Ao arrepio da tradição, Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente na tomada de posse de Jair Bolsonaro, o que já é mau sinal, independentemente de quem chegou à presidência do Brasil. Sinal de subserviência, que é uma maneira de encolher um país.
As declarações do presidente português confirmaram o provincianismo de um país que vive de joelhos: ao falar com o repórter, abrasileirou a pronúncia; diante do desprestígio que foi o pouco tempo de audiência com Bolsonaro, inventou a história de que os irmãos precisam de pouco tempo para comunicar; não perdeu a oportunidade para falar da importância do Brasil nessa central de maus negócios que é a CPLP.
Já Eça fazia referência ao provincianismo de um país que importava tudo, até vocabulário, de França. Mais recentemente, vamos engolindo neoliberalismos vários porque vêm de Bruxelas e palavreado economês em inglês americano, cheio de timings e de feedbacks. O Brasil, eterna potencial potência, é o deslumbramento de políticos sempre ansiosos por transformar Portugal na rémora do tubarão, porque os negócios e as empresas e as oportunidades, num desfile de inanidades que afectam inclusivamente o supremo magistrado da nação, com representantes prontos a vender até a ortografia, em nome de uma falsa união que é só parolice.
Note-se que a cultura de muitos portugueses, incluindo este vosso criado, é devedora de muito Brasil, da literatura à música, passando pela televisão e pelo cinema, mas não se confunda admiração com genuflexão. O problema, nesta e em muitas histórias com políticos portugueses, é que a vergonha não é alheia.
Os serviçais nacionais VIP portugueses são provincianos para serem recompensados com cargos internacionais, vejam o caso do pantanoso Guterres ou criminoso de guerra Durão…
Peço desculpa pela redundância “nacionais VIP portugueses”.
Não concordo com o termo de subserviência utilizado pelo autor do artigo relativamente a presença do nosso Presidente na tomada de posse de Bolsonaro no Brasil. Aceitou o convite e fez bem em participar na tomada de posse. Julgo ser cedo para se poder avaliar Bolsonaro, agora como Presidente do Brasil, mas lá iremos num futuro próximo. Nada de antecipações.
Por que razão fez bem em aceitar?
Não podemos avaliar a actividade de Bolsonaro, mas podemos fazer previsões com base na forma e no conteúdo: não augura nada de bom.
Em tempo de eleições todos querem ser diferentes dos seus adversários, uns dizem-se diferentes para melhor, outros dizem que irão ser o diabo em figura de gente. Quando chegam ao poleiro invertem-se as personagens e Bolsonaro pode ser uma delas. Não custa nada esperar para ver.
Excelente artigo de opinião.
De facto só uma “potência” muito “potente ” consegue assassinar 63.000 pessoas num ano,ou seja, + ou – 160 alminhas por dia.!
Só lá faltou o “emplastro” a arreganhar a cremalheira para a RTP .
Somos um país dominado por artiodáctilos.
O filho do Ministro, ficou pelo menos em “muito boa companhia”.
Para alem do “conservador” da Hungria, ao lado do qual o grande senhor Wilston Churchill seria considerado um perigosíssimo esquerdista, do sionista Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção no próprio País e leader da politica mais à direita dos últimos anos dos governo de Israel, só lá faltou mesmo O Sr Trump.
Tudo bons rapazes
Subserviência?!
Onde?
Por ter aceite o convite?
Pensem antes assim:
Temos tantos brasileiros acolhidos à bem-aventurança do nosso país e que maioritariamente votaram Bolsonaro, que é acto de bom acolhimento estar presente na posse de quem lhes dá esperança de um regresso à terra-natal.