Luta dos professores – ligações com vídeos

A propósito da luta dos professores, aqui ficam três ligações com vídeos de intervenções do Paulo Prudêncio, do Paulo Guinote e do Ricardo Silva. Em comum, têm a clareza e a informação. Quem vir e ouvir, não poderá ignorar. É de lamentar, no caso do vídeo do Ricardo, a intervenção de um jurista que não apresentou argumentos jurídicos, e que, para cúmulo, acredita ou parece acreditar que é indiferente ser-se professor universitário ou do básico e do secundário.

Sem querer desvalorizar, de maneira nenhuma, outras vozes, é de louvar que as televisões dêem também visibilidade a professores a tempo inteiro. A surpreendente tenacidade da classe docente terá levado a que as televisões sentissem que não era possível ignorar estes contributos, em vez da redundância vazia de outros actores.

O governo, entretanto, continua na senda de fingir que está a negociar, prosseguindo, ao mesmo tempo, um caminho de destruição do sistema educativo. Tudo começou em 2005, no triste consulado de Maria de Lurdes Rodrigues. A perda da maioria absoluta do PS, em 2009, foi fraca consolação, uma vez que o rolo compressor não parou com Passos Coelho e António Costa, sendo indiferente o nome dos ministros da Educação, simples tarefeiros que se limitam a demolir, cumprindo ordens.

Comments

  1. Ana Moreno says:

    A luta dos professores é de todos nós, professores ou não. Lá tenho estado. É ir para a rua em solidariedade!

  2. JgMenos says:

    A luta impressiona pouco; há quase 49 anos que se luta por sangrar a magra vaca da economia!
    O quão coitadinhos são os professores, tão pouco me interessa; num país de coitadinhos seguramente há pior!
    As propostas dos professores para ‘salvar a escola pública’ e para ‘colocar professores a tempo inteiro onde são precisos’, isso é que ninguém me diz quais sejam.

    • POIS! says:

      Pois…”sangrar a vaca”? (1)

      Refere-se Vosselência à vaca salazaresca que pastava lá pelos jardins do palácio de São Bento na era marcelesca e que comia rações à base de broa e vinho tinto preparadas pela Maria de Jesus?

      Estava gordinha, estava! Bué da gorda! Era tal a dose de obesidade que um milhão de portugueses não suportaram mais aquela repugnante imagem e partiram para férias de longa duração por essa Europa fora, para países onde o gado bovino tinha outro “sex appeal”, atlético e bem proporcionado.

      Coitadinho de Vosselência que tem de viver num país tão desventurado! Tanta insistência, tanta proposta vinda do mundo inteiro, que Vosselência com veemência coerentemente recusa para ficar junto dos seus irmãos coitadinhos e da sua horta onde planta umas beldroegas na esperança de contribuir um aumento, de gramas que seja, da velha vaca salazaresca que ampara na velhice!

      E qual é a paga? Nenhuma! Ninguém lhe diz nada! Nem quais as propostas dos professores, nem as dos veterinários, nem a que horas passa o comboio das onze, nem quando é que o Quarto Pastorinho volta a perorar para o sistema o deixar ser ministro anti-sistema (nem que seja em coligação com a extrema-esquerda a favor do aborto, da eutanásia e dos direitos LGBT da IL), nem a que horas o Passos assenta os fundilhos no próximo lançamento de um livro seguido de conferência…nada!

      (1) Pode haver boas razões para sangrar as vacas. Consta que o Dr. Frazão, lá da Irmandade do Quarto Pastorinho, está a fazer um banco de sangue bovino para acudir aos touros lesionados por excesso de bandarilhas cravadas pela esquerda. O pegador Pinto, rabejador do Grupo dos Forcados Amadores do Aposento do Venturoso Pastorinho, já teve ocasião de recorrer a esses serviços.

    • Tuga says:

      JgMenos

      No teu tempo Salazaresco, os teus colegas Pides, viviam muito melhor.

      Javardo Pide

    • Paulo Marques says:

      Sangrar a vaca? Meu caro, a vaca sagrada das contas certas nunca esteve tão bem de saúde que até deixa a direita sem nada para dizer.
      Mas que não te preocupa que país resta para os outros, desde que aches que sobra para ti, estamos fartinhos de saber.

