Isto do pessoal se manifestar a destruir o que é dos outros é muito giro, sim senhor. E dá jeito, também. O pessoal liberta o stress e os outros pagam a conta.
Tal como aqueles que enriquecem à custa da estupidez de quem pede emprestado com juros de 20% a 30% para comprar carro, ir de férias ou fazer extensões no cabelo. Também lhes dá jeito que haja gente que se proponha a asfixiar-se financeiramente pela vaidade, pela inveja ou pela futilidade.
Como dá jeito a quem se endividou estupidamente assim, chamar nomes aos credores quando estes vêm cobrar o que é deles.
Aos governos também dá jeito aproveitar a crise provocada pelo endividamento com que eles mesmos também foram coniventes ao longo de anos, em governações alternadas – ou melhor dizendo, alternadeiras – para agora fazerem aquilo que em outras ocasiões não havia lata para fazer.
Ou seja: uns têm uma boa desculpa para destruir o que é dos outros – seria bom de ver a reacção deles se fosse gente partir o que é deles a título de protesto; outros podem impor as suas regras aos dependentes do seu produto – tal como um dealer faz a um drogado; outros podem chamar nomes a quem lhes fez as vontades, agora que cobram a factura; e outros, ainda, têm a oportunidade de deitar as garras de fora e mostrarem quais são os seus desígnios.
Apesar dos argumentos expostos pelos nossos Ricardo e JJC, para mim nada justifica que a coberto do direito de protesto se destrua propriedade alheia. Isso não é manifestão, é vandalismo.
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