Comissão de inquérito à amnésia colectiva dos socializadores do calote

Quem não teve a oportunidade – ou a paciência – de assistir à comissão de inquérito ou de ver os resumos da comunicação social, teve no Domingo a oportunidade de se deslumbrar com a versão light do Ricardo Araújo Pereira, que de resto conseguiu resumir bem o forrobodó dos grandes devedores do Novo Banco: receberam centenas de milhões de euros, derreteram a pasta toda sem saber como e não se lembram de nada. Motivo pelo qual nada acontecerá. A não ser a habitual socialização do calote.

Vigaristas como Bernardo Moniz da Maia, outrora elogiados empreendedores com direito a destaques na Exame e restante imprensa económica, são imediatamente transformados em socialistas, ou vítimas do socialismo, ou produto do socialismo, na total amplitude da palavra que pode albergar tudo o que mexe desde o MRPP ao PSD, por vezes até ao CDS, dependendo do grau de fanatismo e indigência mental de quem põe a coisa a girar. A imprensa vassala e o spin dos mestres de propaganda da direita radical e da extrema-direita fazem o resto. Mas não vale a pena estar aqui com merdas: todo este emaranhado de empréstimos sem garantias, paraísos fiscais, fundações de fachada e criminalidade económica são um subproduto da sociedade capitalista em que vivemos. E quanto menos o regularmos, mais disto teremos. E não, o problema não é o capitalismo em si. O problema é a incapacidade que temos de o domesticar e de o por a trabalhar para todos, não apenas para esta elite parasita que sofre de amnésia colectiva quando lhe convém. Sorte a deles, não se chamam José Sócrates, motivo pelo qual já ninguém se lembrará deles daqui por uma semana

Comments

  1. JgMenos says:

    «são um subproduto da sociedade capitalista em que vivemos»
    «o problema não é o capitalismo em si»
    «E quanto menos o regularmos, mais disto teremos»
    Mas do falecido 35º do Código das Sociedades Comerciais, nascido de uma directiva europeia, logo posto em estado de coma induzido e posteriormente mumificado pela tolerância abrilesca, nunca se fala… manter emprego e proclamações de crescimento anémico, ainda que à custa de um ambiente de vigarice, parece ser a tónica geral.

    • POIS! says:

      Pois pois!

      “Tolerância abrilesca”? Induzida por quem?

      E o que é que isso tem a ver com o caso? Quando foram levantar massa estas empresas-fundações ou fundações-empresas tinham todas ampla solvabilidade, solidez e um futuro radioso. Mesmo que tudo fosse inventado.

    • Paulo Marques says:

      Resolvia tudo, quem já ouviu falar em conluio de accionistas? Era impensável.
      Manter o pleno emprego, em zona em que o desperdício é medido em derivado de um suposto excesso de emprego com a inflacção atrás da porta? Menos, Menos, dedique-se às continhas do planeamento fiscal que a economia é muito para si.

  2. Rui Naldinho says:

    E que tal uma Comissão de Inquérito à Amnésia dos Partidos da Direita, acerca dos desmandos da sua Família Política?
    Essa nunca, pois seria catastrófico!
    Para a direita, cujas responsabilidades da sua “aficion” política na nossa dívida soberana está na casa dos 20% do calote, isto a tirar por baixo, fora a dívida privada, representando eles uma minoria da população, o problema é sempre do Polícia, quando estão na Oposição. O problema só passa a ser do ladrão, quando estão eles no Poder.
    A sua lata atravessa vários episódios recambolescos da nossa vida democrática dos últimos 47 anos. A começar logo pelos resgates.
    Ainda os hei-de ver e ouvir dizer que os elefantes brancos do antigo regime, como Sines, por exemplo, também foram culpa da esquerda.
    É lógico que Sócrates tem uma “fona cunda”, a tal ponto, que lá cabem todas as culpas do regime, incluindo as da direita Tuga.

    • JgMenos says:

      «os elefantes brancos do antigo regime, como Sines»
      Só mesmo um tótó para imaginar trazer o antigo regime a justificar a cretinice desta democracia de medíocres!
      As leis de esquerda é suas tolerâncias é que fazem os ladrões de todo o espectro olítico.

      • POIS! says:

        Pois, tá bem!

        Quais “leis de esquerda”? As do Cavaco? As do Nogueira? As do Barroso? As do Passos? As do Sócrates?

