A Maioria Absoluta – Quatro anos sem desculpas

A vitória esmagadora do Partido Socialista nas legislativas permite a António Costa fazer as reformas que sempre defendeu. E cumprir o seu programa sem obstáculos. Daí ser importante fazermos uma “revisão da matéria dada” para memória futura.

No seu programa o PS definiu 12 prioridades, citando-as:

1.Convergir entre 2021 e 2026. Crescer por ano em média 0,5 p.p. acima da média da UE27 e 1 p.p. acima da média da zona euro;

  1. Manter as contas públicas certas. Reduzir, no mínimo, até 2026, o peso da dívida pública no PIB para valores inferiores a 110%;
  2. Alterar o regime de recrutamento, introduzindo fatores de estabilidade reforçada no acesso à carreira de professor;

  3. Prosseguir o trabalho de revisão e generalização do modelo das unidades de saúde familiar, garantindo que elas cobrem 80% da população na próxima legislatura;

  4. Garantir a visitação domiciliária pelos cuidados de saúde primários dos residentes em estruturas para idosos;

  5. Aumentar, até 2026, para 80% o peso das energias renováveis na produção de electricidade, antecipando em 4 anos a meta estabelecida;

  6. Creches gratuitas, de forma progressiva, até 2024;

  7. Aprovar as alterações legislativas para a Agenda do Trabalho Digno na AR até julho;

  8. Discutir novas formas de equilíbrio dos tempos de trabalho, incluindo a ponderação de aplicabilidade em diferentes setores das semanas de quatro dias;

  9. Aumentar até 2026 o peso das remunerações no PIB em 3 pontos percentuais para atingir o valor médio da União Europeia – aumentar o rendimento médio por trabalhador em 20% entre 2022 e 2026;

  10. Apoiar, até 2026, 30 mil jovens em cursos profissionais nas áreas emergentes e na formação superior nas áreas STEAM (Ciências, Tecnologias, Engenharias, Artes e Matemática);

  11. Aumentar em 25% face a 2017 o número de empresas nacionais exportadoras para atingir um volume de exportações equivalente a 53% do PIB em 2030.

Depois temos promessas avulsas previstas no seu programa:

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Desabafo

Nesta investigação, Manuel Pinho — que exerceu funções governativas entre 2005 e 2009 – é suspeito de ter sido corrompido pela dupla de executivos, que controlou a EDP entre 2006 e 2020, António Mexia e João Manso Neto. O antigo banqueiro Ricardo Salgado, também é, segundo a tese do Ministério Público, corruptor activo do antigo ministro da Economia. O antigo governante é suspeito de ter tomado várias decisões que terão beneficiado a EDP e prejudicado em 1200 milhões de euros o erário público.”

Mesmo sem ter ainda sido condenado, dá vontade de ir em manifestação para a frente da quinta onde Manuel Pinho cumpre prisão domiciliária exigir que devolva aos portugueses o valor que já transferiu para as contas em Espanha, na Alemanha e no Brasil. E mais, que peça publicamente perdão aos portugueses. Um ministro corrupto é do mais miserável que pode haver.

Custa-lhes muito a entender, mas estão lá para nos servir.

E, claro, há que boicotar a EDP, pelo menos dentro do possível (a parte comercial).