  3. As propostas para salvar a escola pública são simples e rápidas de enunciar: oferecer um estágio obrigatório de 2 anos numa escola pública, como professor, diretor de turma, coordenador de departamento, avaliador externo, membro do Secretariado de Exames (e depois mais um ano adicional numa TEIP, com as mesmas tarefas, para efeitos de “pós graduação” bolonhesa) aos “JgMenos” deste mundo e, depois disso, quando todos aprenderem a respeitar os professores (agradecendo-lhes antes de tudo, pois sem eles nem saberiam escrever, mesmo que não passem de vacuidades e ofensas), resta apenas que os políticos e os governantes deste país de esquecimentos, confiem nos professores, que os deixem trabalhar, que valorizem as suas carreiras, que invistam nos recursos materiais e humanos necessários para apoiar o seu trabalho, que não os sufoquem com burocracia inútil e nefanda, que os tratem com respeito e justiça, que apostem seriamente numa escola democrática (e não de Diretores tiranetes, salvo honrosas exceções) que promovam um sucesso educativo e não meramente estatístico, que percebam que a escola deve ser inclusiva mas não pode jamais incluir a grosseria, a indisciplina, a violência e a falta de respeito que grassam na sala de aula e fora dela, com um Estatuto Disciplinar do Aluno de rigor e exigência (pois o atual está feito para “punir” o professor e não verdadeiramente o aluno agressor), que legislem para que uma agressão a um professor, por parte de um adulto, não passe impune e seja severamente punida com prisão efetiva, que alterem o modelo de avaliação dos professores absolutamente kafkiano, opaco, crivado de injustiças e iniquidades, que os horários docentes não sejam fonte permanente de burnout, que acabem com os megaagrupamentos, que restaurem a autoridade e a autonomia pedagógica dos professores, enfim, que convidem professores do Ensino Básico e Secundário para os cargos políticos mais relevantes em matéria de Educação e não aqueles que conhecem as salas de aula, desses níveis de ensino, apenas em dia de passeio ou através de fotografias ou sessões encenadas. Para salvar a Escola Pública, isto bastava e até sobrava! Quanto a colocar os professores a tempo inteiro é só ter a decência de abrir as vagas de quadro que estão mascaradas, há muitos anos, como necessidades transitórias e são necessidades permanentes, e atribuir as necessárias ajudas de custa, deslocação e alojamento que os políticos e deputados atribuem a si mesmos e a outros servidores do Estado e têm negado, sistematicamente, aos professores. Como se vê, é simples, é fácil, custa algum dinheiro, mas antes aqui que nas negociatas, subvenções sem controlo, derrapagens orçamentais a esmo, tráficos de influências, compadrios e amiguismos, prémios e indemnizações milionárias indecorosos, vergonhosas teias de corrupção e economia paralela sem fiscalização eficaz, contratos de PP’s e injeções de capital de milhões e milhões, aqui e ali, praticamente a “fundo perdido”, autênticos monstros que alastram como gangrena alapada sobre os dinheiros públicos. A “magra vaca da economia” não é, nem nunca foi, sangrada pelos professores, nem poderia, sendo que dos seus salários, 40% vai diretamente para impostos, sem qualquer hipótese de fuga aos mesmos, ao contrário de tantos passarões que por aí se pavoneiam, enquanto os professores têm de alugar quartos e dividir casas de banho com estranhos, deixando filhos e famílias a centenas de quilómetros de distância, ensinando e dando tudo aos filhos dos outros, nomeadamente, aqueles que ainda se atrevem a vir para as redes sociais tentar ofendê-los. Bem escreveram (com algumas variações) Plauto, Erasmo ou Tomas Hobbes: “homo hominis lupus”! A ignorância é realmente muito atrevida! Haja vergonha, haja decoro, haja respeito!
    Ricardo Silva, professor, 58 anos (34 dos quais a lecionar na Escola Pública).

    • António Fernando Nabais says:

      Ricardo, este teu comentário mantém o nível das tuas intervenções televisivas, pelo que te agradeço, pois fica muito bem aqui no aventar. Subscrevo tudo o que escreveste.
      O jgmenos é um dos nossos “trolls” favoritos, defensor de valores fossilizados que, infelizmente, vão
      sobrevivendo. Não desejo a morte de ninguém, mas espero que este espécime sobreviva apenas no cativeiro das caixas de comentários, para que possamos monitorizá-lo.

    • JgMenos says:

      Agradeço ao Ricardo Silva que se tenha disposto a dar opinião, diferentemente da cretinagem que por aqui anda a buscar consolo para a sua indigência, pelo insulto e correspondente vitimização.
      Saberá que muito do que diz não tem pública expressão e tudo aparece enroupado da pedinchice do costume em que dignidade parece ser valor a que basta dinheiro bastante.
      Quanto às «necessárias ajudas de custa, deslocação e alojamento» só haveriam de ter lugar na ausência de quem se disponibilizasse para cumprir a missão por tempo alargado sem um tal encargo; o que aparece expresso publicamente é algo como “moro onde entendo e tragam-me o emprego para perto de casa”.

      Assim, parte do seu discurso contempla o que é norma nesta terra de esquerdalhos e tadinhos: ninguém se envergonha de proclamar o ‘tudo a todos’ com a normalidade de quem faz do disparate política pública.

      • POIS! says:

        Ora pois!

        Oxalá então Vosselência, na sua incessante busca, obtenha algum consolo para a indigência que o persegue. Seria frustrante se não o conseguisse!