        • Abstencionista says:

          “…filho do abrantes recebe tacho do Medina, edil da CML, no valor de 3.750 euros”.
          (dado à estampa pela CS cá do burgo)

          Querido Xô abrantes,
          Serve a presente para te “parabenizar” pelo tacho “meritocraticamente”alcançado na câmara do Medina.
          O teu pai bem o merecia, pelos serviços prestados noutra câmara.
          Imagina tu que redundantemente não te imaginava filho de tal narrador, apesar de achar que tinhas muitas afinidades com o bloger do Sócrates, como sejam os lombos luzidios, (como a careca do pedro marques lopes), a escrita aos solavancos e as ideias variadas conforme sopram os gases do chefe.

          No entanto, apesar do elevado preço que cobras ao erário público, não posso deixar de te chamar a atenção sobre as argoladas que acima referes impróprias de um “trás-me-isso” bem pago.
          Ao contrário do que dizes os vigaristas apontados não surgem apoiados pelas leis que foram feitas, mas sim pela desregulamentação que se iniciou na banca e se propagou a toda actividade económica.
          Foi essa desregulamentação que deu o alibi ao inútil do Constâncio para não intervir no roubo do BPN enquanto este ainda decorria.
          Cumps

          • POIS! says:

            Novamente…”Xô”?

            É xôôôôô! xôôôôô! xôôôôô melga abestancionista!

            Pois verifico,

            Que lhe deram folga lá nos “Psicopatas Anónimos”, para V. Exa. vir aqui fazer currículo.

            Sim, porque segundo parece, a atividade de “bullyer” e caluniador militante é bastante valorizada por aqueles que lhe dão “emprego”. É pena não avisarem disso os clientes, com as consequências que se sabem.

            Pelos vistos, V. Exa. insiste em ligar-me a um tal “abrantes” que nunca conheci. Tentei informar-me e, como o país é pequeno, vim a saber que é um utente dos “Psicopatas Anónimos”, instituição onde V. Exa. se arrasta há anos sem grandes progressos e bastos retrocessos. V. Exa. não está a conhecer? Costuma ir acompanhado do Sócrates.

          • Paulo Marques says:

            Isso é que é um elefante branco?

          • POIS! says:

            Pois não, Paulo! Está a ver mal!

            A tromba é do próprio “Abstencionista”! E aquilo não é branco, é tinto! Começa logo de manhã!

          • Abstencionista says:

            “A tromba é do próprio “Abstencionista”!”

            Xô abrantes,

            Os teus insultos revelam que não tens educação nenhuma.
            Apesar das correcções que faço às tuas ideias estrambólicas e dos bons conselhos que te endereço no sentido de melhorares ética e moralmente, reages insultando.
            Comunico-te que vou ficar odendido durante uns tempos e, por isso, vais ficar sem a minha orientação espiritual e moral.
            Escusas de pedir desculpa pelos teus desaforos porque, já diz o povo, “palavra fora da boca é como pedra fora da mão, não volta atrás”.
            Mas desde já ficas avisado que,(sem a minha orientação), vais ficar com os teus chakras completamente phodidos, além de que, quando esticares o pernil, vais reencarnar num porco ou num cão rafeiro, daqueles que fazem xixi nos pneus dos carros e ladram aos ciclistas.

            Cumps ao teu pai!

          • POIS! says:

            “Xô”?

            É xôôôôô! xôôôôô! xôôôôô melga abestancionista!

            Desde que não reencarne em Psicopata Abstencionista nada me preocupa.

            Em matéria de “ameaças” V. Exa. vai de psicopata a psicopateta! Estamos todos tão assustados!

            Então já reconheceu o “abrantes”? Consta que até se senta ao lado de V. Exa. lá nos Psicopatas Anónimos. O estilo de “bullyier” e caluniador de V. Exa. é certamente inspirado por ele. Confesse lá!

            O comentário acima vai-lhe, aliás, proporcionar variados benefícos: um beijinho na boca do seu companheiro “abrantes” e uma promoção dos seus patrõezinhos. Desgraçada da clientela…

      • Rui Naldinho says:

        Só mesmo uma abécula como tu pode imaginar que este país vive sob o jugo de um Ordenamento Jurídico fabricado pela esquerda.
        Quais? As que permitiram as privatizações da EDP, REN, GALP, CTT, ANA,…?
        Ou as que permitiram as PPP”s ?
        Talvez as que permitiram ex governantes saltar para as empresas privadas que tutelaram enquanto ministros?

