Sobre o crescimento do racismo e da xenofobia na cúpula do PSD

Foto: Público

Feliciano Barreiras Duarte, antigo secretário de Estado do PSD, constatou aquilo que já todos sabíamos mas que social-democrata algum tinha tido ainda a coragem de constatar publicamente: que existem elementos racistas e xenófobos no seu partido que estão a ganhar peso e a influenciar o discurso do PSD. A ascensão de indivíduos como o candidato Ventura, ou as intervenções públicas infelizes que se multiplicam, como foi o caso do discurso proferido por Pedro Passos Coelho no Pontal, não auguram nada de bom para o maior partido político português. Não auguram nada de bom para o país. Será que ainda vamos assistir a uma coligação com o PNR, abençoada por Viktor Orbán, o fascista de serviço no PPE?

Comments

  1. :) :) :) says:

    Mas que grande novidade!!
    Desde o 25/4/74 que ando a dizer que os faxos da ANP fundaram o PPD…
    Ora confiram lá os deputados da ANP (Ainda Não Presta) com a cúpula do PSD….
    Vejam só quem é o nº 1.

  2. João Sousa says:

    Ainda no tempo do acabado silva, um ministro viu-se obrigado a deixar o lugar, o pobre coitado fez um estupido comentário relacionado com o tratamento de hemodialise que muitos portugueses estão obrigados devido ao seu estado de saúde, tão estupido nem percebeu que estava a ser gravado. isto do psd não é só de agora, sempre foi assim

  3. JgMenos says:

    Donde se prova o que já se sabia: idiotas do ‘politicamente correcto’ há-os por todo o lado.

  4. Paulo Só says:

    Efectivamente cada vez as línguas se vão desatando mais, volta o substrato salazarista que conviveu com a ditadura quase 50 anos. Podia ser só aqui nesta terra de atraso mas não, é no mundo inteiro, ou pelo menos na Europa e Américas. Na Inglaterra viu-se alguma reação, mas não chega. O racismo, a mesquinharia, a corrupção e a usura. Só se valoriza o sucesso, a riqueza, o individualismo. Tudo o que é comum, fraternal é desprezado. Não tenho a mínima vontade de viver isto tudo outra vez. Dá-me vómitos quando abro os jornais. Meu objetivo é não os ler, mas depois de tantos anos, não é fácil.

    • JgMenos says:

      Só contra o mundo!
      O politicamente correto tem este adicional de vitimização essencial à catarse apostólica.

      • Pedro de Souza says:

        Só, não; estou muito bem acompanhado por luminárias como o meu amigo. E não existo apenas como troll, tenho ainda uma vida familiar e profissional muito activa que me impedem de gozar mais da sua companhia, o que como é de imaginar lamento muito, pelo lado extremamente enriquecedor que ela proporciona. Sim eu fico com a catarse. E o senhor, vá catar-se.

  5. bem se é verdade que nos ultimos tempos o PSD nao tem estado bem. fico grato por (AINDA) haver gente social-democrata lá dentro! a minha vénia a barreiras duarte!

    • morrer mas devagar. says:

      fico grato por (AINDA) haver gente social-democrata lá dentro!

      Ou ingénuos da 3ª classe? ( 3º ano como se diz agora…)
      Por isso é que o Cavaco, um PIDE empedernido, governou esta trampa de país durante 20 anos e com maiorias absolutas…

  6. Ricardo Almeida says:

    Só mesmo os imbecis no PSD para tomarem as recentes notícias sobre o aparente surgimento de movimentos neo-nazis nos EUA como desculpa para mostrarem a podridão por baixo da maquilhagem.
    Sim, são imbecis pois ignoram a resposta massiva e a celeridade com que estes movimentos são respondidos com contra-movimentos e manifestações. Basta ver o que aconteceu ontem em Boston onde a polícia acabou por ter de proteger os manifestantes de extrema-direita pois estavam de tal forma sub-representados face à resposta que poderiam acabar linchados, algo que seria extremamente irónico tendo em conta o modus operandis desta gente.
    Como muita gente mais sábia que eu disse ultimamente, quando o racismo e a xenofobia entram na equação, a luta deixa de ser entre conservadores e liberais e passa a ser entre nazis e tudo o resto.
    O KKK têm a “desculpa” de terem eleito a nódoa do Trump para presidente (que até agora não lhes valeu mais nada que não uns belos e merecidos esguichos de mace nas trombas). Qual é então a desculpa do PSD? Além da crónica burrice da maioria dos seus elementos?
    Posso já encomendar umas latinhas de mace na Amazon ou ainda é cedo?

