Ricardo Lima, O Insurgente
Estamos prestes a fazer vinte anos desde que Evan Williams, um jovem empreendedor do Nebraska, cunhou o verbo “to blog”, nos tempos da sua Pyra Labs. A sua plataforma “Blogger”, que pretendia democratizar o weblog, haveria de ser comprada pela Google. Williams não parou. Foi pioneiro dos podcasts e com os recursos deste projecto, que fracassou, funda o Twitter para, segundo quem o conhecia, provar que não era apenas um homem de uma única ideia. Expulso da empresa que ajuda a criar, dá outra cambalhota para criar o cada vez mais popular Medium.
Apesar da referência à minha provecta idade, é com carinho que acolho e agradeço a expressão “bom velho Nabais”. Só falta a tal jantarada.
Obrigado, Ricardo.
Ricardo Lima d’O Insurgente… aquele blog que agora censura comentários e que parece meio abandonado?
Porque é que alguns blogs mantêm a audiência e outros não? O que leva alguém a frequentar um blog? Quem lá escreve, certamente, e a regularidade com que escreve. Mas só isso?
Um factor que muitos desprezam: os comentários. No outro dia o Moreira de Sá, falando do Blasfémias, chamou-lhes “caixas de esgoto”. Está longe de ser uma opinião isolada.
Creio que muitos bloggers nunca perceberam isto: para ler artigos e opiniões há jornais e mil e um sítios. Sempre os houve. Mas a comunicação era num só sentido. Era ouvir, ou neste caso ler, e calar. Queria responder, queria dizer algo? Azar.
Com a internet isso acabou. Todos têm opiniões, não só os autores, e agora todos têm como expressá-las publicamente.
Azar, dizem alguns autores; no meu blog mando eu. Mas isso torna-os como os outros media – ler e calar – sendo eles os novos ‘gatekeepers’. Estão no seu direito; mas depois não se admirem.
Epá, parem tudo, o tudólogo descobriu o problema dos média. Escreva aí ao Ricardo Costa a dizer-lhe a solução, que o homem é limitado.
Se eu sou tudólogo que será o Paulo, que sabe mais e melhor do que eu sobre tudo?