No dia da mulher, dispensam-se flores e presentes (tanto quanto em qualquer outro dia, o que naturalmente não impede de o fazer em cada dia, a quem e quando apraz). O dia existe porque já se conseguiu muito, em lutas históricas, mas muito mais trabalho há ainda a fazer, para alcançar a equidade de género. António Guterres referiu seis áreas estruturais, qual delas a mais difícil de atingir (o bold é meu):
Em primeiro lugar, que assegurem uma representação igualitária – desde os conselhos de administração das empresas aos parlamentos, do ensino superior às instituições públicas – por meio de quotas e outras medidas especiais.
Em segundo lugar, que invistam significativamente na economia da prestação de cuidados e na proteção social, e redefinam o Produto Interno Bruto de forma a incluir o trabalho doméstico, tornando-o mais visível e contabilizável.
Em terceiro lugar, que removam as barreiras à inclusão plena das mulheres na economia, através do acesso ao mercado de trabalho, direitos de propriedade e a criação de créditos e investimentos direcionados.
Em quarto lugar, que revoguem as leis discriminatórias em todas as esferas – desde direitos laborais e de propriedade, até ao estatuto pessoal e proteção contra a violência.
Em quinto lugar, cada país deve promulgar um plano de emergência de combate à violência contra mulheres e meninas, seguido de financiamento, legislação e vontade política para acabar com este flagelo.
Em sexto lugar, peço uma mudança de mentalidade, o aumento da consciencialização pública e que se acabe com o preconceito sistémico de género.
A tarefa é imensa e requer que trabalhemos juntos com todo o empenhamento, mulheres e homens. Para vivermos melhor.
Rementendo para a quinta área estrutural acima referida, hoje, dia seguinte ao dia da mulher, lê-se esta notícia na Lusa:
“Tribunal considerou que homem atuou “de forma grave e reiterada”, causou à vítima “sequelas físicas permanentes e psicológicas” durante 32 anos. Porém, condenou-o a pena suspensa e a multa de cinco mil euros pelo crime de violência doméstica.“
É imensa a tarefa. Lancemos mãos à obra, energica e solidariamente.
Só um cretino subserviente ao corretês articula semelhantes dois primeiros pontos.
Em tudo o mais é mais do mesmo:
As gajas são as tadinhas, incapazes de olharem pela sua vida e de lidarem com os seus erros, e é o estado que está a caminho de meter um psicólogo à porta de cada lar a saber como vamos de mãos tratos, de reslização de género e de orgasmos!
Pois é!
E quem não alcançar, pelo Menos, dez orgasmos por semana (dois por dia exceto aos domingos, que é dia do Senhor) vai passar a pagar um severo imposto!
Lá tem V. Exa. de passar a ir com mais frequência ao “Youtube” ver os discursos do Venturoso Enviado. Fisco a quanto obrigas!
E aonde a representação das mulheres é superior a dos homens?
Ora pois! Onde?
Nas maternidades. Cem por cento das parturientes são mulheres! É impressionante!
Mas se experimentar fazer um inquérito ao uso do ferro elétrico os números não devem andar muito longe.