Menezes e Narciso em Matosinhos

PSD e PS andam a tentar… Ou sonhei? (Depois podem dizer que leram no Aventar primeiro, ok?)

Os setores e o fim-de-semana

scott

Erica Livoti (http://rol.st/1XNX84p)

I’m going to take care of myself because that’s what I need to take care of.

— Scott Weiland (1967-2015)

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Aparentemente, um tribunal condenou “duas pessoas, ambas ligadas ao setor da construção civil“. Lamento discordar, mas não é “setor da construção civil”. Em primeiro lugar, é ‘professor’. Em segundo lugar, se é uma disciplina, maiúsculas, sff. Em terceiro, como não há professores ‘da’ Matemática, professores ‘da’ Filosofia, etc., também não deve haver (salvo melhor opinião) professores ‘da’ Construção Civil. Portanto, resumindo: “duas pessoas, ambas ligadas ao professor de Construção Civil”.

Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

O Simulador

simulador-narciso-mirandaAcordo e logo descubro que vale a pena acreditar no futuro de Portugal!

No PS há filhos e enteados (o que terá o candidato Manuel Alegre a dizer sobre o assunto?)


Pelos vistos, caro Rodrigo (como diria o outro, posso tratar-te por tu?), parece-te que é muito diferente participar com lista própria contra a lista do Partido nas Eleições Autárquicas ou participar em nome próprio contra o nome que é apoiado oficialmente pelo Partido nas Eleições Presidenciais.
Lendo o ponto 5 do Artigo 94.º dos Estatutos do PS, não me parece: «Considera-se igualmente falta grave a que consiste em integrar ou apoiar expressamente listas contrárias à orientação definida pelos órgãos competentes do Partido, inclusivé nos actos eleitorais em que o PS não se faça representar».
Ou seja, nos Estatutos do PS não há qualquer distinção entre listas partidárias e listas suprapartidárias. E sabes muito bem que, nas Presidenciais de 2006, os «órgãos competentes» do PS apoiaram expressamente Mário Soares.
O que será que pensa Manuel Alegre sobre o assunto?

Porque teima Narciso Miranda em permanecer no PS quando não o querem lá?

A questão da disciplina partidária é sempre algo de muito melindroso. Há que pesar os aspectos de fidelidade ao partido e a componente de liberdade de pensamento individual, por exemplo.

O que tenho dificuldade em perceber é porque é que os ‘sócios’ dos partidos políticos que são alvo de processos de expulsão teimam em querer ficar num sítio onde (pelo menos num dado momento) não são desejados. É certo que é apenas um entre muitos, mas porque teima Narciso Miranda em permanecer no PS quando não o querem lá?

A democracia interna do PS. E Manuel Alegre?

Os militantes do PS que concorreram às eleições autárquicas através de movimentos independentes, obviamente porque não foram escolhidos pelo próprio Partido, parece que vão ser expulsos pela Comissão de Jurisdição.

É o caso de Narciso Miranda, que concorreu em Matosinhos contra Guilherme Pinto. É ainda o caso de Maria José Azevedo, que concorreu em Valongo contra Afonso Lobão. É ainda o caso de outras figuras menos mediáticas. Ou como a democracia interna do PS, à boa maneira estalinista, não admite desvios à linha oficial ditada pelo líder.

Dois pesos, duas medidas. Por que razão é que ninguém se lembrou de expulsar Manuel Alegre quando ele se candidatou à Presidência da República contra o candidato do PS Mário Soares?