Aconteceu em Loures

E

via Expresso

Deparo-me com alguma frequência com artigos de opinião, publicados em jornais ditos de referência deste país, que me alertam para o perigo da extrema-esquerda portuguesa, essa herdeira do mais violento estalinismo, que planeia secretamente uma golpada com vista à instauração de um regime totalitário.

Esta corrente de opinião, que se alimenta do clima de medo para o qual contribui activamente, vive da exploração incansável das emoções e dos sentimentos mais básicos e primários do ser humano. Não obstante, em certos e determinados projectos políticos disfarçados de comunicação social, assistimos à desvalorização da violência da extrema-direita nacional, que já chegou inclusivamente a ser romantizada por um desses projectos encapotados. [Read more…]

Todas as religiões são iguais, mas algumas são mais iguais que outras…

Um chef desloca-se a Israel por razões profissionais, que nada têm a ver com política. Porque alguém ousa não seguir a manada do politicamente correcto, bestas radicais deixam a sua marca de intolerância nas paredes do espaço comercial. Até que as autoridades encontrem e interroguem os cobardes agressores, o que duvido venha a acontecer, não poderemos saber de facto se estamos em presença de anti-semitismo, o que seria um crime muito grave. Curioso, ou talvez não, foi até agora não ter este episódio merecido a mesma veemente condenação por boa parte da opinião publicada e organizações políticas responsáveis, despudoradamente alguma esquerda folclórica próxima da geringonça até apoia os fundamentalistas, estão bem uns para os outros. Depois admirem-se com o crescimento de fenómenos políticos extremistas ou securitários na Europa, o cidadão comum não gosta de bandalhos nem bandalheira. E como resultado não poderia ser pior, do ponto de vista de acção política que era o que pretendiam, como contributo para a discussão do problema israelo-palestiniano é irrelevante, para o chef Avillez foi um tremendo golpe publicitário graças a estes idiotas úteis…

Vandalismo ou arte?

comboio_vandalismoMarco Faria

Há uma certa tentativa maldosa para deturpar factos, fazendo com que um caso que é aparentemente claro, possa, aos poucos, transformar-se numa nuvem e numa polémica. Um grupo de jovens foi “grafitar” um comboio da CP, no Apeadeiro de Águas Santas-Palmilheira, na Maia. O episódio correu mal, e deu lugar a uma tragédia. Foi há uma semana. É de lamentar a perda de vidas humanas, sempre. Mas, por favor, não queiram fazer do revisor da CP o culpado da situação. Não adianta tentar inverter os papéis. Os jovens que vandalizam com tintas as carruagens em circulação – e eu sempre pensei que o fizessem em máquinas estacionadas durante a noite – conhecem os perigos em que se envolvem. Jovens tão corajosos para pisar carris com milhares de volts mas que se puseram a milhas e apenas se entregaram no conforto de uma esquadra policial em Madrid. Em consciência, sabem que cometeram um erro. E infelizmente foi fatal para três jovens. Mas não foi o pó do extintor que provocou a tragédia, foi sim a impertinência de rapazes que se achavam no direito de pintar e de danificar propriedade alheia. O Ministério Público irá arquivar o processo, obviamente. O revisor actuou de forma equilibrada e ponderada na protecção de interesses superiores (dos passageiros e da carruagem). Se há uma lição a retirar deste caso é que somos demasiado complacentes com estes comportamentos. As autarquias disponibilizam muitas vezes espaços adequados para os “graffiters”. Tenho a noção de que penalizar meramente comportamentos transgressivos pode, na verdade, não resolver nada, mas a criminalização é apenas um sinal de que se alguma coisa correr mal, os envolvidos poderão em teoria ser responsabilizados. Os pais que perderam os filhos têm o direito a constituir-se assistentes. Todos nós temos também o dever de pedir que os tribunais comecem a sancionar estes casos, obrigando, por exemplo, os miúdos a limpar as carruagens com o seu próprio esforço e pagando do seu bolso. Tendemos socialmente a desculpabilizar o “graffiti” como uma brincadeira de miúdos, ou arte de intervenção respeitável. Até ao dia em que alguma coisa corre mal, ou quando nos chega a casa o orçamento de remoção de pirataria decorativa pintada no nosso prédio. Sai-nos do bolso, caramba. Para que casos como este não se repitam, e também para que um certo esterco fértil das redes sociais não ande por aí a virar o bico ao prego e pretenda culpar e perseguir um revisor (e a sua família) que agiu com sensatez, eu tinha de dizer isto.

