Assédio de menores: Um manto de silêncio insuportável…

Ontem, no seu facebook, Filipe Ribeiro denunciou um caso de assédio à sua filha feito pelo conhecido artista plástico Jorge Curval (vou colocar aqui a palavra ALEGADAMENTE para evitar chatices para o Aventar). A sua filha tem 12 anos.

O que mais me choca é que passadas 24 horas persiste um manto de silêncio estranho na comunicação social. Sempre tão lesta quando toca a políticos ou jogadores de futebol…

 

Comments

  1. Filipe Bastos says:

    Tantas perguntas. Um adulto, pelo visto figura pública, usa uma rede social, com o seu próprio perfil, para assediar uma menor? Estará à procura do prémio Darwin do mês?

    Conhece a criança, escolheu-a ao calhas, ou envia mensagens deste teor a todas que lhe agradam?

    O pai denunciou isto à polícia, ou só ao Facebook? A polícia nada fez? Que fará agora perante uma acusação pública tão grave, que até coloca em risco a vida do visado?

    Bizarro. Mas pode o POIS ficar tranquilo: o importante é apurar os factos, esperar pela Justiça. E como o visado não é sucateiro, certo Bosta não deve ser apanhado em escutas.

    • Paulo Marques says:

      Não sei, o Jorge terá feito sondagem de opinião? É importante para avaliar.

    • POIS! says:

      Pois bem, Sr. Bastos.

      V. Exa. por vezes é desonesto. Mas não o tinha como pulha.

      Agradeço que não me envolva, nem sequer indiretamente, nem como comentador de outras situações, em nenhum caso relacionado com assédio de menores. Cheguei aqui e li, V. Exa. não conhece a minha opinião nem posição de lado nenhum e vai de me meter ao barulho.

      Sim, o cidadão Jorge Qualquercoisa tem direito à presunção de inocência, como qualquer cidadão, mesmo pulha, e o caso deve ser denunciado e prontamente investigado. Quando o Estado de Direito se mudar para o Facebook estamos todos lixados.

      E não lhe dou mais confiança.

      • Abstencionista says:

        Querido Xô Pois,

        Pois és um hipócrita sem vergonha!

        “Agradeço que não me envolva, nem sequer indiretamente, nem como comentador de outras situações, em nenhum caso relacionado com assédio de menores.”
        (citação do Xô Pois, no Aventar, em 3.3.2021)

        “Já tive ensejo de fazer notar a V. Exa. que trazer para aqui o tipo de paleio de que usa para manipular os putos que desvia para lá para casa para “jogar playstation” .
        (citação do mesmo Xô Pois, no mesmo Aventar, em 3.3.2021)

        Cumps

        • POIS! says:

          Pois sim, abelhinha abstencioneira!

          Esqueceu-se de dizer que a segunda citação é dirigida exatamente a V. Exa., depois de o ter classificado como autor de paleio de psicopata manipulador.

          O que se confirma mais uma vez ao começar a sua diatribe por “Querido”…

          Mesmo assim é melhor ser hipócrita que psicopata. V. Exa. só muito dificilmente tem cura.

          Se não gosta, olhe, pode escolher para si uma coisinha mais branda: psicopatolas, psicopatolo, psicopatinho…

          • Abstencionista says:

            Querido Xô Pois,

            Que fdp de confusão vai aí pela tua tola envolta pelo nevoeiro de gases colonoscópios!
            Limitei-me apenas a demonstrar, com factos, a tua hipocrisia de donzela ofendida.

            Quanto a isso tens de ter paciência: és um hipócrita, aliás como tu próprio reconheces.

            Pela tua definição de psicopata verifico que não sabes o que isso é.
            Para esbater a tua ignorância ensino-te que a principal característica do psicopata não é o sadismo mas sim a ausência de compaixão.

            E queres um ser mais compadecido do que eu quando te dou nas orelhas para te civilizar?
            Fica pois demonstrado, com argumentos cultos, inteligentes e civilizados, (sem cair no insulto rasteiro ordinário e em insinuações torpes provenientes de um xaralho sem princípios), que és um hipócrita por um lado e por outro que és um ignorante.

            E é por compaixão que o digo no sentido de te tornar uma pessoa de bem.
            Bjs

          • POIS! says:

            Pois continue V. Exa. com as suas “queridices”, que já toda a gente lhe topou a laia e a lata.

            Quanto a hipocrisias, ainda há dias disse que um texto MEU, que relatava experiências MINHAS era um plágio. Vale tudo para achincalhar. E ainda se preocupa com a “hipocrisia” dos outros?

            Para terminar: pare de meter o bedelho em conversas que não são suas e eu paro de lhe lembrar as suas psicopatices.

