Canto a Vozes de Mulheres à Lista Nacional do Património Cultural Imaterial

Já sabemos que a luta pela Cultura, mais ainda a que é imaterial, é uma luta de passada difícil, pelo que a ajuda de todos conta. Subscreve aqui.

“Em 2020, cerca de trezentas cantadeiras decidiram criar a Associação Fala de Mulheres e formular o pedido de inscrição do Canto a Vozes de Mulheres na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial. Este repertório é cantado a três ou mais vozes sobrepostas em movimento predominantemente paralelo e tem localmente diferentes designações, tais como “cantada”, “cantaraço”, “cantaréu”, “cantarola”, “cantedo”, “cantiga”, “cramol”, “lote”, “moda” ou “terno”. É cultivado no centro e norte de Portugal há sucessivas gerações e pode também encontrar-se em comunidades e(ou) grupos geograficamente distantes, mas que, de algum modo, tiveram ao longo da sua história contacto com essas práticas performativas. As cantadeiras argumentam que este canto é uma expressão artística, um património imaterial que vincula as mulheres no combate à vulnerabilidade das comunidades onde residem e reforça a identidade local. Com esta iniciativa pretendem também desocultar o papel das mulheres nos processos e práticas culturais. Apelam, agora, ao seu apoio com a subscrição desta lista, ou, se preferir, através de uma carta endereçada à Associação Fala de Mulheres. Consciente da importância de salvaguardar este património imaterial, cada um dos subscritores declara perante a Direção-Geral do Património Cultural o seu apoio à inscrição do Canto a Vozes de Mulheres na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial.”