  7. Paulo Só says:

    O Guardian de hoje informa que as autoridades vão apertar a vigilância em relação a crimes de racismo homofobia e ódio em geral nas redes sociais, e comentários dos jornais. Dado os comentários que se podem ler hoje em sites como o do Observador, Diário de Notícias, e Jornal I eu pergunto até quando a ERC os vai autorizar. Parece óbvio que os jornais são responsáveis pelos comentários nos seus sites, e que se não os controlam deveriam ser obrigados a fechá-los. Quanto às redes sociais não posso opinar pois não as frequento. Não tomando nenhuma medida contra o ódio que é lançado todos os dias nos comentários a ERC está a ser conivente com essa criminalidade impune e imunda que está a inundar a nossa sociedade. Isso é muito grave pois todos nós sabemos que hoje as pessoas confiam mais nos comentários mesmo anónimos que no noticiário. O que é preciso acontecer para que isso continue a ser tolerado?

    • Luís says:

      Na ditadura o Salazar não fechava jornais, antes equipava uns tipos, como o meu amigo, com um lápis azul para eles rabiscarem o politicamente incorrecto.

      • Paulo Só says:

        Isso mesmo, só que eles não rabiscavam o politicamente correto mas o democraticamente incorreto. Não creio que o meu amigo se tivesse sentido muito à vontade então. Como eu não me senti e paguei por isso Democracia não significa baderna, nem ódio. Custa a aprender, mas não há razão para não podermos chegar onde os países desenvolvidos chegaram. Demora e exige vigilância. Em nenhum país desses eu vejo um dos principais jornais como o Diário de Notícias com tantos desequilibrados à solta!

        • Luís says:

          Pois é … os países desenvolvidos!!!!
          No RU as manifestações racistas e xenófobas juntam milhares, em Portugal são meia dúzia.
          (Na minha opinião a sustentação do Brexit tem fortes conotações racistas e xenófobas.)
          Nos EU, outro país desenvolvido, discrimina-se, condena-se judicialmente, mata-se, sonegam-se direitos só pela cor da pele e religião, coisa que em Portugal não acontece, com o poder judicial muito atento a esses fenómenos.
          Em França apela-se à xenofobia na própria comunicação social de “referência”.
          Na Noruega assassinou-se em massa em nome da pureza racial.
          Na Rússia …
          Com exemplos destes não quero aprender a ser “civilizado”.
          Bem meu amigo, não invente, não confunda as poucas excepções que existem, também em Portugal, com a regra.
          Quanto à sua opinião em relação ao DN, confesso que prefiro a tolerância do moderador desse jornal à imbecilidade do “politicamente correcto” do “censurador” do Público.

          • Pedro de Souza says:

            Tem razão, até “certo ponto”! Eu assinava o Público e deixei de assinar. Agora leio o Guardian, onde os comentários são muito controlados. E leio alguns outros jornais esporadicamente. Não vejo esses comentários odientos nem no El Pais, nem no Monde, nem no Mediapart, como vejo no Diário de Notícias ou Jornal I, ou Observador, mas pode ser ilusão minha.Mas sei, tendo morado longos anos no exterior, que o racismo é universal. De qualquer forma o que me assusta é a volta de tudo o que combati a minha vida inteira. Não apelo à censura, claro, mas não me parece que se deva dar espaço para que os comentários apelando ao assassinato e ao racismo. Sabe-se a influência que esse tipo de comentário teve no Brexit (através daquela empresa Cambridge alguma coisa, financiada pelo mesmo ricaço que financia o Steve Bannon) e na eleição do Trump. Vamos deixar que o mesmo aconteça aqui? Tem alguma dúvida que tem gente, os chamados trolls, atiçando o ódio todos os dias nas redes sociais? Mesmo aqui os tem, pagos ou não. Eles compreenderam que a batalha da opinião pública é essencial à tomada do poder, e passa por aí: hoje as pessoas dão mais crédito ao que lêem nas redes sociais do que ao que consta nos jornais. Como é que os jornalistas admitem isso, e abrigam quem não investigou nem confirmou informações e apenas dá opiniões rasteiras? Não duvido que tenha críticas importantes nas redes sociais e comentários, mas tem também muito ódio e reações de gente frustrada, conversas de taberna. E acho isso muito perigoso. Mas efetivamente o melhor provavelmente é não ler nada disso, e alhear-se completamente do que se passa na cabeça de quem não viveu e apenas repete. É o que farei, mais cedo que tarde.

      • Ângela Magalhães says:

        Defender os direitos humanos não permitindo a exaltação do crime não é censura

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