As fragilidades do SNS e outras áreas menos frágeis do sector público

Faltam médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares em praticamente todas as unidades de saúde do SNS. Não há dinheiro para mais contratações, alega o governo, mas depois vão contratar tarefeiros pelo triplo ou pelo quádruplo do valor pago aos profissionais com vínculo contratual. E depois queixam-se que os portugueses não acreditam na gestão pública. Pudera…

Num outro Portugal, numa galáxia far far away, vive-se uma realidade totalmente diferente, das autarquias ao Parlamento, onde não falta nem nunca faltou um euro que fosse para contratar assessores, adjuntos, chefes disto e daquilo e mais uns quantos profissionais do tacho político-partidário. Uma casta sobretudo proveniente do Largo do Rato e da São Caetano à Lapa, mas que vai hoje muito para lá do centrão das negociatas e dos escândalos de corrupção, fraudes variadas e tráfico de influências.

Aqui na Trofa, por exemplo, só com o dinheiro que o regime derreteu em propaganda no Correio da Trofa, fraude jornalística criada pelo PSD e CDS em campanha, e posteriormente sustentado pelo erário público desde a chegada de Sérgio Humberto ao poder, poderíamos para pagar um ano de salário a quarto médicos, que em Portugal recebem uma média de 3500€ mensais. Se juntarmos tudo, ajustes directos para amigos e família, tachos para boys e mais uns quantos esquemas mais subtis, estaríamos a mais de meio caminho para abrir um hospital público no concelho.

Temos o país que merecemos, enquanto formos fáceis e submissos perante a infinita lata dos parasitas. E é muito bem feito, para aprendermos a não ser palermas.

Comments

  1. Joana Quelhas says:

    SNS é um sistema centralizado tal como manda a idiologia Socialista/Comunista.
    É digamos que, um micro cosmos da “sociedade igualitária ideal” comuna.
    Nessa “sociedade ideal” vigora a norma comuno/socialistas “Cada um segundo as suas possibilidades cada um segundo as suas necessidades”.
    Portanto o resultado não pode ser outro senão a desintegração do sistema que não se aguenta.
    No privado não há falta de obstetras. se houvesse , logo seriam contratados mais para atender a demanda.
    Como ?
    Pagando mais ( subida de salários , algo que os comuno/socialistas não querem , pois à medida que os salários sobem nas sociedades capitalistas, vão perdendo votos) .
    Nesse cenário (impossível no Portugal socialista ) os jovens médicos ao decidirem a especialidade seriam motivados a seguirem a especialização em falta , pois percebiam que iriam ganhar mais, o que acabaria por suprir rapidamente as necessidades.
    Mas o comuno/xuxalista não quer o horrível mercado a funcionar. E porquê ?
    Porque somos todos iguais e no SNS todos tem que ganhar por igual ( a máxima que não se aplica à aristocracia xuxa).

    Sofre o zé povinho…que o funcionário público tem o sistema privado à sua espera sem problemas.

    Joana Quelhas

    • Helder says:

      Tou farto desta conversa da treta destes liberais e o “mercado” (que depois tem sempre a mão do estado por baixo).
      Ultimamente reduzo-me a perguntar o seguinte:
      – Quais os países onde os sistemas de saude são mais evoluídos e servem melhor as pessoas?
      – Que sistema, de organização social, têm esses países?
      – Qual o nível de vida e felicidade desses países.

      Quem quiser deixar de comer gelados com a testa, como refere muito bem o João L Maio no post anterior a este, perca só um pouquinho de tempo a procurar esses dados nos relatórios das entidades correspondentes.