Vandalismo não é arte…

Infelizmente 3 jovens perderam a vida, o que se lamenta, mas não queiram fazer do revisor bode expiatório. Os “artistas” vandalizavam propriedade que não lhes pertencia, utilizando violência para levar por diante os seus intentos, que um zeloso funcionário terá procurado contrariar. Portugal ainda não está transformado num paraíso de grunhos que se julgam acima de regras ou Leis…

Leitura complementar aqui.

Rede Bombista? Foste tu?

Sede do PS Porto alvo de vandalismo. Nunca mais dou ideias

Falta de hábito

marques pombal vandalismo

O facto de um 29 de Fevereiro só ocorrer de 4 em 4 anos explica porque quem calhou nascer nesse dia não saiba muito bem como comemorar o seu aniversários nos intervalos. Os bem-humorados sempre se gabam por envelhecerem menos.

Clubes bissextos têm adeptos sem hábitos de vitória, e as consequências estão à vista. Nem sequer reparam no ridículo de acharem que ganharam um campeonato, quando o que sucedeu é que houve quem o tenha, por sua exclusiva culpa, perdido. Tristezas de um clube do anterior regime, que Abril relegou para o plano secundário que bem lhe fica e bem merece.

Vandalismo e Show Off

vandalismoO Facebook parece servir para tudo: para encontrar pessoas, reencontrar outras pessoas e exibir aos olhos do mundo um objecto que em tudo parece um validador de bilhetes urbanos da CP e Andante, fotografado no que aparenta ser a cobertura de um apeadeiro ferroviário. A julgar pela legenda encontrada numa página aberta, será em Mazagão (Braga). Parabéns por “mais uma xb é noizz” – @Miguel Castro, “com João MiguelJoão LopesRenato Macedo,Tiago Gomes e André Almeida em mazagão.”
[via maquinistas]

Limpar a Sala de Aula

de metralhadora em punho.

Robotarium de Vila Franca desactivado

Era simultâneamente uma peça de arte pública e um cruzamento entre arte, ciência e biologia. Não resistiu ao vandalismo, que incluiu até disparos de balas.

Este é o tipo de notícia a que bastaria um “sem comentários” para mostrar desacordo, incompreensão e condenação, não fosse uma afirmação  do autor, o artista Leonel Moura:

Leonel Moura mostra-se resignado perante a situação, considerando que os atos de vandalismo são fruto do momento conturbado que o país atravessa

Infelizmente duvido que, mesmo se os tempos que o país atravessa não fossem conturbados, este tipo de vandalismo não existiria. Trata-se de um problema de (falta de) cultura e de civismo, e está inscrito mais fundo do que a mera circunstância das dificuldades do momento. Lamentavelmente.

Surpresa?

Apenas por acontecer só agora.

Uma boa iniciativa

para tornar a cidade de Lisboa mais agradável.

Maravilha!

É fabuloso ver os jovens a expressarem-se desta forma, simplesmente lindo, reparem no respeito pelo outro. Não imagino quantos génios sairão desta escola tão fabulosa. Temos de proteger e estimular estes jovens. </sarcasmo>

Vandalismo, sem Banksy

Das discussões tidas aqui no Aventar sobre o tema, fica claro que o vandalismo pode ser arte, mas é sempre vandalismo.

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Banksy, Street Art e Vandalismo

O Aventar tem discutido o tema de forma pluralista, como sempre. Tem, igualmente, divulgado alguns dos melhores artistas nacionais e internacionais e dedicado espaço a iniciativas importantes nesta área. Como a polémica acompanha boa parte destas acções, tem contado em primeira mão algumas reacções.

Novas achas para a fogueira chegam agora de Bristol, onde, aparentemente, nasceu um novo paradoxo sobre a noção de vandalismo.

Depois disto tudo, o leitor do Aventar tem opinião formada ou acha que se trata apenas de lixo e perda de tempo?  Qual é a sua opinião?

Vamos então teorizar sobre os pobrezinhos…

… e sobre as vítimas do capitalismo, do estado e do pai natal.

«E nós percebemos que, às vezes, há eruditas explicações desnecessárias. […] Londres, se quisermos ir por caminhos muito cultos, é hoje a metáfora perfeita do capitalismo, com as Bolsas na agonia e os bairros dos pobres a explodir. Mas eu prefiro o meu vídeo: uma manada de hienas à volta de uma cria ferida. Esta sangra e as hienas lambem-na e parecem ajudar, mas quando vêem que ela é fraca atacam. No vídeo, as hienas usam capuzes e a cria tem uma mochila que é roubada.» Ferreira Fernandes, DN, 10.Agosto.2011

 

 

via: vídeo e artigo

Nada justifica o vandalismo

Paris, Grécia,  Londres. Três capitais europeias, três verões, três cidades em tumulto. A moda de destruir os bens daqueles que estão na mesma condição dos “manifestantes” parece ter chegado para ficar. E se ainda não aterrou em Portugal não será por falta de vontade de alguns, pois já em 2009, ainda nem se suspeitava do que estava para vir, e já eu ouvia  suspiros na linha do “os gregos não brincam em serviço e os de cá são uns mansos”.

