Porque hoje é sábado, estava a dar uma última vista de olhos ao texto da conferência de amanhã, domingo, sobre o gigante Saramago, e a recordar Eduardo Lourenço e Agustina (*Agostina, na RTP, como podeis ver na imagem que vos apresento, e sem o – entre o Bessa e o Luís, cortesia da RTP).
Lourenço e Bessa-Luís estavam constantemente a perguntar, durante as respostas, “não é?”. E em cada frase (ou oração): “não é?”. Mais uma frase, e tal, “não é?”. É um problema português, mas dos antigos. Tão antigo como Bessa-Luís, Lourenço e as minhas avós. Problema que teria sido resolvido com jornalistas sofisticados. À pergunta “não é?”, a reacção “não, não é” ter-nos ia poupado imensas horas de indefinição e angústia. Perante o olhar de espanto dos interlocutores, a repetição: “não, não é” teria resolvido o assunto. Assunto, graças aos deuses, resolvido, teríamos menos um pseudodilema linguístico a ocupar o nosso labor. Mas ainda não chegámos lá. Nem sei se lá chegaremos. A ver vamos. Veremos.
Fonte da foto: https://www.youtube.com/watch?v=X15Eia63Qpc&t=414s
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