    • Filipe Bastos says:

      Pois que sensível, POIS. Haverá outros temas onde não possa ser mencionado, ou apenas este? Há algum manual de normas que se possa consultar?

      Claro que não pretendia melindrá-lo, só me meti consigo para lembrar as escutas do Bosta. Gosto muito de lembrá-las, sabe? Acho que deviam ser lembradas mais vezes.

      • POIS! says:

        Posso-me ter excedido, reconheço, mas…

        Há realmente uma norma: não misturar casos que nada têm de semelhança entre si. Quem lê o comentário não está dentro do contexto. Pensa o quê?

        Olhe, veja os desenvolvimentos e a história já não é bem como parecia. O “artista” é mesmo um “artista”, mas pouco mais se tira disto. Para haver crime não basta haver intenção de o cometer, se é que existiu. É preciso que tal se traduza em ações e resultados.

        Este aspeto dos resultados é importante e muitas vezes motivo de incompreensão. Vou dar um exemplo. há uns anos um bando de “skinheads” espancou um cidadão espanhol, na realidade galego, no Porto.

        O homem desmaiou e resolveram colocá-lo em cima de uma linha férrea secundária, salvo erro um ramal portuário, e deixaram-no lá. Parece evidente a intenção de matar, não é?

        Sim, mas foram absolvidos nessa parte, porque ficou provado que a linha estava encerrada devido a uma greve de ferroviários. Por isso, o resultado não se podia produzir. Mas atenção, foram condenados por tudo o resto: ofensas corporais, omissão de auxílio, conluio. Nessa altura os “crimes de ódio” ainda não estavam tipificados.

        Esta “conversa”, com uma maior de 16 anos seria um “não acontecimento”. Até com uma maior de 14, na maior parte dos casos (aproveito para lembrar que o Código de Direito Canónico ainda estabelece como idade mínima para casar a de 14 anos para a mulher, como na versão original do Código de 1966, por via da Concordata salazarista. Passou a 16, a partir de 1978).

        Ora bem…a maior parte da conversa foi mantida pelo pai…Se o teor permitisse provar que o “artista” estava consciente da idade da criança, se existissem propostas concretas de natureza sexual, de encontros, etc., talvez ainda houvesse matéria criminal. Assim…

        É preciso ter muito cuidado. Quem se arma em “detetive”, por vezes, sofre grandes desilusões. Até a ação dos chamados “agentes infiltrados” já tem sido posta em causa E com razão. Por vezes um crime só se dá porque os tais agentes infiltrados o provocam. Quer um exemplo?

        Há uns anitos, numa vila do interior, um toxicodependente de classe média, empresário semi-falido, foi abordado por um indivíduo, supostamente traficante, que lhe propôs guardar um carregamento de droga, umas dezenas de quilos, em casa dos pais.

        O toxicodependente recusou, mas o indivíduo foi insistindo com ele, pressionando-o e até ameaçando-o se não colaborasse. Como continuasse a recusa, propôs-lhe pagar-lhe uma quantia bastante alta (dez mil euros, na moeda de hoje…) e dar-lhe certa quantidade de droga. O medo e o vício calou mais alto e o toxicodependente aceitou.

        Guardou então uns caixotes de cartão lá em casa, que seriam recolhidos passados uns dias. No dia seguinte foi preso, supostamente em flagrante delito. Os caixotes continham, realmente, uma relativamente pequena quantidade de droga (parece que heroína).

        Quem era o “traficante”? Um guarda recém-formado, a mostrar serviço. É claro que, depois de várias peripécias, o tal toxicodependente foi absolvido porque se deu como provado que, em circunstâncias normais, ele não teria praticado aquele crime se não fosse aliciado, e mesmo pressionado, a tal. E os polícias ficaram em apuros, até porque a origem da droga não foi, na altura, cabalmente explicada…

        Voltando ao caso presente, e ressalvando desde já que tal não é, de maneira nenhuma, desculpa, nem sequer relativização do comportamento do “artista”, relembro que as redes sociais só podem ser utilizadas por maiores de 13 anos.

        Não é por nada, mas o pai arrisca-se a ser julgado impiedosamente pelos mesmos socialeiros em rede que agora o apoiam. Um tipo passa de bestial a besta num instante lá no “tribunal da vida”!

      • Filipe Bastos says:

        Pois entendo o desconforto, é fácil ser-se mal interpretado.

        Li as desculpas do tal Curval; talvez tenha sido mesmo um erro inocente, salvo seja. O tipo é parvo, mas creio que se fosse culpado não reagia assim; e seria absurdo pôr-se a assediar crianças pelo Instagram.

