Incompetência a dobrar: O Cabrita e Os Vampiros


O ministro Eduardo Cabrita tem prestado um serviço lastimável ao País. É ponto assente e é indiscutível.

De todos os erros que tem cometido, pedirem a demissão do mesmo depois de um acidente rodoviário que vitimou um cidadão, onde nem sequer era Eduardo Cabrita quem ia a conduzir e onde não houve intenção qualquer de matar, não só é totalmente descabido por parte da Direita, como demonstra uma falta de escrúpulos arrepiante de quem, ao usar esta triste morte, se quer aproveitar politicamente. Demonstra, também, o estado de desespero em que a Direita se encontra, onde qualquer migalha lhe serve para matar a fome de eleitores.

Eduardo Cabrita é incompetente, é prepotente e é um péssimo ministro. Eduardo Cabrita não é assassino e eu desejava que os abutres Rui Rio e André Ventura parassem com essa narrativa de merda que começa a alastrar na opinião pública.

Ganhem vergonha e respeitem a vítima. Para mais: já se imaginaram a atropelar alguém inconscientemente? Como se sentiriam a seguir, sabendo que tiraram uma vida num acidente?

Pensem nisso e deixem de ser palhaços, porque por muito que a política seja um circo, não precisam de cagar no tapete. Não se faz política com mortes acidentais.

Calvão da Silva quer honras da GNR e da PSP

e «já deu ordens para que estas forças de segurança lhe preparassem uma cerimónia oficial de boas vindas. E tem que ser ainda esta semana, antes d[e] o governo cair.» [DN]

Os seguranças das forças de segurança

Há instalações militares cuja segurança e vigilância são da responsabilidade de empresas privadas. Numa pequena pesquisa, não consegui aceder directamente ao exclusivo do Correio da Manhã, uma notícia de Agosto de 2014. Vale a pena realçar, entre as várias críticas, que as empresas de segurança contratadas pertencem a “ex-militares e [a] ex-políticos.”

Ontem, ficou a saber-se que o Ministério da Administração Interna contratou empresas de segurança para vigiar, entre outras, instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e dos Serviços Sociais da PSP. É ler, com atenção, a notícia. Seria interessante que se soubesse os nomes dos proprietários destas empresas, só para termos a certeza de que os dinheiros do Estado não estão a cair nas mãos erradas.

A brincadeira a que me dediquei há menos de um ano não faz sentido: a solução que aí apontava era ainda demasiado estatizante. Reformulo: no futuro, as super-esquadras-mega-agrupamentos serão controladas por empresas privadas cujos funcionários serão professores-seguranças contratados pelo Ministério das Finanças e da Administração Interna da Educação.

Subsídio-nomeados pelo governo

O ministro Álvaro Santos Pereira, ao anunciar as alterações ao Código Laboral, entre o café e o pastel de nata, declarou:

Não é suposto o Estado criar emprego mas sim condições para que as empresas o possam fazer.

Trata-se de mais uma denúncia contra o “monstro”. Rebelam-se contra o Estado, o Senhor Ministro Álvaro – oh Crespo, não lhe chamei apenas Álvaro – e mais um rol de outros ministros, secretários e subsecretários de estado, deputados e gestores públicos, ex e actuais, afinados pelo diapasão de sonoridades do actual governo.

Há, de facto, uma caterva de gente, sobretudo do PSD e do CDS, a condenar sistemática e contundentemente o Estado, a despeito de, anos a fio, trem vivido sob o tecto confortável e generoso desse mesmo Estado – do poder central ao local, a lista de quem, de pelintra a remediado, beneficiou da protecção e se catapultou para um estatuto socioeconómico de casta é imensa.

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