Chá e Biscoitos

manif_policia_sao_bentoÉ de mim ou esteve uma noite boa para um chá e biscoitos na esplanada?

Manifestação dos polícias

Os polícias estão a chamar nomes feios a Passos Coelho. Por birra, este não lhes vai responder.

Notícias geek

O criador da moeda digital bitcoin poderá ter sido identificado.

Diferenças

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O Carnaval dos hospitais

 José Xavier Ezequiel

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1 — Na primeira reunião do conselho nacional do PSD, após a recente eleição em congresso, o primus inter pares Miguel Relvas entrou mudo, sorriu para as câmaras e saiu calado. Não sem antes ter gerado, só pela sua presença pública, um carnavalesco incidente entre o sempiterno Zeca Mendonça e as canelas de um fotógrafo menos atento a golpes baixos.
No seu discuso de posse, Miguel Relvas terá declarado: “Os caminhos alternativos são cantos de sereia que levam à tragédia.”
Tendo em conta a densidade oratória e o fino recorte metafórico, suspeito que Miguel Relvas também recorra aos serviços do assessor de Assunção Esteves.

2 — Rui Machete, em lobby nas Nações Unidas, aproveitou aquele palco internacional para exortar a grande Rússia a não invadir a pequena Ucrânia. Vladimir Putin, finalmente, pôs-se em sentido.

3 — Passos Coelho é teimoso. Gosto de políticos teimosos. Porém, como ensina o Eclesiastes, há um tempo para tudo. Um tempo para teimar e um tempo para deixar de teimar. [Read more…]

No ventre da baleia

Uma vez meteram-me num aparelho de ressonância magnética para procurar uma doença que eu tinha medo de ter e afinal não tinha. Fui sozinha, vou sempre sozinha para as coisas difíceis, por feitio e por hábito de não estar acompanhada. Mandaram-me tirar a roupa e vestir um fato do hospital, depois sair para o corredor e esperar que me chamassem. As salas eram azuladas e nuas, as pessoas passavam por mim e não me viam, todas as portas tinham avisos de acesso proibido, luzes que se acendiam e apagavam. Uma central nuclear não deve ser muito diferente.

Encolhi vários centímetros e sentei-me, muito me custou trepar, na cadeira do corredor, com os pés a balouçar, e aquele sorriso falso que eu ponho quando estou cheia de medo, e só não sacudi muitas vezes o cabelo para trás, como também faço quando estou cheia de medo, porque me tinham mandado pôr uma touca. Veio uma enfermeira entregar-me um questionário, saber das minhas possíveis doenças, operações, se eu tinha próteses, parafusos, pacemakers, piercings, tatuagens. Eu não tinha nada. Ela ficou contente comigo, por eu não ter nada dessas coisas que nos complicariam a vida às duas, e disse-me que a seguir era eu, só tinha de esperar mais um bocadinho.  [Read more…]