Apresento-vos Goby, The Fish. Trata-se de um escultura feita de arame e malha de ferro ou aço, a fonte não é esclarecedora, instalada numa praia não faço ideia onde, algo que de resto é complemente irrelevante para o caso, onde se pode ler: “Goby loves plastic, please feed him”.
Esta foi a solução que as autoridades locais encontraram para substituir os velhos contentores. E o sucesso foi imediato, principalmente entre as crianças. Todas querem alimentar o Goby! E quanto mais se alimenta o Goby, menos plástico fica no areal das praias. Menos plástico chega ao oceano, que, neste ritmo, poderá em 2050 ter mais plástico do que peixes.
Uma solução funcional, que gera curiosidade e entusiasmo, em particular entre os mais novos, motivando-os e consciencializando-os para a importância de reciclar e de proteger o planeta desde tenra idade, para além de ser óptima para tirar selfies – e nós sabemos que já não existe Verão ou praias sem selfies – e que deveria ser seriamente considerada pelas entidades que neste país têm responsabilidades sobre a preservação da orla costeira, seja o governo, sejam as autarquias. E não tem necessariamente que ser um peixe, uma cópia do Goby. Pode, em alternativa, ser uma boa oportunidade para estabelecer parcerias com artistas plásticos nacionais, muitos deles a dar cartas lá fora, e colocar a arte portuguesa ao serviço do ambiente e da comunidade.
Esta do Goby deve ser uma fake new.
Mas que fosse, parece-lhe má ideia?
Pois. Até porque se vê um disco voador a entrar para a boca do peixe. Ora, como sabe, os extraterrestres detestam peixe. É fake new, de certeza. E o peixe é parecido com o Trump, não sei se reparou!