“os acordos em homens de palavra são para cumprir“. Sentiste o impacto Pedro?
Proxenetismo fiscal no seu máximo esplendor…
Sempre que um Estado é demasiado forte, quando os cidadãos trabalham praticamente metade do ano para financiar um monstro, o indivíduo acaba esmagado pela voracidade fiscal. Muitos que criticam este nojo, são os que aplaudem inversão do ónus da prova e não regateiam meios à Autoridade Tributária. O Estado deveria servir o indivíduo, mas na verdade é apenas um parasita…
A vida virada do avesso
A história de uma família de Massamá, com três crianças, que está a ver a vida virada do avesso por conta da cobrança no IVA de recibos verdes desde 2008. O casal fez um pagamento de 5 mil euros da dívida numa repartição (possuem recibos a comprovar) e, oito meses depois, as finanças só dão como pagos 2.800 euros. Os salários estão penhorados e a casa deve ir a leilão.
Mário Pereira & Andreia Dias
Este texto destina-se a dar a conhecer a forma desumana como num país democrático uma família pode ser tratada pela Autoridade Tributária e seus funcionários.
Somos uma família de 5 pessoas, mãe , pai e 3 filhos, o Manuel de 10 meses, o Miguel de 3 anos e a Beatriz de 11 anos, até ao final de 2013 vivíamos como a maior parte da chamada classe média portuguesa, não fazíamos grandes aventuras financeiras mas vivíamos sem grandes dificuldades.
De repente o mundo colapsou, não ao início porque sempre acreditámos que a justiça prevalece sempre e que num estado democrático as famílias não poderiam ser destruídas em nome do saque a favor do estado.
Enganámo-nos e de que forma. No final de 2013 foi a minha esposa notificada pela repartição de finanças de Queluz sobre um processo de IVA, aparentemente e segundo as finanças, ela, trabalhadora por conta de outrem mas também a recibos verdes, deveria no ano de 2008 ter alterado o seu regime de IVA passando a cobrar IVA às entidades para as quais trabalhava. [Read more…]
Mais um amigalhaço do primeiro-ministro
Rogério Gomes é militante do PSD e foi, entre 2003 e 2004, patrão de Passos Coelho na ONG Urbe. Recentemente, o primeiro-ministro delegou em Rogério Gomes a elaboração do programa de governo do PSD para as Legislativas. Até aqui nada de mal até porque Passos sempre foi muito forte no ramo das ONG’s e programas de governo tendem a ser documentos de pouca validade que ninguém lê e muito menos faz cumprir. Escolheu-se o senhor Rogério, poder-se-ia ter escolhido um amigalhaço qualquer.
Claro que este conto de crianças não fica por aqui. Segundo DN, o ex-patrão do primeiro-ministro é também presidente do Instituto do Terrritório, ONG que o próprio criou, que gere em parceria com a sua esposa e que adjudicou, através de ajustes directos com dinheiros públicos, contratos a outras instituições às quais Rogério Gomes esteve ou está ligado. Passos Coelho até esteve lá para apadrinhar o nascimento desta nova ONG, quiçá para, em vez de lançar a primeira pedra, abrir a primeira porta. Ele abre-as todas.
A Educação afunda-se com Nuno Crato a tocar no convés
Santana Castilho *
A saga experimentalista de Nuno Crato continua a saltar de programa em programa com a leveza dos hipopótamos. Chegou a hora do Português para o ensino básico, agora em falsa discussão pública até ao próximo dia 17. Porquê falsa? Porque a apreciação das sugestões produzidas (só incautos perderão tempo a sugerir seja o que for neste contexto) cabe ao mesmo comité de crânios que concebeu o programa que definiu, só para os primeiros quatro anos, os hilariantes 105 objectivos e os kafkianos 308 descritores que guiam, qual lâmpada de Aladino, o respectivo ensino. Para afinar o diapasão da crítica, recordemos três das que passarão a ser as 1.000 metas, do 1º ao 9º ano, do cientismo cratiano:
– “Ler corretamente, por minuto, no mínimo 40 palavras de uma lista de palavras de um texto apresentadas quase aleatoriamente”. Se julgávamos que uma escolha era aleatória ou não era, ficámos a saber que há, ainda, o “quase aleatoriamente”.
