Ditadura sanitária

Alguns portugueses que se encontravam em prisão domiciliária desde Janeiro, foram hoje colocados em liberdade condicional. Muitos outros continuam ainda encarcerados a cumprir igual sentença decretada pelo governo, com o patrocínio do Presidente da República.
Pode até ser legal, a escravatura também já o foi, mas é imoral, ilegítimo e aberrante, que o Estado encerre qualquer estabelecimento ou actividade, sem que tenha existido uma grave infração da legislação em vigor. E mesmo que tal se tivesse verificado, deveriam ser os Tribunais a decidi-lo e não políticos.

A justificação da manutenção da saúde pública, não convence, nem deveria ser suficiente. Confinar pessoas, é sequestrá-las, atentando contra a sua saúde física e mental. Passaram anos a lançar alertas e campanhas de prevenção e combate ao sedentarismo e obesidade, mas hoje isso deixou de ser relevante, importa manter as pessoas em casa, com todas as limitações que daí resultam.
Mesmo que fosse aceitável e não é, para o poder fazer, o Estado teria que suportar integralmente os custos das decisões que toma. O que significa não cobrar impostos às empresas afectadas, assegurar o pagamento integral dos salários a todos os trabalhadores, bem como os custos de manutenção de instalações e equipamentos. Seria o mínimo, se o Estado fosse pessoa de bem, dirigido por políticos decentes.
A ditadura sanitária usa a força para impor a vontade, proibindo o acesso a zonas de lazer, impedindo visitas a familiares. É apanágio das ditaduras camuflar as suas fraquezas, calando ou desacreditando opositores. O COVID19 é uma doença facilmente transmissível, mas que afecta com gravidade, apenas uma pequena parte da população, bem identificada por sinal. Incapaz de proteger a população de risco, a receita do governo tem sido, destruir vidas e economia. Mais ou menos o equivalente a amputar uma perna para tratar umas varizes.
Não confio nos políticos portugueses, cobardes e riscofóbicos, mais dia menos dia, quando os números voltarem a subir, irão aplicar a mesma receita, não sabem outra. O plano de vacinação, tem mais buracos que queijo suíço, o dinheiro da bazuca irá parar às mãos de familiares e amigos e no final, os portugueses acabarão falidos, deprimidos e mergulhados em mais uma crise.
Já fomos governados por maus políticos, provavelmente os actuais serão mesmo os piores da nossa História. Merecem ser apontados a dedo durante gerações.

Comments

  1. Filipe Bastos says:

    Concordo com parte do post, mas quem daqui a uns anos o leia pensará que o governo e o Bosta agiram sozinhos enquanto o resto do mundo olhava com espanto. Não foi assim.

    Mau-grado a incompetência, o compadrio, as xuxices do costume, a verdade é que Portugal apenas seguiu o exemplo de muitos outros países, incluindo os que habitualmente elogiamos ou invejamos. Se não foi melhor, também não foi muito pior.

    E quando assim é, não estamos bem mas também não vemos como podia ser muito diferente. A loucura é geral. E se o governo fosse da Laranja Podre faria o mesmo ou parecido.

    • Luís Lavoura says:

      a verdade é que Portugal apenas seguiu o exemplo de muitos outros países, incluindo os que habitualmente elogiamos ou invejamos

      Certo. Portugal fez o seu papel do costume: o de bom aluno da Europa. Imitou o melhor que pôde aquilo que os outros fizeram.

      se o governo fosse da Laranja Podre faria o mesmo ou parecido

      Faria pior. Nesta matéria, o PSD tem mostrado, a todos os níveis, ser ainda mais radical na vontade de confinar do que o PS.

  2. Paulo Marques says:

    Nunca esteve impedido de sair, muito pelo contrário. Quanto à privação com a liberdade. quem o fez com seriedade não precisou de meias medidas nem na saúde, nem na economia. Coincidências, de certeza.
    Mas não percebo o receio, Bruxelas já mandou rejuvenescer a economia para que os mais fortes sobrevivam e os outros saiam da zona de conforto. Como concordaria o António, basta deixar falar tudo e todos que daqui a um ano o mercado resolverá tudo. Amén.
    Quanto aos fundos europeus, já devia saber para que servem. Não se percebe que sejam virgens preocupadas quando são obrigatoriamente para projectos à escala europeia. Era o que faltava agora salvar-se familiares e amigos despesistas. Já sei, vá-de retro queixarmo-nos de não ter tarifas no iPhone. Pois, pá, então sejam homenzinhos e admitam o que custa.

  3. Tal & Qual says:

    O autor, diz asneiradas a metro !
    Quem é que o privou de liberdade ?
    Pois olhe! Eu vou passear na minha freguesia todos os dias, o tempo que me apetece.
    Deixe de dizer asneiras Laranjas !!

    • POIS! says:

      Pois não seja injusto!

      O autor é um verdadeiro especialista sanitário. Frequenta sanitas desde pequenino, ao contrário da vasta maioria dos portugueses. Daí as invejas que amiudadamente suscita.

      E é também o primeiro perito em Engenharia Virótica acreditado neste cantinho da Europa à beira-mar plantado e pelo COVID adubado.

  4. Luís Lavoura says:

    Concordo totalmente com o post.
    Este governo, sem dúvida o pior de Portugal desde os de Vasco Gonçalves, fez aquilo que os socialistas sempre advogam: espalhar a merda uniformemente por toda a sociedade, isto é, socializar os prejuízos. Colocado perante uma doença que só afeta os velhos, o governo tratou de espalhar esse prejuízo por toda a sociedade, de tal forma que não fossem somente os velhos a sofrer. É como um gajo que, tendo encontrado um monte de merda no meio do passeio, se tivesse dedicado a espalhar a merda uniformemente pelo passeio todo, de tal forma a que ninguém pudesse desviar-se da merda e ninguém pudesse evitar ficar com os pés sujos.

    • Paulo Marques says:

      Só tem um problema, a premissa de só afectar a peste grisalha é ridiculamente falsa, situação que tem piorado à medida se permite mutações porque se recusam a portar como adultos.

  5. Abel Barreto says:

    Merda é o seu comentário, ou acha mesmo toda esta merda se resume aos “velhos”?