Ol-á, Corne-to

corneto-olaEspe-ro que goste-m do novo corn-eto de Verã-o.
Este ainda está quentinho!

E terá sido contactado?

Lippi não foi contatado pelo Real Madrid. Mais uma mutação, nascida de um cruzamento entre a  iliteracia reinante e o chamado acordo ortográfico.

Acabou o corrupio?

corrupioUm velho amigo, jornalista experiente e resmungão, mostrava-se sempre muito irritado com os erros dados pelos seus colegas de profissão, explicando, entre muito vernáculo, que não seria admissível que um mecânico de aviões se descuidasse com um parafuso que fosse. Se a ferramenta de um jornalista é a língua em que escreve, substitua-se o parafuso por sílaba e o avião por ortografia ou por construção da frase.

Na página do ionline, esteve bem visível um erro ortográfico: corropio. Entre tantos dicionários, prontuários e correctores, como se explica que uma palavra como “corrupio” possa aparecer mal escrita? Retomando a imagem do parafuso e do avião, estamos diante de um provável despenhamento: há um jornalista que não domina a ferramenta e há uma multidão de leitores que é arrastada para um erro ortográfico.

A Bola: ascensão do erro ortográfico

Ainda sou do tempo em que se podia aprender a escrever lendo jornais, sendo A Bola um baluarte da correcção e da vivacidade da língua, ou não tivessem lá escrito homens como Vítor Santos e Carlos Pinhão.

Como benfiquista, ainda não estou convencido do valor absoluto de Matic, embora tenha a certeza de que é melhor do que Javi Garcia, pela simples razão de que este já não faz parte do plantel. Como amante e aprendiz da língua portuguesa, desgosta-me que se faça referência à “ascenção” do médio benfiquista. Desejo-lhe, no entanto, para bem do Benfica e da ortografia, uma “ascensão” fulgurante.

Sim, já experimento-me

Acordo Ortográfico não entrou na ordem jurídica portuguesa

É o que diz este documento assinado por um Juiz. Já tive ocasião de afirmar que as questões jurídicas, face às enormidades linguísticas do AO90, são para mim, leigo em questões de Direito, pouco importantes, mas a verdade é que tudo indica que existem, também, problemas legais que, tal como os linguísticos, continuam sem resposta.

Nada disto é de admirar, num país em que os feudos partidários ou algumas quintas universitárias se dispensam do dever de reflectir e de explicar, preferindo impor, mesmo contra factos e argumentos e, pelos vistos, ao arrepio da legalidade.