Na falta do Ministério Público e da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, não era de substituir o Bruno Carvalho por um par de nazis no Big Brother?

Pode ser uma captura de ecrã do Twitter de uma ou mais pessoas e texto que diz "Mario Machado @MarioMachado777 Em resposta @Richard 1143 E prostituição forçada das gajas do Bloco. 17:03 17 fev. 22 Twitter Web App Ricardo Pais @ricardojp1143 4h Concordo. Incluam as do PCP, MRPP, MAS e PS. Mario Machado @MarioMachad... .4h Em resposta @ricardojp1143 @Richard_ 1143 Tudo, tipo arrastão. Ricardo Pais @ricardojp1143 Em resposta @MarioMachado777 @Richard_1143 A Renata Cambra terá tratamento VIP. 1 Ricardo Pais @ricardojp1143 3h Em resposta @ricardojp1143 @MarioMachado777 @Richard_ Servirão para motivar as tropas, na reconquista."

A “Renata Cambra (…) as gajas do Bloco (…) PCP, MRPP, MAS e PS”, foram vítimas da ameaça pública que se pode ler, feita pelos nazis que apoiam o Chega. Bem sei que não se trata do Big Brother, nem de um tolo do qual o país faz troça há alguns anos, mas será que a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género ou o Ministério Público vão exigir as devidas consequências? Será desta que o Tribunal Constitucional revê a ideia de aprovar partidos a milicianos deste calibre?

Canto a Vozes de Mulheres à Lista Nacional do Património Cultural Imaterial

Já sabemos que a luta pela Cultura, mais ainda a que é imaterial, é uma luta de passada difícil, pelo que a ajuda de todos conta. Subscreve aqui.

“Em 2020, cerca de trezentas cantadeiras decidiram criar a Associação Fala de Mulheres e formular o pedido de inscrição do Canto a Vozes de Mulheres na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial. Este repertório é cantado a três ou mais vozes sobrepostas em movimento predominantemente paralelo e tem localmente diferentes designações, tais como “cantada”, “cantaraço”, “cantaréu”, “cantarola”, “cantedo”, “cantiga”, “cramol”, “lote”, “moda” ou “terno”. É cultivado no centro e norte de Portugal há sucessivas gerações e pode também encontrar-se em comunidades e(ou) grupos geograficamente distantes, mas que, de algum modo, tiveram ao longo da sua história contacto com essas práticas performativas. As cantadeiras argumentam que este canto é uma expressão artística, um património imaterial que vincula as mulheres no combate à vulnerabilidade das comunidades onde residem e reforça a identidade local. Com esta iniciativa pretendem também desocultar o papel das mulheres nos processos e práticas culturais. Apelam, agora, ao seu apoio com a subscrição desta lista, ou, se preferir, através de uma carta endereçada à Associação Fala de Mulheres. Consciente da importância de salvaguardar este património imaterial, cada um dos subscritores declara perante a Direção-Geral do Património Cultural o seu apoio à inscrição do Canto a Vozes de Mulheres na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial.”

Ao cuidado da extrema-direita que ainda não saiu do armário

Há quem não compreenda as dimensões racista, xenófoba, misógina ou globalmente autocrática – to name a few – do Chega. Pior: há quem as compreenda, compreendendo também as consequências que daí resultam, mas opta por desvalorizar e normalizar, por ódio à esquerda, por simpatia envergonhada pelo Chega ou por comungar do mesmo ideário. Ou por todos estes motivos. E mais alguns.

Daqui salta-se quase sempre para a vitimização. E uma das modalidades de vitimização mais comuns é esta: então e a extrema-esquerda? Quando me deparo com esta sobrevorização do papel de micropartidos como o MRPP ou o MAS, fico sempre perplexo. Bem sei que o MRPP defende a morte dos traidores, mas será que alguém os leva a sério? Têm relevância política? Recebem financiamento significativo que possa transformar estes partidos numa ameaça real? Não, não e não. Três vezes não.

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