      • Relativamente às ajudas de custo, fica claro que não percebe nada (e parece não querer ou não conseguir entender, dado que tem sido explicado ad nauseum por muitos colegas) quanto às condições de vida e de trabalho de milhares de professores, que são obrigados a concorrer para longe do seu local de residência, precisamente para poderem trabalhar e servirem o Estado! Claro que para si, pelo que escreve, enquanto houver quem se disponha a trabalhar como escravo, para quê pagar-lhe? Bela noção de desenvolvimento e progresso humano que apresenta! Faria melhor, se começasse por aplicar a si próprio o que defende para os outros!

        Outra coisa que tenho de lhe explicar d e v a g a r i n h o: as ajudas de custo não as reinvidico para mim, que trabalho perto de casa, nem para nenhum professor que trabalhe em zona que lhe permita ir e vir todos os dias sem grandes custos. O problema é que muitos milhares, não só trabalham a centenas de quilómetros de casa e dos seus filhos, como têm de alugar quartos (porque o salário não lhes permite alugar casa) e ainda suportar o custo da habitação principal, custearem viagens do seu bolso e todas as despesas subjacentes a viverem durante a semana num sítio e ao fim de semana noutro. Já aqueles que servem a Nação no Parlamento (ou devem servir), e legislando em causa própria, lá conseguiram garantir “ajudas de custo”, em cima de um vencimento razoável. Sobre esses, parece que nada tem a apontar. Falta a vergonha e sobra a falta de decoro na negação do princípio da igualdade e equidade, como valor republicano e princípio constitucional, entre uns funcionários e outros! Nada resiste à cega investida dos “donos disto tudo” e seus lacaios!

        Quanto à narrativa do “tudo a todos”, também percebo que alguns prefiram o “tudo para meia dúzia”! Mas eu não sou político, nem nunca pedi “tudo para todos”, apenas me enoja a arrogância e indigência mental dos que tudo têm (ou aspiram a tal) e ainda vilipendiam os que têm de se contentar com as migalhas que essa “meia dúzia” deixa cair da mesa. Direi apenas que “não há noite tão longa que não encontre o dia”. Espero que nunca pela via da violência e falta de respeito pelos princípios da democracia e do Estado de Direito, sendo certo que vivemos, hoje por hoje, numa democracia mitigada, para ser suave nos termos!

        Até lá, vou-me divertindo com os que tentam sempre rotular os outros e não têm sequer um pequeno cantinho na mente (civicamente higienizado), onde consigam imaginar a existência de homens livres e totalmente independentes, que pensam pela sua cabeça e agem pelo seu livre arbítrio, sem quaisquer amarras, sejam políticas, sindicais, ou fidelidade a qualquer outro tipo de lobbie seja ele qual for.

        • JgMenos says:

          Ricardo Silva, as minhas desculpas pela má interpretação do que disse mais acima.
          Confesso que me convenci que haveria algum critério de racionalidade e razoabilidade subjacente à sua iniciativa de clarificar a posição dos professores.
          Concluo que foi só um mau momento, a que logo cuidou de sobrepor o chorrilho habitual na cambada de tadinhos esquerdalhos que tão bem está representada no Aventar.
          Está em sua casa…

          • Tuga says:

            Claro, Pide Salazarento

            Tu é que não !

            Arre macho que não entende nada

          • JgMenos,
            Tenha calma, respire fundo e não se engane tanto no que me diz respeito! Posso assegurar-lhe que não está a conseguir acertar no “alvo”! E tenho mais que fazer na vida do que continuar a responder a “surdos” em caixas de comentários deste ou de qualquer outro blog. O que escrevi fica para memória futura e foi, sobretudo, um imperativo de higiene cívica.

      • Paulo Marques says:

        Pagas amendoins, recebes os macacos que pediste, e ainda te queixas. Gentinha mal agradecida.

  4. Caro António Nabais,
    Agradeço as gentis palavras! Sou apenas um professor como tantos milhares, que vive o dia a dia na Escola Pública e sente que a força da razão está claramente do nosso lado! E é isso que nos fará resistir sempre! Na escola e nas ruas!
    “Tentaram enterrar-nos, mas não sabiam que éramos semente!”
    Um abraço!
    Ricardo Silva

  5. Anonimo says:

    Todos lutam. Todos têm razão. Problema é não haver pão. Ou há, mas está fechado, e só há meia dúzia com a chave da caixa.

    • Carlos Almeida says:

      Haver há, mas os “Espíritos Santos” querem a carne toda para eles. O resta da malta que coma os ossos.
      Infelizmente têm sempre uns reles Menos, como sempre lacaios dos poderosos, a apoiar e lamber-lhes as botas.
      Com a padralhada também a apoiar.

    • Paulo Marques says:

      Haver há, mas é mais eficiente um terço ir para o lixo.

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading