Obrigado Sport Lisboa e Benfica

Finais no Jamor

Três horas antes o pessoal já lá estava com comes e bebes, principalmente bebes, que comes havia  muito por ali. Tudo à mistura, adversários com as respectivas cores, trocavam-se “bocas”, camisolas e cachecóis. Normalmente, Maio já ía alto, calor que convidava à sombra daquele parque frondoso e bonito.

Entravamos pela porta da “maratona” aquela entrada aberta sobre o Vale, que ainda não estava cheia de edificios, ginásios e piscinas. O bilhete era para trás de uma das balizas que não havia dinheiro para a central . Depois chegavam suas excelências perante a absoluta indiferença dos assistentes que estavam ali para ver a bola e passar uma bela tarde e não para cerimónias.

Começado o jogo, o pessoal mandava às urtigas o “fair play” que se associa ao final da taça e vá de seguir aos gritos o desenrolar do jogo que, por sinal, era  frequentemente, fraquinho. Os nervos! Mas um dia, a final foi diferente, jogava a Académica, lá fomos com a lição estudada, havia tarefas a cumprir, papéis a passar, panos enormes a esconder. Entraram pela parte de cima das bancadas, trazidas por entre a floresta.

Corridos de mão em mão, os panos, com palavras  contra o governo fascista, a guerra colonial e pela democracia, davam a volta ao estádio num colorido extraordinário. Suas excelências abandonaram o camarim e as equipas começaram rapidamente a jogar para o caldo não se intornar ainda mais. Perdemos por 2 a1 e a Briosa já tinha ficado em segundo no campeonato, dois segundos lugares no mesmo ano.

À saída houve porrada de criar bicho, com o capitão Maltez e as suas tropas a darem a torto e a direito, cheios de ódio, esperando-nos na tal porta da “maratona”! Se ódio lhes tinha com mais ódio lhes fiquei!

Mas um dia fui ao Jamor ver uns campeonatos de atletismo, com várias selecções internacionais femininas, ainda hoje se me aperta o coração ao lembrar raparigas tão bonitas, loiras e altas. Não me importava nada ter saído com elas pela porta da “maratona” onde tanta porrada levei…

O Jamor é um monumento nacional!

A canalhice é verde

Corre por aí que o Carlos Carvalhal vai ser substituído pelo André Vilas-Boas.

Numa altura em que a equipa joga como há muito não jogava e mais do que isso marca golos e ganha jogos, é deveras curioso que se dê esta substituição como adquirida, sendo certo que não há um sócio que tenha sido sondado ou que esteja de acordo. A verdade é que se vão perder seis meses de trabalho, de mútuo conhecimento, de confiança, de métodos de trabalho que estão a dar resultados. Que dizer disto?

Há quem diga que os agentes só ganham dinheiro se houver movimento, que se não há movimento não há jogadores bons na agenda ou podem fugir para outras bandas. E sem movimento de jogadores e técnicos não há movimento de dinheiro e sem movimento de dinheiro não há comissões. Aqui não entra o interessse do clube, dos sócios ou da “colectividade”, (como se diz na gíria das colectividades de dança e recreio), aqui o que há é o carcanhol, e portanto não interessam nada pormenores como os de a equipa estar ou não a ganhar.

Desta vez ( a ser verdade) a canalhice é verde, mas já teve outros tons como se sabe, praticamente todo o arco íris, mas aqui na lagartagem usa-se e abusa-se. Basta lembrar quando o Sousa Cintra despediu o Mr Robison que ia em primeiro, o Pintinho foi buscá-lo e o Porto ainda foi campeão nesse ano.

E o mister inglês foi despedido porque apesar de ir em primeiro no campeonato perdeu um jogo em Viena por uns quantos de que me não lembro bem. E assim o Sporting de uma assentada perdeu o campeonato, a taça Europeia e o treinador tudo numa decisão inteligente!

Mas a memória é curta!

Isto não é sobre futebol

Logo há um jogo Sporting – Benfica. Conta para quê? É de que campeonato? E o jogo de ontem? Conta? É para o campeonato, para a Liga ou para a Taça?

É uma imensa baralhada, tudo metido em cima uns dos outros , ninguém faz ideia nenhuma do que se trata, não contentes antecipam jogos, o Benfica vai à frente mas ao Braga falta-lhe um jogo, é assim ou ao contrário?

Estes dirigentes deviam ter um bocadinho de profissionalismo, ajudarem à organização, mas como decretaram férias em Dezembro ( quando em Inglaterra fazem uma festa, um hino ao futebol) agora atafulham tudo, tudo à martelada, vem aí o Campeonato do Mundo descobriram que a selecção pouco tempo tem para se preparar depois da bagunça ter terminado.

Não há mérito, não há profissionalismo, não há vergonha! E se fossem para casa e dessem o lugar a outros, a quem tenha só um emprego?

Outra saída é andarem à batatada uns com os outros como o seleccionador já deu o exemplo. Pode ser que sobrem uns quantos com pouca vontade de andarem a brincar com quem gosta de futebol!

F.C. Porto – Sporting

Na semana em que o administrador Fernando Gomes bateu com a porta e foi substituído por Adelino Caldeira e em que Farias saiu para regressar, vamos receber os lagartos para a Taça e esperar que o estaladão que o Bruno deu ao Costa tenha servido para alguma coisa.

Algo vai mal no reino do Dragão…

Já está a ferver!

Vamos entrar na recta final da Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga. É chegada a hora de lançar apostas entre os nossos leitores. Ora digam: quem vai ganhar? Apostas na caixa de comentários, s.f.f.