Poderosa e Descontrolada: A Troika

Documentário do canal Arte  sobre as intervenções da Troika. Contém cenas eventualmente chocantes, não sendo recomendado a quem acredita na propaganda do governo. Um trabalho de  Harald Schumman (autor de Quando a Europa salva os bancos, quem paga?, que também já legendámos) aqui em segunda versão, com correcções nas legendas e melhor qualidade de vídeo que a primeira.

Esta versão estará em breve disponível para download.

Triplo boy

Paulo Macedo nomeia militantes do PSD pela terceira vez no espaço de um ano” (Público)

The battle of Montevideo

Uruguay

 Foto@The Independent

Tal como o senhor Mujica teve oportunidade de explicar ao senhor Obama há quase um ano atrás, trata-se de uma batalha que leva já alguns anos. E segundo a organização não-governamental Avaaz, a tabaqueira Philip Morris poderá estar a levar a melhor contra o governo uruguaio, que processou devido às suas leis anti-tabaco, consideradas pela organização como sendo das melhores do mundo e que envolveram a introdução de medidas como o aumento do tamanho das mensagens de saúde relacionadas com o consumo de tabaco em 80% ou a proibição dos fabricantes de comercializar diferentes variedades da mesma marca de tabaco.

[Read more…]

Günter Grass, 1927-2015

O filme tem as suas limitações, mas O Tambor é, de longe, o romance onde se desenhou a nazismo até ao mais delicado detalhe, uma perfumaria de pormenores. Obrigado, Günter Grass.

Brincar aos pobrezinhos a preço de saldos

Depois de Vilamoura, o investimento americano no turismo está de volta e desta vez o alvo é a Comporta. Levam tudo por 400 milhões. Lá vão as tias todas recambiadas para Lisboa…

A Primavera Passista

Compro

Como diria Diácono Remédios, “a notícia é uma boa notícia“. E é mesmo. Todo o emprego que alguém quiser criar neste país é sempre bem vindo, excepto nos casos em que se verificar tratar-se das subespécies “exploração” ou “pré-escravatura”. E logo a Concentrix (nunca ouvi falar) ,uma empresa que apesar de não confirmar, o Expresso sabe que tem a Apple entre os seus clientes. Fiquei tão entusiasmado com tudo isto que até coloquei ali em cima o logótipo Compro o Que é Nosso, que é um logo bonito e que me enche de esperança no amanhã em que valorizamos o que é nacional, apesar de não ter grande coisa a ver com esta situação específica. Abençoados os anos de eleições e as Primaveras do optimismo e da ilusão que antecedem Verões de porcos no espeto, concertos de música pimba à borla, canetas, isqueiros e réguas com fartura! Venham daí essas descidas de impostos e os programas para resgatar emigrantes da hecatombe socrática que o desgraçado do Passos herdou. Ah, o triunfo da austeridade em todo o seu esplendor!

[Read more…]

Como era Portugal antes da Democracia?

Ando há anos a tentar utilizar excelente série da RTP Portugal, um Retrato Social, de António Barreto e Joana Pontes, nas minhas aulas de História.

Sendo objectivo do trabalho sociológico comparar o Portugal dos anos 60 com o do séc. XXI, recolheram excelentes testemunhos de como era a nossa vida antes de Abril de 1974, servindo tanto de fonte primária como de secundária. Um computador mais rapidinho permitiu-me agora editar esses extractos, numa remontagem um pouco longa e não muito bem organizada, mas sempre melhor que utilizar os dvd’s originais. Espero mais tarde completá-la com pequenos vídeos específicos (por exemplo sobre a emigração).

Aqui fica à disposição dos interessados, que podem igualmente efectuar o seu download directo.

Crónica do país feliz

11159500_807343092692413_3395109885170667232_n
Finalmente e num golpe de génio – como era de se esperar – o nosso governo descobriu e anunciou ao País qual o problema central de que ele, País, padece: os altos custos do “factor trabalho”(como eles gostam de dizer). Quer dizer, ganhamos demais, para desgosto das empresas que, como se sabe, são o sal da terra e seriam perfeitas se não tivessem lá os trabalhadores a atrapalhar. Erguei, pois, as mãos aos céus, prezados concidadãos, e agradecei a bênção de serdes governados por gente de tal dimensão. Em que vós votastes maioritariamente, diga-se. Por isso, nos olhos de, pelo menos, 50% de vós devem correr lágrimas de alegria. Não deis, porém, importância, aos a que apresentam humidade facial provenientes de sentimentos pouco cristãos como raiva, revolta, ou desgosto. É gente que carece da necessária sensibilidade para apreciar o requinte de um pequeno (e, portanto, gourmet!) ordenado ou pensão. Ou mesmo a sua ascética ausência. Lembrai-vos (está escrito!) como este estado vos permitirá entrar ágil e airosamente no reino dos céus, enquanto um rico terá de gastar um dinheirão a mandar fazer uma agulha para entrar pelo buraco da dita montado num camelo.