Portugal é um caso de sucesso

salgueiro-maia_25_Abril[Helena Ferro de Gouveia]

Em apenas 44 anos, Portugal é um caso de sucesso.
De um país muito pobre, atávico, bafiento, pleno de beatas (os) e que cultivava a humildadezinha, passou a um país rico ( entre as nações mais ricas do mundo e da geografia confortável), onde a maioria dos jovens tem a possibilidade de estudar ( viajar, fazer Erasmus, voluntariado, estágios), bonito ( valorizou o seu património cultural e história), tornou-se assertivo (quem pensaria há uns anos ter um secretário geral da ONU português).
Temos tudo para dar ainda mais certo (falta-nos um pouco mais de inscrição e cidadania, mas também isso está a mudar para melhor, e a capacidade de aceitar críticas frontais).

Viva a Liberdade e viva Portugal.

Comments

  1. Principalmente cidadania justiça Temos um excelente clima, um dos países mais pacíficos do mundo (e as pessoas esquecem-se que já tivemos muito terrorismo pós 25 de Abril) estamos muito avançados em muitas áreas, nomeadamente as tecnológicas, só é mesmo pena a falta de cidadania e de justiça, que permite que que o capital tenha tomado de assalto e corrompido os partidos do poder.

    • JgMenos says:

      O capital não tomou nada de assalto.
      A canalha é que assaltou o capital!

      • Nem de propósito, como disse uma senhora que sugeriu suspender a democracia durante seis meses para fazer o que fosse preciso: “Quem manda é quem paga”.

      • ZE LOPES says:

        O seu amor pelo Capital é comovente. No entanto, peço-lhe que reconheça que só a intervenção esquerdalha lhe permite viver essa relação em plenitude. Para quando o casamento? Avante, JgMenos! Assuma! Saia do armário (ou melhor, da gaveta!).

  2. tekapa23 says:

    Resta acrescentar : Actualmente com a maior carga contributiva de sempre…

  3. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    Viva a Liberdade e viva Portugal, de acordo…

    Mas numa altura destas em que celebramos a Liberdade e a Democracia, não branqueemos o principal mal que nos está a tolher e a que este “post” não alude.
    Refiro-me à corrupção.

    Este orgulho serôdio do “melhor do mundo”, esta espécie de “auto-estima” que se ouve por aí – principalmente em matéria do principal agente de droga social, o futebol – não me convence de todo.
    Como me não convence essa história do secretário geral da ONU ser português. Que me interessa tal facto se, quando o indivíduo é apanhado no meio de uma convulsão, demonstra fazer, uma vez mais, o papel de mordomo? Exactamente o mesmo papel que Barroso fez nas Lajes.

    Até nas Finanças somos um caso de sucesso. Pois sim, mas à custa de quem e de quê? E quem julgou as atitudes de má gestão e de corrupção que vivemos? Onde estão os responsáveis e acima de tudo, onde pára a justiça?

    Prefiro ser aquele pequeno país (como somos), simpático (como somos) calmo (como somos) com identidade (que temos), com gente muito válida (que temos… e muita), mas ser também um modelo no que toca à cidadania e no combate à corrupção.

    Falar em Liberdade e Democracia e esquecer este fenómeno, que também faz de nós um dos maiores do mundo, é como tentar explicar as vantagens da Bíblia em relação ao Corão ou vice versa.

    • Bento Caeiro says:

      O ACERTO DOS CONTRÁRIOS

      Ernesto, essa da explicação das vantagens entre a Bíblia e o Corão tem um tratamento e resposta simples. Como muitas coisas aparentemente complexas, a melhor para mim é a que Alexandre, o Grande, deu para resolver o problema colocado pelo Nó Górdio, que ninguém conseguia desatar: muito simplesmente, puxou da espada e cortou-o.
      Provou, assim, que o facto em si – o tipo de nó – não valia nada e, como tal, não era o problema, o problema era a falta de imaginação; porque o que interessava era a libertação das partes que o nó juntava, tal é o caso desses livros. Até porque só representam as desvantagens para a humanidade em ligarem-se a crenças e, por isso mesmo, é preciso puxar da espada e cortar essa ligação – aqui, pela raiz.
      Mas quanto à cidadania e à corrupção, como é óbvio – não poderia ser diferente – as revoluções libertam forças e pessoas de todo o tipo e até têm o mau hábito de sacrificarem os seus melhores, como aconteceu com Salgueiro Maia.
      Proporcionam o surgimento de gente como Durão Barroso (o radical MRPP), para as suas aventuras e desventuras das Lajes e na União Europeia; não esquecendo esse grande estratega, de seu nome Guterres (o católico socialista), que apoia o bombardeamento das alegadas fábricas de químicos em Damasco – onde estão os efeitos do bombardeamento? – e em simultâneo apoia a formação de uma comissão para averiguar se existiram mesmo ataques químicos por parte do governo sírio – pois, precisamente, o tal motivo do bombardeamento.
      É assim amigo Ernesto, com o bom veio o mau e, pelo alegado bem de todos nós, muitas maldades têm sido feitas por alguns – precisamente, contra nós.
      Contudo, não nos acomodemos.

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Compreendo o seu texto e aquilo que escrevi corrobora o que agora afirma ou seja, permita-me parafraseá-lo : “…Não nos acomodemos”.

        O meu pensamento é justamente a negação da acomodação ao actual estado de coisas.

        Por isso inicio o que escrevo com o “Viva Portugal e viva a Liberdade”. Mas não me comovo com os discursos inflamados destes políticos, de um lado ao outro do nosso espectro político, quando os vejo chafurdar, uns activa, outros passivamente,num elemento que é o maior destruidor da Liberdade e da Democracia: a corrupção.

        E mais: se há altura em que esta contradição entre Liberdade Democracia e corrupção deve ser lembrada é justamente neste dia, o apelidado dia da Liberdade.

    • José Almeida says:

      Meu caro,
      Estando eu de acordo com tudo o que referiu, acho que mesmo escrevendo mais uns centos de parágrafos, poderia não estar tudo dito acerca daquilo que o nosso país foi, tem sido, e poderia ser, e precisava de ser. Não conheco, nem me vou preocupar em saber quem é a autora do post, mas gostei do prazer manifestado no que escreveu. Viva o 25 de Abril.

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Caro José Almeida.
        Remeto-o para o que escrevi como resposta ao caro Bento Caeiro, chamando a sua atenção para o último parágrafo.
        Eu também digo : Viva o 25 de Abril ainda que considere que aos poucos esta classe mesteiral política o está a desvirtuar perigosamente.

  4. Independente de achar que o nosso país poderia estar muitíssimo melhor, gosto de ouvir falar de Portugal com o orgulho que a autora manifestou. É bom sabermos estar de pé mesmo quando as salamandras e o lodo teimam em não desaparecer.

  5. antonio Lourenço Antunes says:

    Totalmente de acordo com a autora do artigo…quanto a corrupcao e a doenca endemica do capitalismo..mas olhando a volta …as. Coisas nao estao melhores ..portanto basta de palavreado barato

    • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

      O exemplo acabado da teoria do mal menor… à volta as coisas não estão melhores. Pois…
      Isto é que é palavreado barato e é por isso que estamos onde estamos.

  6. antero seguro says:

    Portugal pode ser um país de sucesso mas tal só é possível com homens como este. Salgueiro Maia um patriota que tudo fez e nada quis em troca, acabando, depois de morto, humilhado pelo canalha de Boliqueime.

  7. tekapa23 says:

    ‘Em apenas 44 anos, Portugal é um caso de sucesso. De um país muito pobre, atávico, bafiento, pleno de beatas (os) e que cultivava a humildadezinha, passou a um país rico ( entre as nações mais ricas do mundo e da geografia confortável)’
    Portugal, um PAÍS RICO ???

  8. Volunteer in Lisbon:

    https://lisbetter.wordpress.com

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