        Já a reacção do pai lembra o programa americano – tinha de ser americano – ‘To catch a predator’. Lá vão presos porque há propostas e acções, aparecem na casa da vítima. Aqui o pai quis fazer o seu próprio programa.

        O POIS fala (escreve) como alguém que trabalha ou já trabalhou na Justiça. Ou isso ou está bem informado.

        • POIS! says:

          Não, nunca trabalhei na justiça. Ou melhor, tive alguma relação com esses meios, temporariamente, mas não propriamente de profissão.

          Inicialmente eu ia chamar a atenção sobre a necessidade de se verificar a autenticidade das mensagens. Podia contar um caso em que acabei por intervir, não interessa agora porquê, em que tudo parecia apontar para um lado e, afinal, as imagens eram manipuladas.

          Mas não era um caso deste género. Era uma situação de “bullying” entre menores (adolescentes, direi melhor) em que apareciam supostos “nudes” (para usar a novilinguagem das redes) de uma menina enviados a um suposto “namorado”. Não era ninguém das minhas relações pessoais e já foi há algum tempo, por isso acho que não será possível identificar os e as intervenientes.

          Diga-se de passagem que eu, ainda antes de examinar outros pormenores, desconfiei logo da foto. Mais tarde até a descobri, usando simplesmente o “google” e experimentando expressões típicas do “porno”, numa página manhosa escrita em árabe. Aquilo não parecia, sequer, físico de uma miúda portuguesa de 14 anos, via-se logo (“prudentemente”, a cara estava oculta). O que é certo é que a coisa circulou e causou escândalo, os pais da rapariga, e muito bem, queixaram-se à polícia e à escola e o caso foi deslindado.

          No entanto, note, passados uns meses, ainda se comentava, “na rua” e nas redes, o caso, como se as fotos fossem autênticas! Por sinal, não me consta que muita gente se tivesse admirado com a linguagem imprópria das mensagens, essas, na larga maioria, verdadeiras…

          Pois é, nos filmes americanos…e mesmo na realidade dos EUA…as coisas são diferentes. Mas não pelas melhores razões.

          Há vários fatores que o explicam, uns de natureza jurídica bastante discutíveis e outros, esses ainda mais discutíveis, que proveem do facto de a justiça, por um lado, ser comandada por políticos (em muitos locais os cargos de xerife, procuradores ou mesmo juízes são eletivos, ou passam pelo crivo de órgãos políticos com poderes discricionários) e, por outro, estar na mão de interesses privados de natureza duvidosa (advogados que trabalham “à percentagem”, detetives privados, empresas privadas que intervêm, por exemplo, na vigilância da liberdade provisória ou no negócio das prisões).

        • Filipe Bastos says:

          Se há coisa que o sistema americano parece deixar claro, além de quão nocivo pode ser privatizar tudo, até as prisões, é que o medo da punição só por si nunca basta.

          Nenhum país tem tanta gente presa. Nem a pena de morte, ou cadeias onde ser agredido e violado é visto como um destino garantido – e merecido, a avaliar pelas piadas em filmes e afins – dissuadem os criminosos.

          Quanto mais se lê da ‘América profunda’ mais valor se dá a não viver lá. Há semanas foi executada a primeira mulher em décadas, uma Lisa Montgomery.

          Em 2004 conheceu outra mulher online. Foi a casa dela, uma mulher grávida, matou-a e cortou-lhe o bebé da barriga. (Incrivelmente, o bebé sobreviveu.) Mas ainda pior, se tal é possível, foi a vida dela.

          Uma assistente social, Jan Vogelsang, escreveu um longo relatório onde descreve em detalhe a família, a infância, os maridos, tudo. Tenho certo interesse pelo macabro, mas creio nunca ter visto algo tão reles e tão deprimente. Está disponível online.


  2. Sem por em causa o conteúdo da notícia e a repulsa que me causa a situação (e tendo eu uma filha com precisamente a mesma idade), uma criança de 12 anos não pode ter uma conta de Facebook ou Instagram, é uma violação dos termos de serviço (a idade mínima são 13 anos, não que fizesse grande diferença). Estamos, portanto, uma situação em que alguém mentiu despudoradamente num formulário de registo para ter acesso a algo que – legalmente – não podia. É este o exemplo que o pai quer dar à filha? Que há situações em que é correcto mentir para obter benefício? (como mentir sobre a idade para entrar num bar ou discoteca?)


  3. É bastante curioso o “Partido Ergue-te” fazer uma publicação no facebook com um texto muito semelhante ao deste post.
    https://www.facebook.com/Partido.Ergue.te/posts/4173178302714919

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