O regabofe em ajustes directos

3,5 milhões de euros. Aqui vai uma adivinha: qual era o partido que, entre 2005 e 2011, demonizou os ajustes directos?

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  1. Dado que o artigo do jornal i já não existe online, aqui fica uma cópia:

    Estado gastou 3,5 milhões de euros com consultores externos na semana passada

    Por João D’ Espiney
    publicado em 31 Mar 2014 – 05:00

    Gastos na contratação de consultores externos atingiram os 3,5 milhões de euros. Em produtos alimentares e refeições foram apenas 2,6 milhões

    Os gastos dos organismos públicos em consultoria e assessoria na última semana foram superiores às despesas com a alimentação. De acordo com a análise do i aos contratos de aquisição de bens e serviços divulgados no portal Base entre o dia 22 e as 16 horas de sexta-feira, o custo da contratação de serviços de consultoria e assessoria ascendeu a 3,5 milhões de euros, enquanto que o da alimentação (produtos alimentares e refeições confeccionadas) se ficou pelos 2,6 milhões.

    O contrato mais elevado foi publicado pelo Banco de Portugal (BdP), que por 32 dias de “consultoria financeira” da Oliver Wyman pagou 322,2 mil euros. Este já é o segundo ajuste directo celebrado pelo banco central e esta empresa recentemente. Em Maio do ano passado, o BdP contratou os serviços (98 dias) desta consultora por 483 mil euros.

    COMBATE À FRAUDE E DESPERDÍCIO Outro dos contratos de consultoria mais elevados foi publicado pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Este organismo contratou a Accenture por 180 mil euros (mais IVA) para serviços de “combate à fraude e desperdício”.

    Questionada sobre o objectivo deste contrato, a porta-voz dos SPMS explicou ao i que este “surgiu da necessidade de manter em funcionamento a Unidade de Exploração de Informação (UEI), constituída no âmbito do Centro de Conferência de Facturas”. E acrescentou que “a UEI tem a função de, através da exploração de informação, detectar situações de não-conformidade, que possam configurar fraude ou desperdício para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, salientando que “o referido contrato produziu efeitos de 1 a 31 de Janeiro de 2014, com renovações automáticas por períodos de um mês, até ao limite de seis meses.”

    A assessoria de imprensa revelou ainda que “a SPMS foi mandatada pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) para a realização deste procedimento” e que “o mesmo foi apenas renovado por um mês, em Fevereiro de 2014, tendo sido terminado a 28 de Fevereiro, uma vez que a UEI está, agora, sob responsabilidade directa da ACSS”.

    A SPMS publicou ainda mais um contrato, celebrado no final de 2013, com o Instituto de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito de Lisboa por 72,5 mil euros (mais IVA). O objectivo é “obter um estudo de direito comparado e comunitário” bem como “um projecto de lei que sistematize o regime jurídico dos sistemas de informação, bases de dados e dados de saúde”.

    NOVO SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO A ACSS, por seu lado, publicou dois contratos de aquisição de serviços externos de consultoria. Um com a empresa Insermargem – Prestação de Serviços de Consultoria, Lda e outro com a Oliveira, Reis & Associados (SROC). O primeiro contrato, com um custo de 23,9 mil euros, visa “a inventariação, etiquetagem e elaboração de manual de procedimentos”.

    O segundo, com um preço contratual de 17 mil euros, tem em vista a elaboração de um “caderno de encargos para um concurso público para a criação de um modelo de reporte e monitorização da performance económico-financeira do SNS”.

    O i tentou saber que novo modelo de reporte e monitorização é que a ACSS pretende definir – até porque já tem um em funcionamento – e questionou a necessidade de contratar entidades externas e não aproveitar recursos internos mas até à hora de fecho desta edição não obteve resposta.

    MAIS 42,6 MILHÕES EM CONSTRUÇÃO Em termos globais, foram publicados 1675 contratos com um montante total de 93,6 milhões de euros no período em análise. Deste valor, 42,6 milhões foram aplicados em obras de construção civil.

    A segunda rubrica com maior volume de despesa foi a dos medicamentos, com contratos no valor total de 10,7 milhões. Na área da saúde, destaque ainda para os 5,6 milhões gastos na compra de material e dispositivos médicos e para os 549,5 mil na aquisição de serviços médicos a empresas privadas.

    Nas restantes rubricas foram contratualizados mais 4,5 milhões em sistemas de informação, cerca de três milhões em energia, 1,2 milhões em viaturas e 960,2 mil em serviços e material de limpeza.

    https://web.archive.org/web/20140610035220/http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/estado-gastou-35-milhoes-euros-consultores-externos-na-semana-passada/pag/-1

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