Tax the rich

É todos os anos o mesmo: Lá estão as elites económicas reunidas em Davos com os políticos, no Fórum Económico Mundial, o “Baile dos Vampiros” – para discutirem o estado do mundo e moldarem as “soluções”. Chegam nos seus jets privados e aproveitam o fórum da melhor maneira, para influenciarem os políticos que, de qualquer maneira, não sabem fazer mais do que lhes lamberem as botas.

As mega multinacionais chegam a alugar prédios inteiros e convidar os políticos para os seus eventos: por exemplo, o Grupo Meta abriu o seu próprio escritório de lobby em Davos e Sam Altman, chefe da empresa de inteligência artificial Open AI, oferece eventos em salas alugadas especialmente para o efeito.
Lá estão 14 das 20 maiores corporações do mundo, que detêm monopólios e asseguram vigorosamente a sua posição de poder, investindo muitos milhões de euros em lobbying. Monopolistas e poderosas como são, as Google, Amazon, Meta, Apple ou Microsoft não precisam se preocupar com a concorrência ou com medidas políticas – elas são praticamente “irreguláveis”.

E como também anualmente acontece, sai nesta altura o novo relatório da Oxfam, que consecutivamente denuncia mais uma brutal extremização da desigualdade. Nos últimos dois anos, os cinco homens mais ricos do mundo mais do que duplicaram a sua riqueza, ao mesmo tempo que cinco mil milhões de pessoas (60%), se tornaram mais pobres.

Há décadas que a economia neoliberal demonstra a sua letal capacidade para produzir desigualdade e destruir o planeta. Mas dado que serve os ricos e poderosos, continua a impor-se com o maior êxito e eficácia. Basta ver os Chegas, IL e AD a encherem a boca com reduções de impostos e o PS a dar borlas fiscais aos mais abastados. [Read more…]

Fórum Económico Mundial – O Baile dos Vampiros

Foto: AFP

Terminou anteontem um dos rituais mais escancaradamente denunciadores desta “ordem mundial canibalista” – como classifica os nossos tempos o sociólogo Jean Ziegler, que também é o autor da acertadíssima denominação “Baile dos Vampiros” aplicada ao Fórum Económico Mundial, realizado anualmente em Davos, nas montanhas suíças.

Neste baile, os gigantes económicos mundiais, a elite da globalização, dá-se ao trabalho de fingir que tem nobres preocupações para além das evidentes e comezinhas de manter os dentes afiados para garantir os lucros próprios e continuar a sugar e a crescer. O manto desta suposta nobreza oferece aos seus lacaios políticos um pretexto para lhes irem comer à mão desavergonhadamente e venderem por bagatelas cada vez mais ínfimas o sangue dos países e povos que fingem servir, enquanto os colossais dráculas lhes ditam – e eles apontam no caderno – os trabalhinhos de casa para a disciplina de desregulação. [Read more…]

Trabalho de campo

No esplêndido Steigenberger Grandhotel Belvédère – centro espiritual do Fórum Económico Mundial (FEM) desde que, em 1971, Klaus Schwab decidiu criar este encontro em Davos, a mais alta cidade da Europa – alojam-se, a cada ano, alguns dos mais eminentes participantes do FEM.

Este ano, discutem aquelas que são as grandes preocupações da alta finança e das elites políticas: as alterações climáticas e o aumento da desigualdade de rendimentos e de património. [Read more…]

Nem as estradas nos valem

Carta da Estradas de Portugal insere-se num quadro de normal funcionamento entre empresas e tutela - Min. Obras Públicas“Nem as estradas salvaram Portugal da queda no índice de competitividade.

País desceu quatro lugares, para a 49.ª posição, no Índice Global de Competitividade e está “perigosamente

na cauda do pelotão” face à Irlanda, Chile e República Checa, consideradas economias similares.

Entre 144 países analisados pelo Fórum Económico Mundial, Portugal é o quarto com as melhores estradas.” (hoje no Público).

Portugal perde competitividade mas é o País das Estradas (e do Futebol)!