Carlos Moedas e a extrema-esquerda

Ainda sou do tempo em que a ideia de transportes públicos gratuitos era uma loucura totalitária-estalinista-não-sei-quê da extrema-esquerda. Sorte a dos lisboetas, Carlos Moedas entrou em cena e moderou-a. Ou então está refém de alguma milícia marxista-leninista. Alguém lhe mande um WhatsApp, só para certificar que está tudo bem.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    A política do transporte público tendencialmente gratuito nas nossas urbes é uma boa medida. Ainda bem que o actual Presidente da Câmara de Lisboa, não pensa como o Carlos Moedas, Secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho.
    Será que aprendeu alguma coisa em Bruxelas, como Comissário?
    Talvez.
    Mas medidas como esta, só podem ser boas se essa aposta for feita de forma coerente e tecnicamente eficaz. Bons transportes e preço económico.
    A Geringonça promoveu a redução dos preços dos passes sociais, para números light. Só que na maioria dos casos os transportes públicos estão em mau estado de conservação, , menos a CARRIS e os STCP, quase todos cheios de problemas, como o Metro e a CP. Isto já para não falar dos privados, uma lástima.

    • balio says:

      A política do transporte público tendencialmente gratuito nas nossas urbes é uma boa medida.

      Não sei não.

      Vai incentivar ainda mais pessoas a tomar o transporte público – refiro-me especialmente aos autocarros – para percorrer pequenas distâncias, aumentando portanto as constantes paragens dos veículos e portanto os tempos de trajeto.

      Já hoje há imensas pessoas que tomam um autocarro para percorrer apenas 200 metros. Esse tipo de comportamentos tornar-se-á mais frequente.

      Também, a gratuitidade não fará mais pessoas abandonarem o automóvel. O que fará é que menos pessoas andem a pé. Com prejuízo para a sua saúde.

      • Rui Naldinho says:

        Há sempre gente que viaja 300mts de autocarro para ir às compras. Admito que pessoas idosas o possam fazer. Mas se considerarmos os tempos de espera nas paragens, arrisco- me a dizer que apanham uma valente seca.
        Já gajos novos e de meia idade a fazerem-no, só mesmo por burrice. Devem ser os mesmos que param os carros em segunda fila, para irem tomar café.

        • balio says:

          Cada um sabe o que faz e porque faz, e as secas que apanha ou deixa de apanhar. Eu falo daquilo que observo: muita gente, e nem de longe somente idosos, a mandar parar o autocarro para fazer um percurso que muito facilmente se faria a pé.
          Como é evidente, este comportamento será ainda mais estimulado se os autocarros forem gratuitos para toda a gente (e não somente para quem tem passe).
          Eu, por exemplo, não tenho passe e ando quase sempre a pé pela cidade. Tal como a minha mulher e os nossos filhos. Mas não duvido que eu e eles passássemos a utilizar autocarros para muitos trajetos, que atualmente fazemos a pé, se os autocarros fossem gratuitos.
          Por outro lado, pelo conhecimento que tenho de pessoas que usam automóvel, tenho as maiores dúvidas que elas passassem a circular de autocarro só por ele ser gratuito.

          • Rui Naldinho says:

            Nessa matéria estou completamente de acordo consigo. Com honrosas excepções, pessoas com boa mobilidade deveriam andar a pé desde que as distâncias o permitam. Mas cada caso é um caso. Em passeio podemos andar facilmente 4/5km. Em percursos diários, casa trabalho, ou escola casa, com horários mais apertados, talvez não tanto.
            Quem usa carro, com horários mais rígidos, jamais irá de transportes públicos.

      • Paulo Marques says:

        Dar a primazia da via pública ao carro atrasa muito mais. Para quê estar preocupado com paragens de 200 em 200 metros, quando são obrigados a parar de 20 em 20? Isto fora da hora de ponta…

  2. balio says:

    Agora mesmo vi na televisão Carlos Moedas, ontem à noite na Assembleia Municipal, a malhar forte no Bloco de Esquerda, que aparentemente terá feito uma intervenção menos correta. Não se apoquente pois o João Mendes, tudo está em ordem com Moedas (e com o Bloco).

    • João L Maio says:

      O problema do que o balio viu na TV é só ter mostrado a resposta intempestiva do Moedas e não ter mostrado as perguntas feitas pela deputada municipal bloquista. As perguntas eram legítimas e ninguém do BE levantou a voz. O sr. Moedas não gostou de ser posto em causa e reagiu com tiques ditatoriais. Senão, ouça as perguntas feitas pelo BE (pode não concordar com as mesmas, mas certamente não reagiria assim):

      https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=345935497567199&id=100064522551169&m_entstream_source=timeline&anchor_composer=false

    • Paulo Marques says:

      Repito o que disse no passarinho:

      “A ousadia de apresentar normas, regulamentos, actas, relatórios técnicos e promessas para apontar contradições e aldrabices! Se calhar, como o senhor anterior, devia-se ter ficado pelas piadolas para lamber-lhe as botas, isso sim, uma atitude séria!”

  3. francis says:

    Gatuitos gratuitos gratuitos, não hão-de ser. Alguem os há-de pagar. Só falta saber quem. Creio que ja advinho que será o Zé contribuinte, mesmo aquele que vive a 600 km de Lisboa

    • POIS! says:

      Pois tá bem!

      Se formos por esse lado…o “Zé contribuinte” até as viagens espaciais dos Bezmusks paga, de uma maneira ou de outra. Seja em dinheiro ou em “géneros”.

      PS. Não vivo em Lisboa. Antes que o argumento seja esse…