuar adormecida perante os desafios que o futuro lhe coloca. É necessário que um sobressalto cívico faça despertar os Portugueses para a necessidade de uma sociedade civil forte, dinâmica e, sobretudo, mais autónoma perante os poderes públicos.
O País terá muito a ganhar se os Portugueses, associados das mais diversas formas, participarem mais activamente na vida colectiva, afirmando os seus direitos e deveres de cidadania e fazendo chegar a sua voz aos decisores políticos. Este novo civismo da exigência deve construir-se, acima de tudo, como um civismo de independência face ao Estado.

É altura dos Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro para a legítima ambição de nos aproximarmos do nível de desenvolvimento dos países mais avançados da União Europeia.
Esta é uma tarefa de todos, cada um tem de assumir as suas próprias responsabilidades. É essencial que exista uma união de esforços, em que cada português se sinta parte de um todo mais vasto e realize o quinhão que lhe cabe.
Necessitamos de recentrar a nossa agenda de prioridades, colocando de novo as pessoas no fulcro das preocupações colectivas. Muitos dos nossos agentes políticos não conhecem o país real, só conhecem um país virtual e mediático. Precisamos de uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias inteiras que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI. Precisamos de um combate firme às desigualdades e à pobreza que corroem a nossa unidade como povo. Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.

É fundamental que a sociedade portuguesa seja despertada para a necessidade de um novo modo de acção política que consiga atrair os jovens e os cidadãos mais qualificados. O afastamento dos jovens em relação à actividade política não significa desinteresse pelos destinos do País; o que acontece, isso sim, é que muitos jovens não se revêem na actual forma de fazer política nem confiam que, a manter-se o actual estado de coisas, Portugal seja um espaço capaz de realizar as suas legítimas ambições. Precisamos de gestos fortes que permitam recuperar a confiança dos jovens nos governantes e nas instituições.
Seria extremamente positivo que os jovens se assumissem como protagonistas da mudança, participando de forma construtiva, e que as instituições da nossa democracia manifestassem abertura para receber o seu contributo. A geração mais jovem deve ser vista como parte da solução dos nossos problemas.” – Discurso de Tomada de Posse do Presidente da República (Março 2011)

Depois deste discurso só podemos tirar uma conclusão: para o PR este governo é parte do problema e não da solução. E assim sendo…

 

Contos Proibidos – Memórias de um PS Desconhecido. As Eleições Legislativas de 1976

continuação daqui

Apesar do difícil relacionamento, Felipe González demonstraria grandes qualidades de estadista ao compreender quer a amizade pessoal de Soares com os dirigentes do Partido Socialista Popular, quer a diferença de pontos de vista derivada da diferença de idades entre ambos. Também sabia que dentro do PS português tinha inúmeros amigos e que as bases simpatizavam com ele, como a própria cimeira do Porto demonstrara.
Estas delicadas questões tinham já sido abordadas numa reunião que tivera lugar em Lisboa, em Junho de 1975, entre o PS e uma delegação do PSOE chefiada por Nicolas Redondo. Quando então nos pediram para clarificar a situação, derivada do entusiástico apoio a Santiago Carrilho e da nossa tão ambígua posição, Mário Soares pediu a Nicolas Redondo que informasse o seu partido de que o PS «reconhecia o PSOE enquanto parceiro na Internacional Socialista, não obstante laços de amizade pessoal entre alguns socialistas portugueses e espanhóis não pertencentes ao PSOE».

O resultado eleitoral das primeiras eleições legislativas não corresponderia, contudo às expectativas. Nem às expectativas políticas dos dirigentes do PS, nem às dos amigos estrangeiros que tinham investido no PS. [Read more…]