150 mil votos de portugueses a viver na Europa foram para o lixo. Qualquer coisa como os votos de um concelho inteiro da Área Metropolitana do Porto ou de Lisboa. Foram só 80% dos votos. Só! Porquê?
A imprensa conta a coisa com detalhe. Primeiro o PSD aceitou que fossem validados os votos sem cópia do cartão do cidadão e depois voltou atrás com a sua decisão. O representante do PSD nesta brincadeira chama-se António Maló de Abreu, vice-presidente do partido. Certamente, confundiu as eleições para a sua concelhia com eleições legislativas. Que o senhor deputado esteja habituado a batotas nas eleições internas do seu partido, estou como o outro, quero lá saber. Agora que adopte o mesmo tipo de pensamento para umas eleições sérias e a sério, isso já é outra conversa. É que isto foi uma cuspida na cara aos portugueses que, vivendo fora do seu país de origem, entenderam exercer o seu DIREITO de voto. Um direito que foi conspurcado e violado pelo senhor Maló. No alto da sua arrogância e na sua pequenez mentalidade este vice-presidente do PSD desrespeitou os seus eleitores e a história do seu partido. Num partido decente e com liderança o senhor Maló já tinha ido borda fora. Num país a sério os senhores Maló não teriam este tipo de poder.
Ora, António Costa, ainda tentou que Rio demovesse a figura. Não foi fácil. Até que o “sabidola” do Costa jogou a cartada essencial para convencer o contabilista que ainda lidera o PSD: anular 80% dos votos era um rombo considerável nas contas da subvenção dos partidos. Foi tiro e queda para Rio se mexer da cadeira. Mas foi tarde. Isto realmente não se inventa.
Em toda esta história fica uma conclusão: a liderança de Rio no PSD é absolutamente tóxica. Deus lhe perdoe. Eu não.
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