PCP e Chega, a mesma luta…

Tal como não é expectável que a Rússia aceite que o mesmo resultado seja alcançado por via da acção do regime xenófobo e belicista instaurado na Ucrânia na sequência do golpe de Estado de 2014 e que envolveu o recurso a grupos fascistas e que nunca, até hoje, cumpriu os acordos de Minsk.

Este excerto retirado de um dos vários comunicados emitidos pelo PCP sobre a ocupação que está ser tentada pela Rússia sobre a Ucrânia é todo um programa. Considerar o que aconteceu como um golpe de Estado define bem o pensamento deste tenebroso partido que, em conjunto com o Chega, ainda existe. Sobre o que se passou em 2014 podem ver no documentário da Netflix de que falo AQUI.

Tão tenebroso como o PCP é o Chega que, agora, decidiu ser contra o seu amigo e financiador Putin. Mais um acto hipócrita e mentiroso. Nada de novo.

Uma vergonha chamada PCP

Sabem a Bielorrúsia, aquele país satélite de Putin? Que está a ajudar o vladimir a atacar a Ucrânia? Ora vejam lá o que sobre essa ditadura pensa o Partido Comunista Português: AQUI.

Vamos então continuar a fazer de conta que, HOJE, PCP e Chega não são a mesma coisa só mudando o cheiro? Este PCP envergonha o legado de luta contra o Estado Novo. O resto é poesia…

Ucrânia – Winter on Fire :: Crónicas do Rochedo 52

Para perceber o que se passa hoje na Ucrânia é importante, entre outras coisas, ver o documentário da Netflix sobre a Ucrânia e o seu desejo de pertencer à União Europeia. Chama-se “Winter on Fire”.

E pensar que, uma vez mais, não contam com a União Europeia. Que ficam sozinhos na luta contra a Rússia graças à nossa cobardia. Uma vergonha sem nome.

O Equilíbrio do Terror #7 – Putin, o Mundial do Qatar e o erro de insistir no erro

Insistimos nestas figuras. Em 2018, era vê-los a todos nos camarotes do Mundial da Rússia, poucos meses após o envenenamento de Sergei Skripal. Penso que os britânicos foram os únicos a não comparecer. Agora, queremos excluir um tirano de um Mundial de futebol, que terá lugar numa monarquia absoluta, governada por outro tirano.

Um Mundial de futebol que, não tendo ainda começado, está marcado pela corrupção e por violações de direitos humanos de milhares de trabalhadores dos estádios, acessos e outras infraestruturas construídas para o efeito.

Um Mundial de futebol que nenhuma selecção de nenhuma democracia teve a coragem de boicotar, apesar das centenas de trabalhadores semi-escravos que morreram para o levantar. Apesar da natureza totalitária do regime Qatari.

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Os Millennials foram para a guerra…

Obrigado Sérgio Sousa Pinto

Quem vai à guerra dá e leva começou por dizer o comunista António Filipe, até há pouco tempo considerado um comunista fofinho e por quem muitos verteram umas lágrimas por o povo não o ter reeleito deputado. Ontem, na TVI 24 o socialista Sérgio Sousa Pinto disse-lhe, olhos nos olhos, o que tinha de ser dito. O que já devia ter sido dito ao PCP, a este PCP. A história do PCP no combate ao Estado Novo, o trabalho do PCP a favor dos direitos dos trabalhadores não merecia este PCP.

Podem ver aqui na íntegra:

http://https://cnnportugal.iol.pt/videos/guerra-na-ucrania-o-confronto-entre-sergio-sousa-pinto-e-antonio-filipe-sobre-as-posicoes-do-pcp-face-a-putin-na-integra/621acc5f0cf21a10a421defd?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=ed-cnnportugal&jwsource=cl

 

O Equilíbrio do Terror #6 – não há comparação possível

Há quem ainda esteja a insistir na falsa equivalência, entre aquilo que é a expansão da NATO para Leste, que é uma decisão discutível e que, naturalmente, não agrada ao Kremlin, com aquilo que é uma agressão militar efectiva, como aquela que está em curso na Ucrânia. Mas não existe comparação possível. Estão a morrer pessoas. Está em curso a destruição de um país. Há milhares de pessoas em pânico, a fugir em direcção à fronteira. Há uma crise económica, energética e – sobretudo – humanitária a descer montanha abaixo, como uma bola de neve. Há crianças aterrorizadas, a chorar, e idosos em pânico, sem forças um recursos para fugir.

Não há comparação possível.

Sou anti-imperialista, sempre serei, e isso vale para agressões levadas a cabo por americanos, chineses ou russos. Não obstante, a guerra desencadeada por Putin não encontra legitimação na invasão do Iraque ou no golpe de Estado contra Allende. Houve um tempo para criticar essas acções. E podemos debatê-las (e criticá-las) hoje, amanhã ou todos os dias, se assim o entendermos. Mas isto é não um concurso de whataboutism. Porque é possível ser critico do imperialismo americano sem o usar como argumento para legitimar o imperialismo russo. Para legitimar ameaças de guerra nuclear, bombardeamentos e mortes. E a agressão em curso não é uma resposta a outra agressão. Não é legitima defesa. É uma decisão expansionista que se funda na visão imperialista de Vladimir Putin. Ou estamos contra, ou estamos a favor. Não há meio termo. E que se refugia em “se’s” e “mas” escolhe um lado. O lado da agressão.