Indignados, manifestantes, rebeldes. Mas o que os indigna? Manifestam-se contra o quê? Espalham o caos para quê? Sabe-se que se queixam da sua parca condição mas nada fizeram quando os navios vindos da China traziam para cá contentores de Levis baratas e, na volta,  lhes levavam o emprego. Indigna-os não terem o plasma da montra e portanto fazem a justiça das montras partidas.

A mim mete-me asco esses que parasitam das benesses que a política lhes traz. Ainda há meses o PSD gritava contra os boys do PS e agora vejam-se os salários milionários que as nomeações estão a trazer. Impostos para uns, 3000 euros por mês para outros. Mas neste campo não existem virgens imaculadas. Do poder central ao regional e local, não há partido que não tenha telhados de vidro.

O nacional-tachismo é uma vergonha mas não justifica o estado miserável a que chegámos. E não será um eventual vandalismo importado de Londres que algo mudará. Precisamos de um paradigma económico diferente, sem empresas encostadas ao estado e onde a concorrência internacional tenha regras.

Comecem por ganhar nas urnas, em vez de querem conquistar as ruas. Nada justifica o vandalismo.

Isto dá jeito, dá

Isto do pessoal se manifestar a destruir o que é dos outros é muito giro, sim senhor. E dá jeito, também. O pessoal liberta o stress e os outros pagam a conta.

Tal como aqueles que enriquecem à custa da estupidez de quem pede emprestado com juros de 20% a 30% para comprar carro, ir de férias ou fazer extensões no cabelo. Também lhes dá jeito que haja gente que se proponha a asfixiar-se financeiramente pela vaidade, pela inveja ou pela futilidade.

Como dá jeito a quem se endividou estupidamente assim, chamar nomes aos credores quando estes vêm cobrar o que é deles.

Aos governos também dá jeito aproveitar a crise provocada pelo endividamento com que eles mesmos também foram coniventes ao longo de anos, em governações alternadas – ou melhor dizendo, alternadeiras – para agora fazerem aquilo que em outras ocasiões não havia lata para fazer.

Ou seja: uns têm uma boa desculpa para destruir o que é dos outros – seria bom de ver a reacção deles se fosse gente partir o que é deles a título de protesto; outros podem impor as suas regras aos dependentes do seu produto – tal como um dealer faz a um drogado; outros podem chamar nomes a quem lhes fez as vontades, agora que cobram a factura; e outros, ainda, têm a oportunidade de deitar as garras de fora e mostrarem quais são os seus desígnios.

Apesar dos argumentos expostos pelos nossos Ricardo e JJC, para mim nada justifica que  a coberto do direito de protesto se destrua propriedade alheia. Isso não é manifestão, é vandalismo.

O Museu do Cairo é das pessoas do futuro

O Museu Egípcio do Cairo foi hoje assolado por uma chuva de coquetéis molotov,  lançados de janelas e terraços próximos do edifício.

Trata-se de uma ação organizada, foi decidida e instigada por alguém. Sobre quem são os responsáveis os acusadores dividem-se e corremos o risco de nos perdermos entre informação e contra-informação.

O que se espera é que objectos que resistiram aos séculos sobrevivam ao tempo breve de uma revolução e permaneçam como património das futuras gerações. O que se espera é que a arte de anteriores civilizações não desapareça em nome de interesses políticos de hoje.

Não preciso de conhecer o nome dos culpados para ter uma opinião: são múmias e deviam estar expostas num museu. Na secção dos animais irracionais.

Portugal Badalhoco i-mediático

Com razão e propriedade, queixam-se de que o autocarro de um clube desportivo (?) foi apedrejado. Triste! Lamentável!

Só é pena que nas televisões não haja nem tempo nem espaço para mostrar como ficou o comboio que transportou os “aficionados” lisboetas que foram ao Porto assistir a esse evento desportivo (?)

Há dúvidas?

O fenómeno da estupidez não é de agora nem é exclusivo de nenhum tropa fandanga; já ninguém se lembra de um tempo em que os adeptos portistas atiraram ferroviários fora do comboio, logo à saída de Campanhã. Tudo crimes sem castigo, para não destoar do Portugal modernaço e de fracos costumes.