        • JgMenos says:

          As privatizações não passaram de um meio para manter a esquerdalhada a navegar no charco da tolerância ´porque sim’.
          Desde que perderam a guerra civil e foi cumprido o mandato soviético sobre o Ultramar ficou claro que havia que esmolar para manter a doutrina dos coitadinhos na Constituição de 76.
          E está lá até hoje, com abrigo crescente no orçamento do Estado, em emprego, subsídios e fretes de toda a ordem. E não me venhas com partidos e governo deste ou daqueloutro: o princípio é sempre o mesmo: doses cavalares de tolerância e escassez de responsabilidade.
          E não me venhas com a treta da esquerda, que da verdadeira só há uma – fim da propriedade privada dos meios de produção – e dessa já ninguém fala porque faliu e não há tomates nem vontade para a restaurar!

          • Filipe Bastos says:

            As privatizações não passaram de um meio para manter a esquerdalhada a navegar no charco da tolerância ´porque sim’.

            Só por curiosidade, Jg: o que seria preciso para v. conceder que o país, e aliás o mundo, é controlado pela Banca, pelos ‘mercados’ e outros mamões – todos privados, todos capitalistas?

            E que todos os governos, a começar por este gangue sucateiro que se autodenomina ‘socialista’, são meros fantoches desses DDT?

            Acha que algo neste mundo o faria admitir isto? Ou talvez uma visita de deus, do Pai Natal, quiçá de extraterrestres?

          • JgMenos says:

            Dizer que os tipos que fazem as leis, comandam polícias e exércitos são paus mandados é dizer que são a escória da humaniade.

          • Paulo Marques says:

            Emprego? Onde?
            O fim de controlos da produção pelo estado acabou? A China e o Vietname faliram e ninguém avisou. Nem sequer o Boris é o Biden receberam o memorando e arriscam-se a ajudar mais à nossa recuperação que Bruxelas.

          • JgMenos says:

            Marques não desesperes, tem esperança.
            A falência do sistema de produção socialista não extinguiu os comissários políticos, nem tudo está perdido.
            Mesmo por cá ainda há vagas para esses postos, tens é que mostrar melhor serviço.

          • Paulo Marques says:

            O “fim da propriedade privada dos meios de produção” só é acreditado por dois tipos de pessoas, os que ainda beneficiam do actual sistema para ter alguma estabilidade, até ao dia, e os que acham que a revolução foi falhada por Estaline. Ou nem isso.
            Nenhum dos dois grupos tem noção ou interesse em igualdade, emprego, estabilidade material,
            yadda, yadda, e ambos só têm interesse numa hierarquia que lhes dê/mantenha o privilégio.
            Percebe-se o interesse nos moinhos de vento, mas o mundo não é esse. Muito menos depois do “fim da história” e de teres ganho tantas vitórias de Pirro.

  3. luis barreiro says:

    O socialismo é o melhor amigo e o maior financiador das empresas amigas e berço de empregos da famiglia, por isso a esquerda berra contra os sistemas dos países nórdicos.

    • João Mendes says:

      A esquerda berra contra os sistemas dos países nórdicos? Em que sistema solar?

  4. António João Barão says:

    Muito agradeço que me retirem da lista de vigaristas. Fui interrogado na comissão de inquérito, mas não me podem incluir nessa lista nem na lista de devedores. Como disse Ricardo Araujo Pereira “ este senhor não deve nada ao Novo Banco, só ficou a dever 2 horas aos deputados. Agradeço o desmentido com o mesmo destaque da vossa publicação, nos termos da lei. António João Barão

    • POIS! says:

      Pois foi, malta! Não sabiam?

      Este senhor ficou famoso por ser mágico.

      Foi ele que inventou aquele truque de meter cinco coelhos numa cartola, pronunciando em seguida a frase mágica “talão, talão, que chova massa das caimão!”.

      E tirou de lá cinco sociedades comerciais que vendeu a um espectador luxemburguês que era colecionador. Levou duas para pôr em cima do pechiché e mais três para a sala de visitas.

      Tudo legal, malta!

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading