Whataboutismos e Falácias

Whataboutism (também chamado de whataboutery) é uma variante da falácia formal tu quoque em que se tenta desacreditar a posição do argumentador ao acusá-lo de hipocrisia sem refutar seu argumento… A falácia consiste de utilizar uma situação ou prática muito próxima ao que se é criticado utilizando-se de estruturas do tipo: “E aquilo…”, “E sobre…”, “E o(a)…” ou “E o que dizer, então…”. Geralmente, a utilização dessa falácia é feito para relativizar moralmente um evento ou situação utilizando-se de outro.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Whataboutism

O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia

Deixo-vos aqui as definições básicas (porra, são da Wikipedia, não podem ser muito mais básicas) de Whataboutism e de Falácia. 

Nem é uma questão de discordar de V.Exas (isso já implicaria um interesse em argumentar cujo pressuposto pelo logro que encerra, pura e simplesmente não justifica), é tão só uma questão de achar que V.Exas não prestam. 

Na soberba de uma inteligência que mais não é que um boato que cultivam arduamente, descobre-se a horrível verdade: seres humanos abaixo de medíocres cuja ínfima lucidez é fuzilada por anos e anos de miseráveis dogmas sem sentido. Por anos e anos de idolatrização ideológica quase sempre no oposto axiológico da felicidade humana. 

Comments

  1. Ernesto says:

    Sim, sei, é como dizer que a Extrema Esquerda é a responsável por esta guerra por ser contra a Nato e as suas ações sanguinárias no mundo.

    É isto, não é?

    • POIS! says:

      Pois é!

      Até porque ainda ontem foi noticiado que a extrema-esquerda teria fornecido milhões de euros em armas a Putin para o livrar do rigoroso embargo decretado pela UE depois da anexação da Crimeia.

      Isto, apesar da denúncia de países governados por rigorosos liberais “cotrimtintin”, como a Alemanha, a República Checa e a Eslováquia.

      Aliás, já aqui pedi um rigoroso inquérito á participação do Bloco de Esquerda e do “Podemos” nessa sinistra operação.

      Creio até que o autor do “post” deveria estar à frente dessa comissão de inquérito. Pela sua intimidade com a Humanidade e com a Felicidade estaria certamente em condições de dar um precioso contributo.

      PS. Para vice-presidente dessa importante comissão proponho o conhecido “pemseur” gaulês Moriére de Çá.

  2. balio says:

    Não acho que seja uma falácia.
    Uma falácia é um raciocínio. No whataboutismo não há raciocínio nenhum: há apenas um chamar da atenção para outras coisas.

    • O whataboutismo é um dispositivo argumentativo ao nível de uma criança de 7 anos. “Porque fico de castigo se o outro menino também fez?”.

  3. O raciocínio é compreensível, só não se diz que o problema se insere na vasta panoplia de manipulação verbal em que os think tanks têm entrado de cabeça, desde a tal “fence” na Palestina até aos EUA não serem imperialistas. A posição da esquerda é a mais sensata, visto contextualizar aquilo que a narrativa oficial se esforça por descontextualizar, considerando Putin o vilão único, para apagar tudo o resto. Precebe-se bem a treta.

  4. Paulo Marques says:

    Olha, também tenho

    «A falácia do espantalho é uma falácia informal em que o debatedor ignora referentes (significados) do posicionamento do adversário, substituindo tudo por uma versão mais ou menos distorcida que não representa o que de fato seu adversário defende. Essa falácia se produz propositalmente ou não. Em todo caso, facilmente pode estar ocorrendo uma ânsia por tornar o argumento do adversário mais fácil de refutar. »

    Mas também há em inglês:

    «Christian Christensen, Professor of Journalism in Stockholm, argues that the accusation of whataboutism is itself a form of the tu quoque fallacy, as it dismisses criticisms of one’s own behavior to focus instead on the actions of another, thus creating a double standard. Those who use whataboutism are not necessarily engaging in an empty or cynical deflection of responsibility: whataboutism can be a useful tool to expose contradictions, double standards, and hypocrisy.
    A number of commentators, among them Forbes columnist Mark Adomanis, have criticized the usage of accusations of whataboutism by American news outlets, arguing that accusations of whataboutism have been used to simply deflect criticisms of human rights abuses perpetrated by the United States or its allies. Vincent Bevins and Alex Lo argue that the usage of the term almost exclusively by American outlets is a double standard, and that moral accusations made by powerful countries are merely a pretext to punish their geopolitical rivals in the face of their own wrongdoing.
    The scholars Kristen Ghodsee and Scott Sehon posit that mentioning the possible existence of victims of capitalism in popular discourse is often dismissed as “whataboutism”, which they describe as “a term implying that only atrocities perpetrated by communists merit attention.” They also argue that such accusations of “whataboutism” are invalid as the same arguments used against communism can also be used against capitalism»

    Ou como diria o JC dos tais valores democráticos europeus,
    «Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. Por que reparas tu o cisco no olho de teu irmão, mas não percebes a viga que está no teu próprio olho? E como podes dizer a teu irmão: Permite-me remover o cisco do teu olho, quando há uma viga no teu?»

    Aguenta-te à bolha, que vais continuar a ouvir que a hipocrisia é hipócrita. O vosso ódio é sinal que ainda há esperança.

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