O economista Eugénio Rosa, especialista em desmontar manipulações das contas públicas, razão mais que suficiente para não aparecer nos debates televisivos, publicou uns dados curiosos sobre a educação em Portugal. Sobretudo estes:
Contrariando toda a propaganda do governo, este desinvestimento na educação explica-se da seguinte forma:
Em 2009, os serviços integrados da Administração Pública foram obrigados a começar a descontar para a CGA o correspondente a 7,5% das remunerações pagas (339 milhões €); em 2010, essa contribuição obrigatória aumentou para 15% (696 milhões €); e, em 2011, para além dos 15% para a CGA foram adicionados mais 2,5% para a ADSE (741 milhões €). Portanto, se deduzirmos no orçamento do Ministério da Educação este acréscimo de contribuições verificadas em 2009, 2010, e 2011, que até 2008 (inclusive) eram transferidas directamente para a CGA e ADSE pelo Ministério das Finanças, e que depois começaram a ser pagas também através do orçamento do Ministério da Educação, obtemos aquilo que designamos por “Despesa Total Comparável” (ultima coluna à direita do Quadro 3), pois só assim é que os valores são comparáveis com os do período 2005-2008 do quadro.
É certo que aqui se deveriam acrescentar os milhões do POPH, gastos sobretudo em certificações Novas Oportunidades, mas que não deixam de incluir os Cursos Profissionais. Ora estes são a base do prolongamento da escolaridade obrigatória para 12 anos, com a qual todos estaremos de acordo, mas os Quadros Comunitários não duram para sempre, e regredir na escolarização obrigatória seria uma anedota. Pelos vistos, e mantendo a política de poupar na Educação (e na Saúde), vai ser.
Continuaremos pois assim:
Fonte: Gastos com Educação desmentem propaganda de José Socrates e do seu Governo.
Não sei porque deveriam incluir as NO, tendo em conta que são um buraco negro que não vale o papel onde é impresso o certeficado.
João,
Faço link :))
Obrigado.
Grande abraço.