OPS!…

silva lopes
O PS convidou Silva Lopes para se dirigir, em sumarento discurso, aos participantes no seu encontro. Ainda por cima, esqueceram-se de silenciar – piedosa e prudentemente – as câmaras que por lá estavam.

E assim, pudemos ver e ouvir, no seu estilo de velho ranzinza sem qualquer preocupação de contenção verbal, o cáustico Silva Lopes a desancar o partido convidante, chegando ao ponto de classificar como “estúpidas” algumas das medidas e posições assumidas pelo PS.

Não digo que concorde com o que disse o orador – longe disso -, mas lá que foi divertido, isso foi.

Comments

  1. Joseph Coast says:

    Curiosamente, eu concordei com tudo o que ouvi da boca de Silva Lopes. A redução de impostos nesta fase é um disparate incomensurável; reduzir os impostos num lado obriga a aumento de receitas do outro ou à eliminação de funções do Estado que nenhum político de atreve a anunciar; foi um completo disparate o PS ter ajudado o PSD a dar mais lucro às grandes empresas, como a EDP – embora seja uma ajuda preciosa aos chineses que, coitados, são muito pobrezinhos.
    Concluindo: Quando se alimenta a ideia de que é possível reduzir os impostos nos tempos mais próximos, só posso concluir que anda tudo doido. Nada de anormal. 😉

    • Mário Reis says:

      O Gabriel não diz que concorde (?!) o Joseph que concorda (!?). Eu digo: pantomina à parte o IRS deve descer para os rendimentos do trabalho e o IRC deve voltar no minimo à taxa anterior. OS pressupostos/argumentos para justificar a descida do IRC neste momento são fraudulentos, As elites financeiras ao invés de investir (dá trabalho e tem de desesperar que a vaca tussa…) encontraram modo mais fácil de fazer dinheiro especulando (através da divida publica e do casino dos mercados) e espezinhando os pequenos e médios produtores.
      Ao baixar o IRC, estou de acordo com o SL, favoreceram os acionistas. Ao dizer-se que não deve baixar-se os impostos, sobretudo o do IRS (do trabalho) está a dizer-se que são estes que estão/vão pagar os bónus dados ao capital.
      Nada que os partidos consaguíneos consigam evitar há décadas: governar a lixar quem trabalha, olhando em primeira linha pelos interesses dos de cima.

      • Caro Mário Reis, quando digo que não concordo com o Siva Lopes refiro-me, como deve calcular, ao conjunto do seu pensamento sobre a situação. Tal não impede que o homem tenha dito coisas obviamente justas. É difícil, estando de razoável boa fé, não o fazer. Basta observar as várias demarcações a que, por parte de comentadores da área política do governo, assistimos diariamente. Claro que tem razão quando critíca o frete feito às grandes empresas com a operação IRC e o PS devia envergonhar-se da sua posição. Foi o que o velho sabido disse, e com razão. Alem do mais, penso eu, aliviar o IRC enquanto se sobe o IRS e, das formas mais ínvias, se taxam os rendimentos do trabalho, configura algo que me atrevo a classificar como crime fiscal. Como sempre, e como o meu amigo diz, quem se “lixa é quem trabalha”. E a luta de classes não existe? Está bem, está…

  2. Acho que o Silva Lopes depois do que disse já não foi ao repasto.

  3. Mário Reis says:

    Há que precisar!!!
    – o bónus dado aos de cima pelo PSD/CDS/PS rondará os 280 milhões de euros, 2/3 do valor avançado para a famigerada “convergência das pensões”,
    Estupidez e absurdo é continuarmos com a esperança nestes tipos que criam sistematicamente problemas aos portugueses. Creio que passando as eleições a politica do aguenta, aguenta vai continuar a pender sobre os mesmos de sempre, e os líderes do PS (este ou outro) a perguntar: qual é a pressa? qual é a pressa?

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