      Bolas, que gente mais mentecapta… A realidade é uma coisa lixada, principalmente quando se a ignora e deturpa

      • Já eu estou farto de ver comparar o valor/hora cobrado por uma empresa de prestação de serviços – que mesmo sendo unipessoal, tem de custear, no mínimo, seguros e contabilidade – por horas de trabalho efectivamente executado (ou seja, que apenas pagam o tempo em que o médico esteve MESMO no hospital a trabalhar) com o valor/hora pago a um médico do quadro – que recebe três meses e meio de trabalho não executado, relativos a férias, subsídio de férias e subsídio de Natal – e a que acresce o trabalho extraordinário (colossal quando se tem um horário de 35 horas), subsídios de refeição, de turno e toda a sorte de alcavalas que incluem a retribuição da função pública. Não acho que esteja mal que haja férias e subsídios, nem afirmo que os médicos do quadro do SNS recebam muito (já acho mal que queiram sol na eira e chuva no nabal), o que está mal é esta aldrabice para enganar lorpas de comparar dois valores/hora que têm pressupostos totalmente diversos.

        • Paulo Marques says:

          Também estou farto de verem comparar dois cenários que tiram da cabeça realidades que não existem, mas cá estão mais dois idiotas úteis a dizer coisas que lhe puseram na cabeça.

    • POIS! says:

      Pois citando a Quwellasss

      “Nesse cenário (impossível no Portugal socialista ) os jovens médicos ao decidirem a especialidade seriam motivados a seguirem a especialização em falta , pois percebiam que iriam ganhar mais, o que acabaria por suprir rapidamente as necessidades”.

      Ó Quevelllasss não há “idiologia” que lhe valhe!!!

      Vosselência não sabe que a escolha da especialidade não é livre? Nem pode ser? Acha que os obstetras (e os anestesistas, já agora, porque não trabalham sózinhos…) se formam na tasca onde Vosselência costuma botar “idiologia” a rodos, especialmente á hora do fecho??

      E se os médicos recém formados optassem todos pelas mesmas especialidades???

      Um tipo tinha um cancro e não havia oncologistas. A resposta seria: espera aí que o mercado vai funcionar. Daqui a seis anos já não vai haver falta. Tem paciência a vai tomando uns paracetamóis que isso passa!

    • Paulo Marques says:

      Quando é que alguém seguiu a “norma” de “cada um segundo as suas possibilidades cada um segundo as suas necessidades”?
      E no privado não há escassez, quando lhes dizem que também têm escassez?
      Não querem subida de salários, quando não assinam orçamento por não haver subida de salários no SNS, e grandes incentivos para que não haja no resto da economia?
      Não sabe também que a ADSE é mutualista?
      E não repara também que a suposta mistela que agrega como esquerda sobe em todas as eleições por aí fora por o sistema não funcionar, ou como até os FMIs e BC nos dizem que, pois, não funciona assim afinal, desculpem qualquer coisinha?
      Para quem tanto defende o mérito, tá muito fraquinho. A propaganda é suposto ter uma base de verdade, não limitar-se alimentar-se a si própria.

      • Paulo Marques says:

        E por falar em escassez, como vai a fartura de electricidade, gás, combustível, comida, água, adubo, semicondutores, circuitos integrados ou veículos automóveis? Os unicórnios vão resolver em breve?

  2. JgMenos says:

    Este só agora deu pelo puteiro público, e porque os ‘d’ao pé da porta’ não são da cor dele!

    Pela certa recusará aceitar que quando o sistema proporciona que todo o coirão se arme em agente do bem público, logo chama a família, amigos e confrades a participar na nobre missão de mamar dos impostos, e se não chega, dívida para quem vier a seguir!

    Para o sistema funcionar neste modelo, são preciso leis confusas, tribunais inoperantes, e esta estúpida presunção de que o Estado tem que agasalhar tudo e todos… logo começam pelos que têm o dinheiro em mão.

    • JgMenos says:

      Estou certo que o autor do post, junto com uns tantos da cor dele, se sentem capazes de fazer coisas extraordinárias – Correio da Trofa incluído – pelo mesmo preço, até talvez um pouco mais se com mais umas taxinhas.,

    • POIS! says:

      Pois tou tão espantado…

      Oh! pó Menos tão irritadinho!

      Olhe o seu coração, ó Menos. Esta vida são dois dias!

      Não interrompa assim a digestão dos “cornflakes”. Pode ser perigoso!

    • Paulo Marques says:

      Quem tanto defende o regime onde não havia médicos para ninguém, tá bem tá.

  3. JgMenos says:

    Entre esquerdalho e besta militante encontrar diferenças é um achado!

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