Quer comprar o seu lugar no céu?

A Igreja Universal do Reino de Deus tem a solução para si. Basta que pague o devido dízimo aos pastores devidamente credenciados para o efeito, que autenticarão e assinarão a sua escritura com sangue do incontornável Cordeiro de Deus, criando assim um vinculo contratual entre si e o Criador. Um “contrato de fé” que é a sua nova escritura de uma propriedade celestial. Depois é esperar que o senhor da foice o venha buscar e desfrutar de uma confortável estadia na eternidade. Caso algum representante da Igreja Católica da Idade Média apareça para cobrar direitos de autor, por favor contacte os Gladiadores do Altar. Caso pretenda um upgrade com 40 virgens, por favor dirija-se ao norte do Iraque e contacte o Estado Islâmico. AK-47 e explosivos não incluídos.

P.S. Isto NÃO é uma brincadeira de 1 de Abril.

Comments

  1. Carvalho says:

    A capacidade dos seres humanos, no campo da imbecilidade, é praticamente inesgotável.
    A questão é: a partir de um certo nível de estupidez, esta gente ainda pode ser chamada de “humana”? “Racional”?

    • fontedora says:

      Isto situa-se no âmbito da psicologia de massas, penso eu. Gente que quer acreditar nalguma coisa. Aparece alguém que lhe vende um pedacinho do céu…
      Já li que, nos EUA, as pessoas compram estrelas, só para poderem dizer: Aquela estrela é minha.
      Eu penso que, este tipo de atividade devia ser proibida. Ponto.

  2. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    Saia-se um novo Lutero.
    Independentemente da “lata” desta gente, muito mais de admirar é a estupidez do dito “crente”.
    Mas há ainda um outro ponto intrigante: esta colagem aos desígnios divinos literalmente a todo o custo, representa a falta de fé na Sociedade. Uma espécie de retorno à Idade Média.
    E isto, na minha óptica é extremamente preocupante.
    E questiono: Estaremos muito longe das “actividades” de “pureza espiritual” praticadas por um Estado Islâmico?

  3. Gozamos com estes canalhas, o problema é que isto é sério e estes gajos levam milhões atrás de si como rebanho, méééé, e lá vai a carneirada. Há pessoas a acreditar nisto e estes cabrões só presos e com umas cargas de porrada pelo lombo acima é que ficavam bem.

    Pronto, disse, e obrigado pela excelente publicação.

    • fontedora says:

      Proibir estas atividades, ponto final.

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Estou completamente de acordo. Contudo o problema é que estas actividades são fomentadas por quem tem o poder. Logo a ruptura não é coisa fácil de executar e só pode ter sucesso num sistema de educação capaz para as pessoas. Aliás, tudo isto a que vimos assistindo, onde entram estes desmandos políticos, repousa no sistema de “educação dirigida” dos “pastores” ao “rebanho” que por aqui vai andando com o objectivo de secar a caixa craniana e manter um status.
        Isto é válido para a política para a sociedade em geral e para a religião.
        Muito complexo, de facto.


  4. Chegando no local que ela escolheu:
    “Não-sei-que-lá-do-reino-de-Deus”
    Olha o nome do filme: “Jesus Cristo é o senhor”
    É comédia? (Não é filme, o cinema acabou.
    Virou Igreja Evangélica e eu só te trouxe aqui
    Pro’cê comprar pra mim uma vaga lá no céu!)
    Ah, irmã, deixa disso
    Minha grana só vai dar pra te levar pra ir rezar lá num motel!

    (Ai, senhor, olha onde eu vim parar!)
    Ah… relaxa, meu amor, ajoelhou?
    Então vai ter que rezar!

    2345Meia78!
    Tá na hora de molhar o biscoito!
    Eu tô no osso mas eu não me canso!
    Tá na hora de afogar o ganso!

    (Ai isso é tentação do capeta)
    Cala boca, mulher, vem fazer o canguru perneta

  5. Fico sempre espantado com a capacidade& necessidade das pessoas acreditarem nas crenças mais incriveis.No entanto chamo a atençao para a imperiosa regra de não ter ideias de proibição. A liberdade é um bem de extremo valor a preservar acima das nossas crenças.

    • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

      Caro cristof9.
      A utilização de meios que tocam nos sentimentos primários das pessoas, tem o nome de manipulação e isso nada tem que ver com Liberdade, seja da parte do manipulador, seja da parte do manipulado. A palavra Liberdade tem associada a si o conceito de responsabilidade e desde o momento que se manipule, esta valência desaparece e o conceito final fica manco.
      Quem oferece o que não existe (para uns) ou o que não é deles (para outros), não está a praticar um exercício honesto. Esta gente que oferece o que oferece, só pode estar movida por outros interesses.
      Portanto, denunciar estes factos, não é atentar contra a Liberdade de ninguém. Tentar acordar quem manifestamente está dopado, também não é atentar contra a Liberdade.
      Mas ouvi-los e ficar calado é que representa isso sim um atentado não só à Liberdade, mas fundamentalmente à inteligência.

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