– “Escrever quase sem erros uma lista de 60 palavras em situação de ditado”. Se não souberem como determinar o que é “quase sem erros”, não se detenham a inquirir o rigor matemático de Nuno Crato. Ele também não pode saber.
– “Ler pelo menos 45 de 60 pseudo-palavras (sequências de letras que não têm significado mas que poderiam ser palavras em português) monossilábicas, dissilábicas e trissilábicas (em 4 sessões de 15 pseudo-palavras cada) ”. Tivesse a escola assim treinado o aluno Cavaco Silva e o insigne presidente nunca nos teria tratado por “cidadões”.
Capitalism Bloody Capitalism
Se calhar o homem até tem razão. Mas se tem, o capitalismo de que fala não deve ser o mesmo que sacrifica milhões em países sub-desenvolvidos por quem Bono corre o mundo a pedir ajuda. Talvez não fosse precisa tanta ajuda se o capitalismo que temos não fosse tão selvagem e não deixasse um rasto de exploração e destruição tão grande atrás de si. Será que um dia veremos o vocalista dos U2 presidir a uma importante organização internacional?
O granel
É uma coisa amargamente sabida: um dia, muitos de nós, com ou sem vontade, mais batráquio menos batráquio, poderemos estar na dispeptica situação de, na eleição presidencial, ter de votar no candidato que se opõe ao candidato da direita. Isso faz com que o espectáculo indecoroso a que se vai assistindo para os lados do PS seja assunto de todos, já que não faltarão, nesse momento, apelos à concentração dos votos da esquerda, sobretudo, claro, na segunda volta, se a houver. Não fora isso e não perderia um minuto com este assunto.
1º Capítulo – Henrique Neto anuncia a sua candidatura, no pleno direito que lhe assiste. Logo Medina Carreira se lhe cola e, passadas horas tem honras de ataque grosseiro – ao estilo dos protagonistas – por parte do José Lelo e Santos Silva. Da direcção do PS, silêncio.
2º Capítulo – Sampaio da Nóvoa candidata-se a candidato. Logo tem o apoio de Mário Soares e Manuel Alegre. Mas também as dentadas nas canelas por parte de Vera Jardim, Vital Moreira e, pior ainda, Sousa Pinto. E digo que é pior a intervenção deste último porque é membro do Secretariado do PS e não comentador ou jornalista de tablóide. Quer dizer, as suas declarações, se lhe resta algum respeito pelo compromisso partidário que tem, criam um problema mais complicado ao líder. Criará? Parece que não. Instado a comentar a bagunça, António Costa – que se esperava mais assertivo -, relutantemente, não achando melhor discurso, lá foi dizendo que o PS é um partido de pessoas livres, etc e tal, conhecemos a retórica. [Read more…]
279 mil milhões de euros
É o valor do calote nazi segundo as estimativas do governo grego. Uma estimativa “estúpida” no entender da Alemanha. Quase tão estúpido como endividar um país para salvar bancos.
Mário Jardel: o craque que se transformou numa anedota
Inicialmente pensei em começar com esta entrevista, através da qual podemos perceber exactamente naquilo que se tornou o histórico goleador portista Mário Jardel. Mas as minhas memórias de criança, principalmente este jogo épico em San Siro, quando o AC Milan era ainda um dos grandes tubarões europeus e o FC Porto lá foi vencer por 2-3, com dois golos do Super Mário Jardel, falaram mais alto. É triste ver um dos meus ídolos de infância transformar-se numa verdadeira anedota, quase tão triste como ver o Brasil elegê-lo deputado estadual. Para a paródia ser total, o DN dá hoje conta de que a versão política do Super Mário demitiu quase todo o seu gabinete e depois desapareceu. Parece que um deles o terá ameaçado de morte. Ou então alucinou. Ambas a hipóteses são válidas.
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